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Tiago Santana

Presidente do PT Carioca

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As eleições 2022 já começaram

Será preciso discutir e praticar um projeto econômico que inclua, verdadeiramente, os esquecidos, na centralidade da agenda. Estamos falando dos negros, homens e mulheres, jovens moradores de favelas desse país

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
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Por Tiago Santana

Os movimentos políticos, que definirão os rumos dos estados e do país pelos próximos quatro anos, já estão acontecendo Brasil afora e municípios adentro. Após passagem pelo Rio de Janeiro em junho, o nosso presidente Lula rumou para o Nordeste para agendas no formato que o PT Carioca fez na cidade: comunicação direta com os movimentos sociais, valorização do Movimento Negro e muita escuta do que o povo - e suas lideranças locais - tem a dizer. Conexão com a base é a diretriz destes diálogos, evidenciando ainda mais que a agenda negra e periférica é a prioridade para direcionar o Brasil. 

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Com isso, o compromisso de trazer e estimular outros candidatos periféricos, negros e LGBTQIA+ é fundamental. Fazer uma bancada que dialogue e faça parte dessas pautas é o motivo pelo qual o PT Carioca tem rodado as favelas, se reunido com as pessoas para conhecer as ações no território e conversando com quem faz a política na raiz da sociedade. Diferente dos tempos de Lula e do PT, o Brasil do desgoverno Bolsonaro nos puxa pra trás. Por isso, a nossa caminhada com Lula se baseia, sem dúvidas, na reconstrução do país. Desde 2019, voltamos a ser país da fome, da miséria, do desmonte do patrimônio nacional e cultural, sem falar na grave crise econômica, política e ética derivada do governo Bolsonaro, através sua conduta golpista. Será preciso barrar esse retrocesso e recuperar as boas iniciativas, e fazer um governo  maior e melhor do que fizemos no passado. 

Sendo assim, um futuro governo Lula precisará ser construído com a presença do povo, de modo que tenhamos mais participação e controle social. Será um desafio retomar a economia com os índices e efeitos positivos dos tempos de Lula. Mas, com um bom time e um projeto de país que priorize a distribuição de renda e o crescimento econômico, como Lula já mostrou saber fazer, podemos voltar a ser uma das maiores economias do mundo. 

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No entanto, também será preciso discutir e praticar um projeto econômico que inclua, verdadeiramente, os esquecidos, na centralidade da agenda. Estamos falando dos negros, homens e mulheres, jovens moradores de favelas desse país. É preciso criar uma agenda econômica-racial, não só com políticas de reparação que foram tão bem sucedidas nos nossos governos. Mas também a emancipação dando a dignidade econômica, política e social para esse povo que ainda sofre a violência do racismo e suas consequências. 

Essa deve ser a tônica do projeto de construção de um novo Brasil. Além disso, a nossa luta deve ser para que o mesmo aconteça nos estados brasileiros. Derrotar o projeto bolsonarista não deve ser algo de desejo apenas federal, mas também estadual. Aqui no Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o atual governador do Rio de Janeiro, se repete com a velha política assistencialista, que já vimos e sabemos seus efeitos. Um governo que não foi escolhido pelo povo - uma vez que ele assume após o impeachment de Wilson Witzel, de quem foi vice e aliado. Cláudio tem injetado dinheiro da privatização da água, através da venda da Cedae, nos municípios, cooptando os prefeitos ao seu lado através do apoio financeiro. É, praticamente, uma compra indireta de votos. Algo pensado, planejado e que engana o povo, enquanto isso ainda não apresentou um projeto claro para retomada econômica e social do Estado. O Rio passa por um longa crise ainda devido aos reflexos de ter de deixar de ser capital federal e pelos últimos casos escandalosos de corrupção que levaram ex-governadores para prisão. Sem dúvidas, a saída desse quadro passa por um governo que emana e seja a favor desse povo e não dos grandes empresários. 

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Cláudio Castro ignora isso com a manutenção de um estado racista, onde os pobres e as favelas são vistos como territórios hostis. Ao invés de ter uma agenda de reversão das desigualdades, se libera a política de confrontos. Tamanha é a legitimação dessa política armamentista, que é cerne do bolsonarismo, que a última medida do governo do Rio é institucionalizar as secretarias de polícias Militar e Civil, onde apenas poderiam ser ocupadas por militares. Ou seja: o mesmo princípio que deu origem às milícias e que o bolsonarismo tanto se alinha. A salvação do Rio de Janeiro passa por um projeto nacional. E somente Lula, que já mostrou como faz, teria condições disso. Por isso, nós a militância do PT aqui no Rio de Janeiro devemos ser esteio dessa construção. Não podemos sair do estágio de mobilização. Vamos avançar nas ruas e nas redes para barrar o governo genocida de Bolsonaro e trazer o povo para a construção de um Brasil feliz de novo.

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