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Reginaldo Lopes

Economista e deputado federal pelo PT/MG

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Brasil já colhe frutos da reforma tributária

Vamos deixar para trás o mais complexo, burocrático e complicado sistema tributário do mundo

Fernando Haddad e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
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O Congresso Nacional retomou os trabalhos nessa segunda-feira (5) com uma pauta que tem entre as prioridades a regulamentação da reforma tributária (Emenda Constitucional 132) aprovada no ano passado. Mas, independentemente da regulamentação específica, o Brasil já colhe frutos da histórica reforma, aprovada depois de décadas de discussão a indústria automobilística, que anunciou investimentos de R$ 41,4 bilhões nos próximos dez anos, com o estímulo da melhoria do ambiente econômico propiciado pelo governo Lula e na esteira da reforma tributária.

A expectativa é que os preços dos veículos a serem fabricados sob a égide do programa nacional de Mobilidade Verde e Inovação sejam reduzidos ao consumidor em pelo menos 12%. No modelo que vigorou nas últimas décadas, cobrava-se imposto sobre imposto, enquanto no mundo mais de 95% dos países cobram sobre o valor adicionado. Com isso, aqui, os preços dos carros ficavam 20% mais caros.

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Os investimentos das montadoras são apenas um dos aspectos positivos das mudanças em curso. Vamos deixar para trás o mais complexo, burocrático e complicado sistema tributário do mundo. Segundo o Banco Mundial, no Brasil, uma empresa de médio porte gasta em média 2.600 horas por ano para cumprir suas obrigações tributárias, mais do que o dobro do segundo pior colocado e cerca de oito vezes a média dos países da OCDE.

Melhorar a vida dos brasileiros - É inegável que a grande quantidade de tributos existentes, composta por impostos, taxas e contribuições de melhoria, nos três âmbitos da Federação, afeta negativamente a competitividade das nossas empresas e trava o crescimento econômico e a geração de empregos. Isso vai ficar para trás. O novo modelo vai melhorar a vida dos brasileiros e a atuação das empresas, com um sistema de impostos que proporcionará ganho de eficiência produtiva para os setores econômicos do país.

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Superamos as distorções com as mudanças. Era injustificável um modelo que tornou o Brasil um país caro e cobrava impostos demasiadamente de pobres e da classe média, incidindo sobre o consumo. O atual sistema é regressivo, injusto: cobra mais de quem ganha menos e cobra menos de quem ganha mais, pois tributa mais consumo do que patrimônio e renda.

Cobrar imposto do valor acumulado transformou o Brasil numa república primário-exportadora. O acúmulo de tributos em cada etapa da produção tirou a competitividade da nossa indústria. Dessa forma, o sistema tributário impôs ao Brasil vender produtos e serviços mais caros ao povo brasileiro. E, com isso, os importados chegaram à economia brasileira e destruíram as indústrias nacionais. O Brasil já teve 4% do PIB do mundo e, agora, tem 2,2%.

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Novos empregos - Com o novo regime tributário, será retirado 80% do custo de produção do país. Significa que o Brasil vai exportar com o valor agregado, com inovação, com tecnologia. Isso resultará, pelo que calculamos, nos próximos dez anos, em 12 milhões de novos empregos para o povo brasileiro. É um marco, um fato histórico, é a reforma mais estruturante pós-redemocratização do país. Todas as outras eram muito conjunturais.

Iniciamos 2024 com esse avanço, resultado do grupo de trabalho que tratou do tema na Câmara dos Deputados, do qual tive a honra de participar como coordenador. Agora, vamos atuar intensamente na tramitação das leis complementares que vão regulamentar a reforma. Vamos conectar o Brasil com o sistema tributário mundial, gerando o crescimento da nossa indústria e emprego e renda para os brasileiros.

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