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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

629 artigos

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Bolsonaro está atrás de um Delfim

Delfim faz apelo à razão e pede harmonia entre os poderes
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Fadiga de material

Paulo Guedes já deu o que tinha que dar.

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Manter ele no poder é chamar atenção da crítica ao modelo neoliberal que implantou, responsável por 12 milhões de desempregados, 30 milhões de desalentados, 60 milhões de inadimplentes.

Desastre cujas consequências são politicamente explosivas.

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Não garante vitória eleitoral, nem em 2020 nem em 2022.

Precisa de nome novo para injetar novo ânimo na classe empresarial e laboral.

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Quem seria?

Bolsonaro está vivendo momento muito semelhante ao vivido pelo presidente Figueiredo(1978-1982).

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Economia ia mal, principalmente, com o aumento violento do juro americano, de 5% para 20%, em 1979.

Tio Sam  resolveu enxugar dólar puxando juro para evitar desvalorização da moeda americana, na fase pós descolamento do ouro, em 1972.

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Os credores, depois da fase de expansão monetária, suspenderam o crédito e cobraram reformas radicais à periferia capitalista endividada.

Simonsen, ministro da Fazenda, porta voz do Citybank, do qual era conselheiro, em Nova York, pregou o discurso da matriz: ajuste fiscal radical – com faz Guedes, hoje.

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Delfim, ministro da Agricultura, essencialmente, político, defendeu flexibilização fiscal desenvolvimentista para enfrentar pressão dos credores.

Delfim se ancorava na Fiesp, quando a burguesia industrial brasileira tinha alguma força e o setor industrial representava quase 30% do PIB.

Hoje, vergonha.

A indústria representa menos de 10% do PIB no ambiente em que o investimento está em torno de ridículo 1% do PIB.

Figueiredo optou por Delfim, que, imediatamente, mandou os empresários prepararem suas máquinas.

Aumentou demanda estatal e inflacionou a economia, pressionada pelos banqueiros, que suspenderam empréstimos ao Brasil, jogando os militares no curé da pressão pelas diretas já.

No auge da pressão política pelas diretas, favoráveis à candidatura de Ulisses Guimarães, contra eleição indireta de Tancredo, Delfim deu tacada política decisiva com saída desenvolvimentista.

Acalmou os ânimos contra recessão e desemprego, em tempo de nascimento do PT em São Bernardo, São Paulo.

A emenda das diretas não passou e a indireta foi aprovada.

Foi o suficiente para os brucutus do regime aceitarem vitória política parlamentar que levaria ao fim do regime ditatorial e ascensão da democracia.

No plano econômico, Figueiredo aprendeu, com Delfim, que a política de conciliação das elites é que governa, desde que haja desenvolvimento econômico.

Guedes, como Simonsen redivivo, avesso à política, neoliberal puro, joga para parar a economia e dar novo rumo, mudança de 360º, para o mercado.

É o oposto de Delfim, que joga para as classes produtivas, capital e trabalho, na interação econômico social, sob supervisão estatal-ditatorial – tipo comunismo chinês capitalista – para viabilizar democracia burguesa brasileira.

Guedes é o Simonsen que Bolsonaro quer despachar para encontrar o seu Delfim.

O presidente está sob pressão de suas bases, que estão sem o que apresentar ao eleitor.

Sem obras públicas, aumento de gastos sociais, vitória eleitoral é quimera.

Quem será o novo Delfim, para Bolsonaro garantir reeleição em 2022 e não entrar no colapso argentino de Macri?

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