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Cesar Calejon

Jornalista, mestre em Mudança Social e Participação Política pela USP com especialização (MBA) em Relações Internacionais pela FGV. Autor dos livros A ascensão do bolsonarismo no Brasil do Século XXI, Tempestade Perfeita: o bolsonarismo e a sindemia covid-19 no Brasil e Sobre Perdas e Danos: negacionismo, lawfare e neofascismo no Brasil

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As diferenças entre o antipetismo e o antibolsonarismo como fatores decisivos para as eleições de outubro

Há duas diferenças centrais e incontornáveis entre os fenômenos: a forma como cada uma se consolidou e a materialidade histórica correlata a cada gestão

(Foto: Isac Nóbrega/PR | Oruê Brasileiro/Mídia NINJA)
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Por Cesar Calejon, para o 247

Durante os próximos meses e, muito provavelmente, no começo da próxima gestão federal, caso se confirme a vitória do ex-presidente Lula em outubro deste ano, diversas narrativas que se apoiam na “polarização” entre petismo e bolsonarismo passarão a ser exploradas com ainda mais ênfase, principalmente em face da crise social e econômica que será legada ao país pelo atual governo. 

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No cerne desta questão encontram-se o antipetismo e o antibolsonarismo, por meio do falacioso argumento que avança a tentativa de afirmar que Jair Bolsonaro e Lula seriam igualmente nocivos ao Brasil. 

Neste contexto, faz-se necessário o esclarecimento de alguns pontos fundamentais, que a meu ver, distinguem radicalmente a composição das forças sociopolíticas que ficaram conhecidas como antipetismo e antibolsonarismo. Essa é uma questão fulcral não somente para as eleições de outubro, mas para a governabilidade e imagem do próximo governo. 

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Fundamentalmente, existem duas diferenças centrais e incontornáveis entre o antipetismo e o antibolsonarismo: (1) a forma como cada uma delas se consolidou e (2) a materialidade histórica correlata às respectivas gestões Lula e Bolsonaro. 

A rejeição ao Partido dos Trabalhadores e a figura de Lula foi midiaticamente inflamada de forma artificial no imaginário de uma parcela expressiva da população brasileira. 

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Durante muito tempo, mas, sobretudo, entre 2013 e 2018, todos os principais veículos corporativos de comunicação hegemônica estiveram alinhados de forma uníssona no sentido de caracterizar o Partido dos Trabalhadores como uma quadrilha criminosa, que teria “quebrado o Brasil”, e Lula como o seu chefe. 

Essa narrativa, contudo, não tinha lastro material, considerando que sob o governo do Partido dos Trabalhadores o país viveu o seu melhor momento até a presente data. Independentemente de qual seja a orientação política, ideológica e partidária, é impossível ignorar todos os indexadores sociais que demonstram, empiricamente, esse fato: índice de GINI, IDH, reservas internacionais, taxa de conversão do dólar estadunidense, posição do Brasil no ranking das maiores economias globais, preço da gasolina, dos combustíveis, do botijão de gás e assim por diante. 

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Em contrapartida, o antibolsonarismo surge por conta de uma repulsa legítima em virtude do desastre que o governo Bolsonaro promoveu na nação ao longo dos últimos quatro anos. Basta analisar esses mesmos indexadores no começo do segundo semestre de 2022 para entender o rechaço da maioria da população nacional com relação ao atual governo. 

Neste sentido, esclarecer essas diferenças é uma tarefa urgente, que deve ser endereçada por todo o campo progressista para esvaziar as tentativas banais de equiparar Lula e Bolsonaro e os seus governos.

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