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Moisés Mendes

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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Bolsonaro abandona seus generais e corre para as trincheiras de Malafaia e Elon Musk

Destroçados moralmente, os militares são substituídos pelos farsantes da fé, do ódio e da mentira, escreve o colunista Moisés Mendes

Ex-presidente Jair Bolsonaro na porta da sua casa em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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Se a extrema direita civil brasileira tivesse um mínimo de compromisso com o respeito e o afeto pelos militares, Bolsonaro seria denunciado e execrado como destruidor das Forças Armadas do país.

Deveriam largá-lo na estrada pela humilhação a que submeteu militares historicamente golpistas e que estiveram agora, por quatro anos, como seus empregados e ao mesmo tempo como tutores.

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Manés e manezões deveriam abandoná-lo em nome da relação amorosa do fascismo civil com os generais e, mais recentemente, pela acolhida dos comandantes aos patriotas acampados diante dos quartéis.

Bolsonaro atraiu os militares, desde o início do governo, para um projeto que não daria certo. Um tenente terrorista, expulso do Exército, empurrou generais para uma trama que eles não teriam como sustentar. Não com o tenente como líder.

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O que se tem é a destruição da imagem dos militares, com a perspectiva de curto prazo de condenação e até de prisão para alguns deles. 

Bolsonaro os levou ao que pode ter sido a experiência derradeira da intromissão dos militares na política. A eleição fracassada, apesar das tentativas de sabotagem, e o golpe que não deu certo por incompetência e covardia empurraram os generais de volta aos quartéis, como nunca aconteceu antes.

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Bolsonaro transformou as Forças Armadas em instituição desqualificada por seus comandos precários. E agora se agarra a Silas Malafaia e Elon Musk para se proteger em outras trincheiras.

Sem os militares, resta a Bolsonaro buscar o suporte dos pastores e do gângster que tenta controlar o mundo como dono absoluto das redes sociais.

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Malafaia e Musk se oferecem para tentar salvar o bolsonarismo, seus financiadores e seus operadores ainda impunes, alguns foragidos nos Estados Unidos, e para manter os tios do zap acordados.

O poder civil do bolsonarismo, com suas bases e seus comandos, anuncia que está vivo, ao contrário do que aconteceu com os militares. Os generais foram destruídos e abandonados. Mas não a estrutura sem farda do fascismo, que volta a tentar corroer a democracia por dentro.

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Silas Malafaia e Elon Musk cumprem a missão de substituir o que seria o ‘poder moderador’ dos milicos, desmontado no Supremo até com os votos de André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

Poucos meses atrás, seria inimaginável supor que os indicados por Bolsonaro para o STF votariam contra a tese-mãe do bolsonarismo de que as Forças Armadas podem interferir, pela força, nos poderes da República.

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Pois os dois concordaram com os outros 11 ministros do Supremo. As Forças Armadas devem fazer o que é atribuição constitucional e proteger o país de ameaças externas. Ou seja, não devem fazer nada. Devem ser pagas para que sejam inúteis.

Nesse cenário, a ameaça fascista que resta não é mais a militar, mas a civil, que ainda sobrevive, está perto de nós e nos afronta cotidianamente, na vizinhança, nas famílias, nas empresas, nas ruas e nas redes sociais.

É esse fascismo civil que Bolsonaro tenta reanimar com a fé interna e com o suporte da máfia internacional do X. A extrema direita depende agora de seus líderes sem farda, dos empresários financiadores das suas estruturas e dos operadores, todos sem punição, e dos rebanhos de tios do zap.

Saem Braga Netto e Augusto Heleno, cansados de guerra e moralmente destroçados, e entram Silas Malafaia e Elon Musk. Teremos menos armas e mais rezas, ódio, difamação e mentiras. Essa é agora a guerra proposta pelo fascismo.

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