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Luciano Teles

Professor adjunto de História do Brasil e da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e autor de artigos e livros sobre a história da imprensa operária e do movimento de trabalhadores no Amazonas.

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Alguns "pastores" fizeram um pacto com a mentira, com a intolerância e com o ódio

Eles fizeram um pacto de sangue com a mentira, com a intolerância e o ódio, apoiando e sustentando um projeto de inspiração fascista

(Foto: Reprodução)
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Muitas lideranças religiosas, sobretudo no campo neopentecostal, necessitam urgentemente pedir perdão, primeiramente a Deus e, em seguida, aos membros de suas igrejas. Pois eles fizeram um pacto de sangue com a mentira, com a intolerância e o ódio, apoiando e sustentando um projeto de inspiração fascista conduzido por Bolsonaro, que, aliás, nunca escondeu o seu horror aos setores mais necessitados da população brasileira, além de ser declaradamente a favor da tortura, o que por si só já é algo absurdo. Um crime! 

Mesmo depois de Bolsonaro exercer um mandato marcadamente desastroso em várias dimensões – social, econômica, política e cultural – e declaradamente misógino, homofóbico, racista e negacionista, mesmo depois do mesmo fomentar, através de fake news, a intolerância e o ódio contra aqueles que se colocavam em oposição a ele e a sua política de destruição da vida, do meio ambiente, da educação e da justiça social, mesmo assim algumas lideranças religiosas, pastores, propalaram pelos quatro cantos do país que ele era o “eleito de Deus” para “governar essa nação cristã”. Aqui cabe perguntarmos que Deus era esse? Aquele presente na Bíblia, no Novo Testamento? Acho que não! Definitivamente não! Deus é sobretudo amor, e só isso basta para demonstrar o descalabro que encontramos nesse apoio ao “eleito” não de Deus, mas certamente do “capeta”.  

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Edir Macedo, R.R. Soares, Silas Malafaia, Renê Terra Nova, Valdemiro Santiago, André Valadão e tantos outros que comprovadamente fizeram esse pacto de sangue com a mentira, com a intolerância e o ódio. Vamos registrar apenas algumas coisas aqui.

  1. Pregação/posição pública anticiência e antivacina. Inclusive vociferando tal posição com base em fake news para o seu rebanho, os membros de suas igrejas. Porém, não vimos nenhum deles comprar por mil reais o “feijão mágico” oferecido por Valdemiro Santiago, para curar o Covid-19. Vimos sim, o Edir Macedo se internar no Hospital Moriah, em São Paulo, e o R.R. Soares no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, justamente para receberem as orientações médicas necessárias para enfrentar a doença. O R.R. Soares não tomou da sua “água mágica” e o Edir Macedo não usou do seu “óleo sagrado” – ambos oferecidos como cura para o Covid-19 aos membros de suas igrejas – para combater a doença. Inclusive, o Edir Macedo foi tomar a vacina nos E.U.A., “escondidinho”! Homens de pouca fé ou falsos profetas?
  2. Pregação/posição pública dos “bons costumes”. Aqui a mentira correu solta, mas tanto que se chegou a criar a seguinte falácia: “quem é de esquerda não é cristão”. Que absurdo! Mais absurdo ainda foram as mentiras (fake news) propagadas nos púlpitos: do banheiro unissex, do kit gay, do fechamento de igrejas e de associar a esquerda ou o PT ao demônio. 

Não nos esqueçamos que nas igrejas os pastores sempre falam: “a mentira é do diabo”. Mas será que isso só é válido para os seus membros? Os pastores têm licença para mentir? Ou sempre foram grandes mentirosos em busca do “mercado da fé”? Ainda cabe o arrependimento e o perdão!

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A fé é individual. A salvação é individual. A ligação é entre Deus e você. Faz-se urgente que os membros da igreja assumam uma nova postura de autonomia e criticidade cristã frente às ações de seus pastores (ações... E não aos discursos demagógicos) em relação aos fatos históricos concretos. 

Mentira além de “ser do diabo”, ela tem pernas curtas! 

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