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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Boulos versus Bolsonaro

"Perdendo ou ganhando no segundo turno, Boulos já desponta como o mais forte candidato da esquerda para derrotar Bolsonaro em 2022, talvez o único que o PT apoiaria como cabeça de chapa", escreve o jornalista Alex Solnik sobre as eleições municipais de São Paulo

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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia 

Dez coisas que aprendi com essas eleições:

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1) eleição municipal não é ideológica nem partidária; quem escolhe prefeito e vereador vota majoritariamente em nomes, não em ideologia ou partido; porque eleição municipal, por mais importante que seja, não muda o país; o que muda o país é a eleição presidencial;

2) tanto é que Boulos chegou aos 20% (tinha 16% na última pesquisa pré-eleições) enquanto Russomanno caiu de 14% para 10%, ou seja, eleitores do candidato de direita mudaram para o de esquerda; o que reforça a tendência de escolher nomes e não partidos ou corrente ideológica na eleição municipal;

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3) partidos de centro-direita ganharam o maior número de prefeituras em todo o Brasil, mas nem por isso são favoritos para 2022; eleição nacional é uma coisa, eleição municipal é outra;

4) não basta apenas eleger muitos prefeitos; para vencer eleição presidencial é preciso ter um nome forte; em 2018, o MDB era o primeiro em número de prefeituras, mas seu candidato, Henrique Meirelles, ficou entre os últimos;

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5) MDB tem voto municipal, mas não tem voto nacional, tal como o DEM e o PP;

6) não houve onda anti-petista dessa vez; o PT saiu-se mal por não ter apresentado nomes palatáveis ao eleitor ou não ter se comunicado como deveria; a hegemonia do PT na esquerda será tema de calorosos debates, dado que PDT e PSB elegeram maior número de prefeitos até mesmo no estado de São Paulo, berço petista;

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7) Bolsonaro foi o grande derrotado e Boulos, o grande vencedor; o que não significa que Bolsonaro será derrotado em 2022; uma coisa é apoiar um terceiro, outra é ele mesmo ser o candidato;

8) o candidato do PSOL provou que, sabendo usar bem a internet, ela pode eleger tanto a direita quanto a esquerda; e ele é quem, na esquerda, sabe melhor usá-la; a grande vantagem da internet sobre todos os outros meios de comunicação é que ela permite uma comunicação mais pessoal com o eleitor

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9) Boulos deu-se bem porque o eleitor jovem, que não teve medo de sair de casa para votar, fechou com ele; já Bruno Covas perdeu votos no grupo de mais de 60 anos, mais cauteloso, onde era forte, o que explica ter marcado 38% na última pesquisa e obtido apenas 32% nas urnas;

10) perdendo ou ganhando no segundo turno, Boulos já desponta como o mais forte candidato da esquerda para derrotar Bolsonaro em 2022, talvez o único que o PT apoiaria como cabeça de chapa.

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