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Paulo Henrique Arantes

Jornalista há quase quatro décadas, é autor de “Retratos da Destruição: Flashes dos Anos em que Jair Bolsonaro Tentou Acabar com o Brasil”

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Bolsonaro e o psicopata de Schneider

"Bolsonaro no Jornal Nacional foi mais do mesmo. Bonner e Renata também", conclui Paulo Henrique Arantes

Jair Bolsonaro no Jornal Nacional (Foto: Reprodução)
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Bolsonaro no Jornal Nacional foi mais do mesmo. Bonner e Renata também. O que se esperava, enfim? O presidente que envergonha o Brasil mentiu uma vez a cada três minutos, mantendo sua média. Sua dicção piorou. Caras e bocas de indignação não tornaram os entrevistadores incisivos o suficiente. Não houve tempo para indagar sobre o orçamento secreto e as amizades milicianas, nem para confrontar o entrevistado com o número de 33 milhões, referente aos brasileiros que passam fome. Também não deu para perguntar sobre o sigilo de 100 anos conferido a documentos oficiais acerca de assuntos que deveriam ser tratados com transparência. Não deu para falar do Queiróz ou do armamento da população, assim como não se mencionou a patética atuação do país no campo das relações internacionais desde janeiro de 2019, nem se lembrou que a transposição do São Francisco não é obra deste governo, entre outras coisas.

A campanha eleitoral segue e este colunista continua empenhado em descobrir por que tanta gente enxerga alguma lógica estratégica em atos e palavras de Jair Bolsonaro. Se algum roteiro é desenvolvido por sua assessoria, a mente juvenil - no mau sentido - do capitão o derruba de pronto. Por isso quem melhor escreveu sobre o dito cujo foi o psiquiatra forense Guido Palomba, em artigo na imprensa publicado em março de 2021. O texto merece ser rememorado.

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Palomba invocou o psiquiatra alemão Kurt Schneider, autor do livro “Personalidades Psicopáticas”, para ir fundo na mente bolsonarista. É científico e impressionante como as características do psicopata de Schneider são Jair Messias cuspido e escarrado.

Para o “pai dos psicopatas”, como Schneider é chamado, o psicopata caracteriza-se pela falta de compaixão, por ser tosco (belo adjetivo) e anestesiado de senso moral, informou-nos Palomba no esclarecedor artigo. Esse doente não tolera ser contrariado, é mal educado e desprovido de inteligência. Eis um trecho do texto referido: “A inteligência limítrofe ou seletiva leva-os (os psicopatas) a praticar atos bizarros, por turrice e teimosia. Persistem voluntariosos, desde que seja em benefício próprio. Caso voltem atrás (e como voltam!), não é pelo reconhecimento do erro, mas por estratégia momentânea. Em seguida, recidivam, às vezes de forma mais virulenta, por serem rancorosos e vingativos”.

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Os psicopatas de Schneider representam elevada periculosidade social: “Nada os detêm, salvo a reprimenda enérgica, judicial e legal, única forma eficaz de pará-los”. 

Guido Palomba não foi aplaudido tanto quanto merecia pelo texto que escreveu. Ao transpor para Bolsonaro a análise do psicopata feita por Schneider, forneceu-nos o perfeito diagnóstico psiquiátrico do presidente da República, o qual fala mais alto do que qualquer conjetura de cunho político-ideológico a seu respeito.

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O ilustre psiquiatra brasileiro encerra seu artigo ensinando que psicopatas como Bolsonaro costumam ter como raiz de sua patologia lesões provocadas no encéfalo durante o período fetal. Eis o último parágrafo, que pode guardar a explicação definitiva para o que estamos vendo no Brasil: “O segundo nome do presidente, Messias, lhe foi dado pela mãe, Olinda Bonturi Bolsonaro, após gravidez complicada, atribuindo a Deus seu nascimento. Registre-se, por fim, que gravidezes complicadas são das principais causas de sofrimento cerebral e consequentes distúrbios de comportamento na adultícia, para Schneider e todos os que se dedicam à psiquiatria”.

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