Brasil assume seu devido lugar entre as grandes nações

Ao participar dos fóruns internacionais, o presidente Lula projeta o Brasil no mundo como nação de elevada soberania e assume liderança de um movimento mundial

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante abertura do Debate Geral da 78º Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante abertura do Debate Geral da 78º Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (Foto: Ricardo Stuckert / PR)


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Depois de superar o lawfare, que culminou na sua prisão, de ter sido absolvido de todos os processos forjados, sem provas, depois eleito presidente da República, o presidente Lula volta à cena política de cabeça erguida, é recebido com respeito e consideração por líderes globais. Reposiciona o Brasil na geopolítica internacional e o coloca no mesmo nível em que estão as grandes nações do mundo. Feliz o Brasil, que tem um líder da grandeza do presidente Lula.

No seu discurso de abertura dos trabalhos da Assembleia-Geral das Nações Unidas, ele mostrou ao mundo que o Brasil não é mais um país emergente, mas uma potência política, econômica e cultural, que tem seu devido lugar como nação soberana entre as demais nações. E que o vergonhoso período no qual se tornou pária internacional é uma página virada da nossa história. A democracia venceu o ódio e a indigência moral e política.

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A volta altiva do Brasil à ONU, sob aplausos de líderes internacionais, é um marco histórico, tendo em vista o elevado nível político das propostas apresentadas pelo presidente Lula para os graves problemas que o mundo atravessa - e seu compromisso inabalável com a democracia.

Com a dignidade e a coragem que lhes são próprias, o presidente Lula disse verdades incômodas, demonstrou ser a voz dos que mais sofrem com as injustiças do nosso tempo. Desvelou as principais causas das emergências humanas e planetárias e conclamou as autoridades responsáveis a se engajarem na busca de soluções com a urgência necessária. 

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Por considera-la frágil, inadequada e incapaz de enfrentar os desafios para os quais foi criada, o presidente Lula propôs uma ampla reforma da ONU. A começar pela ampliação do Conselho de Segurança, que segundo ele, perdeu credibilidade, e reiterou o pedido de participação do Brasil. Lula chamou a atenção para a falta de representantes de países africanos, asiáticos e latino-americanos e criticou o Conselho de Segurança, que deveria buscar a paz, mas tem protegido a guerra.

Disse não se conformar com o fato de os 10 maiores bilionários possuírem mais riqueza que 40% dos mais pobres da humanidade. No ano passado os gastos militares somaram mais de 2 trilhões de dólares. As despesas com armas nucleares chegaram a 83 bilhões de dólares, valor vinte vezes superior ao orçamento regular da ONU. Isso não é razoável.

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Após pautar as desigualdades como eixo central do debate, mais a erradicação da pobreza, da fome, as mudanças climáticas e a paz, apresentados como problemas emergenciais, o presidente Lula pediu providências imediatas dos demais chefes de Estado, para reverter a decadência.  

Falou com a autoridade de quem vive a experiência, no Brasil, de colocar os pobres no orçamento e implementar um projeto de desenvolvimento sustentável com economia verde e justiça social.

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Propôs a criação de um comitê internacional de combate à fome para planejar ações e programas a fim de dar a devida assistência às populações mais vulneráveis, com urgência. A fome atinge 735 milhões de pessoas no mundo. “Quem tem fome tem pressa”, como dizia o sociólogo Hebert de Souza, o Betinho.  

“É preciso antes de tudo vencer a resignação, que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenômeno natural. Para vencer a desigualdade, falta vontade política daqueles que governam o mundo”, disse Lula. E foi além, reafirmou o compromisso de cumprir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e anunciou mais um compromisso, o 18º, de combate à desigualdade racial, previsto na Agenda 2030, que será cumprido voluntariamente pelo governo brasileiro.  

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Cobrou dos países ricos o apoio financeiro de US$ 100 bilhões prometido no acordo de Paris, para proteção ao meio ambiente, que não passou de uma promessa. Criticou o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial por privilegiar os países ricos e discriminar os países em desenvolvimento quanto ao acesso de recursos. O FMI disponibilizou US$ 160 bilhões a países europeus e só R$ 34 bilhões a países africanos.

Quanto aos conflitos armados, Lula disse que “... são uma afronta à racionalidade humana”. Disse ainda que a guerra entre Rússia e Ucrânia expõe a incapacidade dos países que fazem parte da ONU de promover a paz entre as nações e que a instituição não está cumprindo sua função de construir um mundo mais justo, solidário e fraterno.

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O presidente Lula manteve também uma agenda de encontros bilaterais em Nova York, entre outros, com o presidente Joe Baden, com quem debateu a questão da precarização do trabalho. Assinaram a Declaração Conjunta Brasil-Estados Unidos sobre a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores, com estratégias de mobilização mundial pelo trabalho digno. Com o presidente Volodymyr Zelenski, o presidente Lula conversou sobre a possibilidade de um acordo de paz com a Rússia. Equipes do corpo diplomático do Brasil e da Ucrânia já vem se reunindo há meses na construção do entendimento.

Ao participar ativamente dos debates nos fóruns internacionais, o presidente Lula projeta o Brasil no mundo como nação de elevada soberania e assume a liderança de um movimento mundial humanista em contraponto ao projeto neoliberal falido, que ampliou ainda mais a desigualdade, gerou a hiperconcentração do capital nas contas bancárias dos bilionários e o alargamento da base da pirâmide social com mais pobreza, fome e redução das oportunidades, principalmente para os jovens.

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Não há dúvida de que a presença do presidente Lula nos fóruns internacionais renova as esperanças de que sua capacidade de sensibilizar seus pares coloca em perspectiva a mobilização das lideranças globais pela garantia da democracia e para superação dos graves problemas mundiais. A esperança vencerá o medo.

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