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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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Bolsonaro é o colapso político

A permanência do colapso é uma decisão política. É preciso revelar, no Legislativo, no Judiciário, na Procuradoria Geral da União, na Polícia Federal e na imprensa quem sustenta esse genocídio

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Por Enio Verri

Em 2018, Bolsonaro tirou o Brasil para sua dança macabra. Destruição, desprezo pelo país e pelos brasileiros, ofensa e desdém estão em cada um de seus passos. Desde 2019, ele só conseguiu cometer uma série de crimes de responsabilidade porque é como se fosse invisível. Infelizmente, para algumas instituições, pedalada fiscal, sim, é um crime que justifica impeachment. Assim que tomou posse, demitiu o fiscal do Ibama que o multou, em 2012, quando flagrado pescando em área de proteção ambiental. Hoje, o Brasil se tornou um perigo para o mundo, devido à proatividade de Bolsonaro na disseminação da doença. Contudo, apesar de quase 300 mil mortes e o colapso do sistema de saúde, ele ainda é presidente porque assim o permitem.

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O presidente demonstra ao mundo, com orgulho, sua especialidade, a de matar. Seja de atraso, fome ou doença. Entrega a soberania do país a outros povos e impõe ao Brasil retrocessos que custarão muito caro. Vendeu refinarias e abriu acesso para a iniciativa privada predar a distribuição do gás. Dos pontos de vista econômico e tecnológico, andamos para trás. Foi eleito com o mantra do combate à corrupção. O seu governo desmonta uma série de instrumentos legais assinados com os países da organização em que o presidente quer ingressar o Brasil, a OCDE. O país é o primeiro, em 59 anos, a ser colocado sob monitoramento porque a política do governo enfraquece o combate à corrupção e abre brechas para corruptos e corruptores.

Do ponto de vista humano, Bolsonaro foi denunciado na Comissão de Direitos Humanos da ONU, pelo desumano combate à COVID-19. O Brasil romperá, em muito breve, a barreira dos 300 mil mortos. Os passos do presidente evidenciam o menosprezo pela dor do outro. Em 2020, o governo suspendeu a compra de medicamentos e de oxigênio e dispensou 160 milhões de doses de vacinas Coronavac e 70 milhões da Pfizer. Em dezembro, suspendeu o pagamento do auxílio emergencial. Quase 90 dias se passaram e Bolsonaro ainda não começou a pagar o novo auxílio, de R$ 175 a R$ 375 e que deixou de fora, abandonados, 22,6 milhões de brasileiros.

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Bolsonaro e seu ministro da Economia dos banqueiros, Paulo Guedes, mentem quando dizem que o país está quebrado. Esse argumento rasteiro é para justificar os irrisórios valores do auxílio e a privatização das empresas e das fontes de energia. O governo tem acesso a recursos que somam R$ 4,5 trilhões. Seriam mais que suficientes para pagar um auxílio superior a R$ 600 e proteger as economia. Aliás, foi graças ao benefício que a recessão não foi ainda mais forte, em 2020. O resultado econômico do quarto trimestre foi 3,2% superior ao período anterior. Com esses recursos seria possível imunizar todo o país e abrir bem mais que os quase 200 mil postos de trabalho formal, dos quais as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 75%.

Essa é a conjuntura nacional. O presidente da República encarna o colapso sanitário, econômico, humanitário, democrático e é ignorado. Ele é responsável por 75% das quase 300 mil mortes e pela inflação de 15% dos alimentos, quando a inflação do ano foi de 5,20%. A tolerância de parte das instituições com a mortandade de centenas de milhares de brasileiros e a destruição da soberania nacional as expõem de maneira geral, no mínimo, como cúmplices. A permanência do colapso é uma decisão política. É preciso revelar, no Legislativo, no Judiciário, na Procuradoria Geral da União, na Polícia Federal e na imprensa quem sustenta esse genocídio.

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