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Fernando Lavieri

Jornalista, com passagens pela IstoÉ e revista Caros Amigos

24 artigos

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Apelo total à diplomacia

Quando Putin obtiver vitória eleitoral, ele terá o apoio necessário para mudar os rumos da Operação Especial. Os envolvidos têm de negociar a paz

Vladimir Putin, guerra na Ucrânia, Planeta e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), liderada pelos EUA (Foto: Reuters)
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Existem duas grandes escolas de guerra: ocidental e oriental. No início do conflito na Ucrânia, os especialistas militares diziam que os ucranianos teriam de aprender como manusear equipamentos complexos de destruição. A pergunta que surge nesse sentido é: como, em tão pouco tempo, eles conseguiram lidar com sistemas estadunidenses, franceses e ingleses? A resposta: combatentes ocidentais estão participando ativamente da batalha por intermédio da Otan. Os líderes europeus não declaram a ação oficialmente, mas, nas entrelinhas. “Não se pode descartar o envio de forças terrestres ocidentais à Ucrânia”, disse recentemente Emmanuel Macron, presidente da França. Llod Austin, secretário de Defesa dos EUA, foi mais enfático. “Se a Ucrânia cair, a NATO terá de se envolver diretamente. A NATO estará em guerra contra a Rússia”, afirmou Austin. Mais: ficou-se sabendo, após o vazamento de conversas “secretas” entre quatro oficiais militares alemães, o chefe da Força Aérea, Ingo Gerhartz, e o General de Brigada Frank Gräfe, incluídos, que sim, existe a discussão sobre o fornecimento de mísseis de longo alcance à Ucrânia. As declarações são de extrema preocupação. 

É bom que fique patente que tanto o envio de armamento quanto o de soldados não irão decidir a batalha em campo em prol da Ucrânia. O único caminho para salvar aquilo que restou é iniciar a negociação diplomática. Tem de haver profundo debate face a face entre as partes e, sem sombra de dúvida, com a participação dos EUA. Os grandes especialistas sinceros intelectualmente entendem, assim como os ministérios de Relações Exteriores da Rússia, China, do Brasil, entre outros países, que somente o diálogo em alto nível pode salvar o planeta de uma escalada. O presidente Lula, aliás, repetiu recentemente a ideia de negociação de paz diretamente a Antony Blinken, secretário de Estado estadunidense. 

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Voltando à gravação das conversas germânicas. Os mísseis alemães de nome Taurus seriam, nessa hipótese, para acertar a Ponte de Kerch, que une a Rússia à Crimeia. Ou seja, mais uma sabotagem à infraestrutura russa, na tentativa de prejudicar a economia do país. Mesmo os analistas que contestam Vladimir Putin jamais poderão negar que o líder russo avisou o que iria acontecer em caso de intromissão direta no teatro de operações por parte do Ocidente. “Será que eles (Ocidente) não entendem o que pode acontecer?”, sintetizou o líder russo durante discurso ao Parlamento e lideranças econômicas da Rússia. A Alemanha tinha a sua condição energética acertada em torno dos gasodutos russos, mas, agora, o país perdeu oportunidade rara de elevar o seu poderio econômico, comercial, ao optar pela subserviência ao establishment. 

Putin não deixará por menos, a grande aliança com a Europa é coisa do passado, assim que a sua vitória eleitoral for confirmada nos próximos dias, e ele tem aprovação superior a 70%, haverá alteração significativa na guerra.

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