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Cláudio da Costa Oliveira

Economista aposentado da Petrobras

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Agora não é mais por engano

Joaquim Silva e Luna se comporta como a porca que senta sobre o próprio toucinho e fica falando do toucinho das outras

Joaquim Silva e Luna (Foto: Romulo Faro)
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No final do último mês de junho o atual presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna, fez declarações em audiência pública na câmara federal que nos levaram a escrever o artigo “Será que o general Silva e Luna está sendo ludibriado?” (http://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/6412-sera-que-o-gen-joaquim-silva-e-luna-esta-sendo-ludibriado), tais eram os equívocos pronunciados.

Naquele momento entendemos que tais equívocos poderiam acontecer tendo em vista que havia pouco tempo que o general tinha assumido a direção da empresa e provavelmente não tinha um claro conhecimento dos números da companhia. 

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Ocorre que no dia de hoje, domingo, 05 de setembro, em artigo publicado pelo jornal O Estado de São Paulo (Estadão) Sila e Luna, entre outras coisas afirma “R$2 essa é a parcela da Petrobrás no preço da gasolina que ajuda a mover o Brasil”

Depois de passado tanto tempo não podemos continuar supondo que ele esteja sendo ludibriado. Não dá mais. Agora ele está tentando ludibriar. 

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Num ponto, pelo menos, temos de concordar com ele, o preço (da Petrobrás), ajuda a mover o Brasil. Ele não disse em qual direção. Aí afirmamos: para baixo. 

Os R$ 2 cobrados pela Petrobrás é calculado com base no chamado Preço de Paridade de Importação - PPI. O PPI é calculado considerando o preço internacional lá nos EUA, sobre o qual é somado o custo do frete até o Brasil, o custo de internação no nosso mercado, o custo de transporte até a refinaria e ainda é atribuído um lucro. Ou seja, é como se estivesse importando o combustível. 

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Tal política de preços (absurda) está bem descrita no site da própria Petrobrás e também no site da Agência Nacional de Petróleo – ANP. Por que o general não explicou isto? Esquecimento? 

É preciso saber que o custo da Petrobrás para produzir um litro de gasolina não passa de R$1. Portanto, se cobrasse R$ 1,5 estaria sendo muito bem remunerada, muito acima do que ocorre com outros países produtores. 

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Adotando o Preço de Paridade de Importação, a Petrobrás beneficia os importadores (traders) e as refinarias no exterior, que entram no mercado ocupando o espaço da própria Petrobrás.

Esta política prejudica o consumidor brasileiro, que paga um preço mais alto do que deveria. Prejudica a Petrobras que perde mercado e fica com suas refinarias na ociosidade e prejudica a economia brasileira que fica menos competitiva. Ou seja, move o Brasil para baixo. 

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O preço nas refinarias é a base de tudo. Quem aumenta e diminui preços é a Petrobrás e não os Estados. 

Concordamos que a carga tributária sobre os combustíveis  no Brasil é excessiva e tem de ser revista. Mas propor eliminar os impostos federais, que representam menos de 2% da receita da União, e querer que em compensação os Estados eliminem o ICMS, que representa mais de 20% de suas receitas, é demagogia barata. 

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Teríamos muito mais a falar, mas vamos ficar por aqui. Só recomendamos ao general Silva e Luna que aprofunde seus conhecimentos sobre a empresa e evite se comportar como a porca que senta sobre o próprio toucinho e fica falando do toucinho das outras. 

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