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Raimundo Bonfim

Coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP)

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Bolsonaro e Nunes juntos no ato de apologia ao crime

"Caiu a máscara de Ricardo Nunes. Seu comprometimento com o projeto político de destruição da democracia e com o fascismo liderado por Bolsonaro será mostrado"

Jair Bolsonaro e Ricardo Nunes (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Isadora de Leão Moreira/Governo de São Paulo)
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Ricardo Nunes é um político covarde. Covarde e oportunista. No ano passado, ele teve o desplante de afirmar que o golpista Jair Bolsonaro “é um democrata”, embora o prefeito se apressasse em garantir que não era “afilhado” político dele. Nunes quer o apoio da extrema direita e do fascismo para seu projeto de reeleição à prefeitura, mas teme carregar o ônus desse apoio, numa capital em que o presidente Lula teve 53,54% dos votos, contra 46,46% de Bolsonaro na eleição de 2022, e que o candidato Guilherme Boulos (Psol) hoje lidera as pesquisas das intenções de voto.

Recentemente, o prefeito paulistano confirmou que estará no ato de apoio a Bolsonaro na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro, que contará com outros líderes da extrema direita, como o governador Tarcísio de Freita. O ato é um esforço desesperado do ex-presidente para tentar angariar apoio político das ruas de modo a fazer frente ao cerco do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), que investigam seu envolvimento nos preparativos e na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, entre outros delitos.

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Seja como for, caiu a máscara de Ricardo Nunes. Seu comprometimento com o projeto político de destruição da democracia e com o fascismo liderado por Bolsonaro será mostrado para quem quiser ver. Aguardemos a foto dos dois bem juntinhos no palco do golpismo neste domingo (25/02), num ato de apologia ao crime. O fato de o ex-presidente ter retirado a pré-candidatura à prefeitura do ex-“ministro motosserra”, seu queridinho Ricardo Salles, para apoiar Nunes, mostra que o prefeito está metido até o pescoço com os planos de Bolsonaro para a capital paulista.

O alinhamento incondicional de Nunes ao capitão de araque joga por terra qualquer pretensão de que sua candidatura pudesse representar uma “terceira via” entre candidatos de polos políticos opostos, como se tentou “vender” a candidatura de Bruno Covas em 2020.

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Não; Nunes não é um “conservador ilustrado”, como Covas; ele tem “relações carnais” com o fascismo e Bolsonaro certamente cobrará a fatura de seu apoio político caso ele seja vitorioso. Trata-se de uma capitulação imperdoável para o MDB; uma vergonha para um partido que, no passado, liderou a frente de oposição contra a ditadura militar – embora essa não tenha sido a primeira nem certamente será a última capitulação da legenda.

Também constitui rematada bobagem dizer que, numa situação polarizada, o grupo político de Nunes não tinha escolha a não ser se aliar à extrema direita. Estadistas como o britânico Winston Churchill, ultraconservador e colonialista, jamais cederam ao “canto da sereia” do nazifascismo, buscando “apaziguá-lo”, como queria boa parte da classe dominante britânica nos anos 1940. “Se Hitler invadisse o inferno, eu faria uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Comuns”, disse Churchill. Tampouco o general francês Charles De Gaulle, católico e igualmente conservador, que fugiu para Londres para liderar a resistência aos nazistas quando o Exército francês se rendeu às tropas de Adolf Hitler em 1940.

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Tudo indica que Bolsonaro encaminha-se para ser indiciado, processado, condenado e preso pelos crimes contra a democracia. Temos que lutar e mobilizar para que isso se concretize rapidamente, pois não é possível repetir a imunidade que protegeu torturadores e assassinos da ditadura militar, com consequência funestas até hoje para o país. Sem anistia para os golpistas! Bolsonaro e todos os golpistas do 8 de janeiro na prisão.

E Nunes, ao aliar-se ao genocida, inelegível, golpista e brevemente condenado certamente está se metendo em um “abraço de afogados”. Oxalá essa eleição seja uma ótima oportunidade para começarmos a nos livrar, ou pelo menos isolar, a extrema direita o fascismo em São Paulo e, quem sabe, em outros lugares do Brasil.

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