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Jean Goldenbaum

Músico, professor da Universidade de Música de Hanôver, Alemanha. É membro fundador do ‘Observatório Judaico dos Direitos Humanos do Brasil’ e fundador do coletivo ‘Judias e judeus com Lula’

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Sobre Lula-Alckmin

Agora, quem quiser xingar, que xingue. Eu vou é apoiar, porque o que mais importa é Lula lá e o novo futuro que queremos

(Foto: Ricardo Stuckert)
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Como coordenador do Núcleo PT Alemanha, tenho sido muito perguntado como enxergo a questão Lula-Alckmin. Vamos lá.

Não vejo a aliança com Alckmin como um erro de maneira alguma. Assim como o jogo de xadrez, a política é feita de lances. Você tem de optar por uma estratégia ou por outra. Qual será a melhor? É praticamente impossível saber, pois não sabemos o futuro. Assim como no xadrez. Cada vez mais compreendo isto, sobretudo agora que tenho um pequeno cargo político aqui na Alemanha. E também como jogador (muito amador) de xadrez...Aliançar com Alckmin é investir na governabilidade. E acho isto inteligente. Lula perderá votos por esta aliança? As pesquisas indicam que não. Ganharia ele votos se se arranjasse para vice uma Kamala? Talvez. Mas perderia em governabilidade depois. Na vida (e na política) tudo é uma questão de escolhas. Não se pode ter tudo.Além do mais, após três décadas de tucanismo, o cidadão que conquistou o codinome de “picolé de chuchu” está fora do seu partido original. Vejam, o mundo roda: muito provavelmente ele será “camarada” de grandes caras como Flávio Dino e Marcelo Freixo, por exemplo. O cenário é outro. E assim como Lula, Alckmin desde o Golpe de 2016 também se desenvolveu como político e, ao que parece – após o suicídio de seu ex-partido, a óbvia traição de Dória e algumas tragédias pessoais – como ser humano também.

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Eu confio nas decisões de Lula sim. E antes de me acusarem de fazê-lo cegamente, peço que me poupem. Não é cegamente. É baseado na razão. É simplesmente o respeito a uma escolha de um líder que já mostrou entender como se joga o jogo melhor do que a maioria dos homens.Vamos em frente, compreendendo que política não é torcida de futebol. Sem “alguns Alckmins” no meio do caminho, certamente nunca teríamos tido Lula e PT na presidência. Alguém se esqueceu que Dirceu convenceu Lula a conversar com Alencar (do PL!…), e esta conversa rendeu dois mandatos na presidência da República?

Cabe também dizer que sou radicalmente contra uma “frente ampla” com golpistas e outros fascistas que ocasionalmente se encontram “de mal” de Bolsonaro. Com fascista não se senta à mesa e nem se joga xadrez. E aqui o nome de Alckmin também faz sentido: ele sempre foi nosso adversário político, mas nunca foi um inimigo como outros. Não se mostrou um golpista em 2016 e é um dos poucos nomes “do lado de lá” com quem podemos conversar.

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E tem mais: os efeitos colaterais também convêm demais a nós. As pesquisas indicam que com Alckmin fora da disputa da Governo de São Paulo, quem ascende sem adversários a altura é Haddad. Tem realmente gente achando que Lula dá ponto sem nó?...

Lula e PT não chegaram a esta altura do campeonato para se entregar e abrir mão da ideologia. Ela está mantida. E Alckmin – assim como outros que virão – serão parte da reconstrução que necessitamos para extirpar o Neonazifascismo do governo e evitar que o veneno do também fascista Moro seja destilado sobre a população.

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O aperto de mão foi concretizado após o famigerado jantar de ontem em São Paulo. Agora, quem quiser xingar, que xingue. Eu vou é apoiar, porque o que mais importa é Lula lá e o novo futuro que queremos, podemos e precisamos edificar.

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