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José Guimarães

Advogado, deputado federal e Líder do Governo na Câmara dos Deputados

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Brasil assume seu devido lugar entre as grandes nações

Ao participar dos fóruns internacionais, o presidente Lula projeta o Brasil no mundo como nação de elevada soberania e assume liderança de um movimento mundial

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante abertura do Debate Geral da 78º Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
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Depois de superar o lawfare, que culminou na sua prisão, de ter sido absolvido de todos os processos forjados, sem provas, depois eleito presidente da República, o presidente Lula volta à cena política de cabeça erguida, é recebido com respeito e consideração por líderes globais. Reposiciona o Brasil na geopolítica internacional e o coloca no mesmo nível em que estão as grandes nações do mundo. Feliz o Brasil, que tem um líder da grandeza do presidente Lula.

No seu discurso de abertura dos trabalhos da Assembleia-Geral das Nações Unidas, ele mostrou ao mundo que o Brasil não é mais um país emergente, mas uma potência política, econômica e cultural, que tem seu devido lugar como nação soberana entre as demais nações. E que o vergonhoso período no qual se tornou pária internacional é uma página virada da nossa história. A democracia venceu o ódio e a indigência moral e política.

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A volta altiva do Brasil à ONU, sob aplausos de líderes internacionais, é um marco histórico, tendo em vista o elevado nível político das propostas apresentadas pelo presidente Lula para os graves problemas que o mundo atravessa - e seu compromisso inabalável com a democracia.

Com a dignidade e a coragem que lhes são próprias, o presidente Lula disse verdades incômodas, demonstrou ser a voz dos que mais sofrem com as injustiças do nosso tempo. Desvelou as principais causas das emergências humanas e planetárias e conclamou as autoridades responsáveis a se engajarem na busca de soluções com a urgência necessária. 

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Por considera-la frágil, inadequada e incapaz de enfrentar os desafios para os quais foi criada, o presidente Lula propôs uma ampla reforma da ONU. A começar pela ampliação do Conselho de Segurança, que segundo ele, perdeu credibilidade, e reiterou o pedido de participação do Brasil. Lula chamou a atenção para a falta de representantes de países africanos, asiáticos e latino-americanos e criticou o Conselho de Segurança, que deveria buscar a paz, mas tem protegido a guerra.

Disse não se conformar com o fato de os 10 maiores bilionários possuírem mais riqueza que 40% dos mais pobres da humanidade. No ano passado os gastos militares somaram mais de 2 trilhões de dólares. As despesas com armas nucleares chegaram a 83 bilhões de dólares, valor vinte vezes superior ao orçamento regular da ONU. Isso não é razoável.

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Após pautar as desigualdades como eixo central do debate, mais a erradicação da pobreza, da fome, as mudanças climáticas e a paz, apresentados como problemas emergenciais, o presidente Lula pediu providências imediatas dos demais chefes de Estado, para reverter a decadência.  

Falou com a autoridade de quem vive a experiência, no Brasil, de colocar os pobres no orçamento e implementar um projeto de desenvolvimento sustentável com economia verde e justiça social.

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Propôs a criação de um comitê internacional de combate à fome para planejar ações e programas a fim de dar a devida assistência às populações mais vulneráveis, com urgência. A fome atinge 735 milhões de pessoas no mundo. “Quem tem fome tem pressa”, como dizia o sociólogo Hebert de Souza, o Betinho.  

“É preciso antes de tudo vencer a resignação, que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenômeno natural. Para vencer a desigualdade, falta vontade política daqueles que governam o mundo”, disse Lula. E foi além, reafirmou o compromisso de cumprir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e anunciou mais um compromisso, o 18º, de combate à desigualdade racial, previsto na Agenda 2030, que será cumprido voluntariamente pelo governo brasileiro.  

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Cobrou dos países ricos o apoio financeiro de US$ 100 bilhões prometido no acordo de Paris, para proteção ao meio ambiente, que não passou de uma promessa. Criticou o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial por privilegiar os países ricos e discriminar os países em desenvolvimento quanto ao acesso de recursos. O FMI disponibilizou US$ 160 bilhões a países europeus e só R$ 34 bilhões a países africanos.

Quanto aos conflitos armados, Lula disse que “... são uma afronta à racionalidade humana”. Disse ainda que a guerra entre Rússia e Ucrânia expõe a incapacidade dos países que fazem parte da ONU de promover a paz entre as nações e que a instituição não está cumprindo sua função de construir um mundo mais justo, solidário e fraterno.

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O presidente Lula manteve também uma agenda de encontros bilaterais em Nova York, entre outros, com o presidente Joe Baden, com quem debateu a questão da precarização do trabalho. Assinaram a Declaração Conjunta Brasil-Estados Unidos sobre a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores, com estratégias de mobilização mundial pelo trabalho digno. Com o presidente Volodymyr Zelenski, o presidente Lula conversou sobre a possibilidade de um acordo de paz com a Rússia. Equipes do corpo diplomático do Brasil e da Ucrânia já vem se reunindo há meses na construção do entendimento.

Ao participar ativamente dos debates nos fóruns internacionais, o presidente Lula projeta o Brasil no mundo como nação de elevada soberania e assume a liderança de um movimento mundial humanista em contraponto ao projeto neoliberal falido, que ampliou ainda mais a desigualdade, gerou a hiperconcentração do capital nas contas bancárias dos bilionários e o alargamento da base da pirâmide social com mais pobreza, fome e redução das oportunidades, principalmente para os jovens.

Não há dúvida de que a presença do presidente Lula nos fóruns internacionais renova as esperanças de que sua capacidade de sensibilizar seus pares coloca em perspectiva a mobilização das lideranças globais pela garantia da democracia e para superação dos graves problemas mundiais. A esperança vencerá o medo.

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