CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Tereza Cruvinel avatar

Tereza Cruvinel

Colunista/comentarista do Brasil247, fundadora e ex-presidente da EBC/TV Brasil, ex-colunista de O Globo, JB, Correio Braziliense, RedeTV e outros veículos.

1003 artigos

blog

“Brasil, ame-o ou deixe-o” em nova edição

Colunista do 247 Tereza Cruvinel critica a versão 2016, feita pela consultoria Empiricus, da campanha publicitária implantada no governo do general Emílio Garrastazú Médici; "O que ela diz é que são impatriotas todos os que discordam da proposta do Governo. Logo, merecem ser repudiados, perseguidos e quem sabe agredidos pelos que são a favor do Brasil, universo restrito ao que concordam com a medida. Isso é uma aposta na divisão, no sectarismo, na estigmatização das pessoas por conta de um pensamento divergente", critica Tereza sobre peça em defesa da PEC 241, idealizada pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles; "É a negação da pluralidade, da liberdade de pensamento e da própria democracia. O nome disso é fascismo", completa

Colunista do 247 Tereza Cruvinel critica a versão 2016, feita pela consultoria Empiricus, da campanha publicitária implantada no governo do general Emílio Garrastazú Médici; "O que ela diz é que são impatriotas todos os que discordam da proposta do Governo. Logo, merecem ser repudiados, perseguidos e quem sabe agredidos pelos que são a favor do Brasil, universo restrito ao que concordam com a medida. Isso é uma aposta na divisão, no sectarismo, na estigmatização das pessoas por conta de um pensamento divergente", critica Tereza sobre peça em defesa da PEC 241, idealizada pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles; "É a negação da pluralidade, da liberdade de pensamento e da própria democracia. O nome disso é fascismo", completa (Foto: Tereza Cruvinel)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

O espírito do fascismo realmente escapou da garrafa e está solto por aí, espalhando seu veneno. O governo, em sua ofensiva publicitária de viés fascista em defesa do ajuste fiscal lançou o bordão de duplo sentido "vamos tirar o Brasil do vermelho". Na mesma linha, a consultoria Empiricus está veiculando na Folha de São Paulo, versão online, outra peça tão ou mais divisionista e sectária, discriminadora dos que possam discordar da verdade única de que seria portadora. "Se você é contra a PEC 241 você é contra o Brasil", diz a campanha que busca adesões a uma petição em favor da aprovação da emenda constitucional que limita o gasto público à inflação do ano anterior.

O que ela diz é que são impatriotas todos os que discordam da proposta do Governo. Logo, merecem ser repudiados, perseguidos e quem sabe agredidos pelos que são a favor do Brasil, universo restrito ao que concordam com a medida. Isso é uma aposta na divisão, no sectarismo, na estigmatização das pessoas por conta de um pensamento divergente. É a negação da pluralidade, da liberdade de pensamento e da própria democracia. O nome disso é fascismo.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O bordão da campanha da Empiricus, cujo nome precisa ser garimpado com lupa no canto inferior da peça, só pode ser comparado a um dos slogans mais fortes da ditadura militar, o "Brasil, ame-o ou deixe-o", bordão apregoada aos quatro ventos pelo regime e por seus apoiadores no auge dos anos de chumbo. Ele dizia, subliminarmente, que por não amarem o Brasil alguns brasileiros mereciam o exílio, a prisão, a cassação, a tortura e até mesmo a morte.

A campanha da Empiricus criou a hastag #PEC241afavordoBrasil" nas redes sociais e tem um "perguntas e respostas" sobre a proposta do Governo, procurando demonstrar que sem a PEC o país vai para o abismo. Oferece o acesso para a assinatura a petição e sugere que o cidadão se inscreva para receber constantemente informações por email sobre o andamento da PEC. É uma cruzada. Até à hora em que escrevo, 16hs48m, as adesões teriam batido em 56.791 assinaturas. Carrega também um texto que diz: O objetivo é conter a expansão da despesa pública primária que, no período 2008-2015, cresceu, anualmente, em média, 6% acima da inflação. O controle da expansão da despesa primária é fundamental para reduzir a despesa financeira, pois permite ao governo financiar sua dívida com uma taxa de juro menor. De fato, ao buscar adequar suas despesas às receitas auferidas, o governo sinaliza para os detentores de títulos públicos que os valores contratualmente estipulados nesses títulos serão honrados, possibilitando menores taxas na negociação de novos títulos públicos.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ou seja, em fina sintonia com o "Vamos tirar o Brasil do vermelho", sugerindo a responsabilidade do partido que governou entre 2008 e 2015.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO