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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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Bandeira branca amor!

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
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Aproxima-se o Carnaval. Carnaval fora de época. Não podemos chamar de micareta, pois o termo micareta vem da expressão francesa “mi-carême”, pois significa meio da Quaresma. Duas vezes aconteceu de adiarmos a comemoração, uma em 1892 e outra em 1912, onde a população não obedeceu a mudança e comemorou a festa assim mesmo duas vezes, na data oficial e na outra determinada. Em 1892, foi uma determinação do Ministro do interior e a outra foi por motivo do falecimento do Barão do Rio Branco. Dessa vez, tivemos o final da pandemia, de acordo com as autoridades, ainda se manifestando. 

Este ano, o Carnaval não vai se comparar ao Carnaval de 1919, considerado o melhor de todos os tempos, logo após a pandemia da gripe espanhola. Temos mais dificuldades econômicas com a volta da fome, problemas financeiros e aumento da gasolina e agora os mais variados escândalos do governo e das forças armadas. Enquanto vemos e ouvimos os problemas dos áudios vazados sobre a ditadura militar no Brasil, onde os diversos crimes de torturas cometidas e evidenciadas agora causam indignação maior, quando ouvimos a declaração do presidente do STM, dizendo que tudo isso não atrapalhou a Páscoa de ninguém.

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Com o Carnaval, voltará às pistas a Colombina. Namoradeira, alegre e sedutora. Provavelmente seria uma das figuras centrais para que militares se empenhassem em gastar mais de 500 mil em Botox entre 2018 a 2020. Militares estariam se preparando para a grande festa do Carnaval, depois de dois anos de hiato? Entre Michel Temer e Bolsonaro, a festa da farra com dinheiro público para o exército abriu a porteira. Mas seria uma cortina de fumaça de algo?

O amante da Colombina também estará presente: o Arlequim.  Além de ser amante, ele tinha a função de divertir o público e os reis com suas palhaçadas. Por ser amante, teria que estar sempre alerta? Seríamos todos palhaços dessa gastança toda? Pois pior do que o Botox, seria a compra de 3,5 milhões em próteses penianas. O que combina melhor que um amante frustrado? Além de demonstrar uma grande disfunção dos militares, demonstra mias uma vez um gasto público escandaloso. O presidente Bolsonaro argumentou a favor das compras desnecessárias pelo Ministério da defesa. Mas seria uma cortina de fumaça de algo?

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O Pierrot, que é o par da Colombina, seria um bufão triste. Aquele que foi traído pela Colombina, do qual ama tanto. Seria triste por não dar conta de seu amor? Para isso precisaria de muito estimulante. Tal qual o empenho dos militares em comprar 35 mil comprimidos de Viagra. As Forças Armadas falaram que o medicamento teria como propósito o tratamento de  hipertensão arterial pulmonar. Mas, a doença é rara e mais comum em mulheres. Mais um escândalo de superfaturamento. Mas seria uma cortina de fumaça de algo?

E chegamos ao Rei Momo, que é um personagem da mitologia grega, que foi agregado ao Carnaval carioca. Na Grécia, era uma das filhas que a deusa Nix, e tinha outra função. Em 1933, a figura do Rei Momo surgiu quando Edgard Drumond, cronista carnavalesco, criou um boneco de papelão chamado: Rei Momo I e Único. A história deu certo e foi tomando formas nos anos seguintes. Mas a figura caricata, que chama a atenção, teria seu semelhante na história que chega ao planalto. Onde a Irmã de Adriano da Nóbrega fala sobre troca de cargos pela morte de seu irmão. Mas seria uma cortina de fumaça de algo? Temos o bufão 03 que debochou das torturas sofridas por Míriam Leitão na ditadura. Mas ainda seria uma cortina de fumaça de algo mais? E finalmente chegamos ao maior escândalo de corrupção já feito em toda história do Brasil, com o MEC, que vai desde kit robótica para lugares que nem água tinham até compra superfaturada de milhões em ônibus escolares e pastores que cobravam propina a mando do presidente Bolsonaro, que já impôs sigilo de 100 anos a dados que comprovem a ligação.

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Enquanto a música de Carnaval que embala o planalto é: “Mamãe eu quero, mamãe eu queroMamãe eu quero mamar”, o povo fica de olho e diz: “Chegou a turma do funil. Todo mundo bebe mas ninguém dorme no ponto. Há há há há, mas ninguém dorme no ponto. Nós é que bebemos e eles que ficam tontos”.

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