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Robson Sávio Reis Souza

Doutor em Ciências Sociais e pós-doutor em Direitos Humanos

159 artigos

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Brasil: o país da naturalização e normalização da barbárie

"Tudo está sendo normalizado e naturalizado com o apoio sempre perverso da mídia empresarial, sócia histórica dos capatazes do povo brasileiro", escreve

Manifestantes pró-Bolsonaro no 7 de setembro (Foto: Metrópoles)
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Um acordão, feito em sombrios corredores de Brasília, resulta na normalização de Bolsonaro e seu governo da destruição nacional.

Um presidente que liderou ataques à democracia e às instituições republicanas,  fragilizando-as; que se associou ao submundo miliciano, levando-o para o centro do Estado; que provocou, por ações e omissões, a morte  de milhares de brasileiros com a incúria planejada e sistemática no enfrentamento à pandemia (como prova e comprova a CPI da Covid-19); que se articulou ao fundamentalismo religioso para trapacear e manipular massas de incautos; que se ajoelha no ultraliberalismo pauloguediano para destruir o Estado e esfarelar as políticas sociais criadas a partir da Constituição Federal de 1988; que é parceiro de primeira hora de todo o tipo de predadores: madeireiros, mineradores, garimpeiros, coveiros que odeiam pobres, pretos, indígenas, 

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etc.

Tudo está sendo normalizado e naturalizado com o apoio sempre perverso da mídia empresarial, sócia histórica dos capatazes do povo brasileiro. 

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Depois do último estupro público da democracia promovido por Bolsonaro e bolsonaristas em 7 de setembro, os moralistas sem moral de sempre costuraram o acordo que "protege" a vítima estuprada, a democracia, salvando e redimindo o predador. Exatamente como ocorre nas famílias de homens de bem e dos bons cristãos . 

Não "impichar" Bolsonaro - depois de tudo o que ele fez - representa uma derrota para a democracia que foi e é fortemente atacada; uma derrota para as oposições e os movimentos populares que não conseguem vitórias significativas a partir das mobilizações nas redes e nas ruas; enfim, uma derrota moral para o Brasil porque Bolsonaro é desumano, tem mente sombria, é perverso e servidor do mal e, mesmo assim, continua no poder.

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Mas, afinal, sejamos francos, qual é a novidade?

Um país que, historicamente, naturaliza o racismo, a mortandade de mais de 50 mil pessoas por ano (pobres, pretos, vulneráveis); que convive em berço esplêndido com uma das mais abissais desigualdades sociais do planeta; que tem um sistema bancário que rouba descaradamente com juros pornográficos...

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Olhamos para o Executivo e enxergamos uma gangue de predadores; miramos o Congresso onde prevalecem os intrereses privados, que sustentam o Executivo, em detrimento dos interesses  públicos  e, como se não bastasse, temos um sistema de justiça seletivo que é bajulado pelas elites por fazer chantagem contra outros poderes. Bolsonaro não está só em seu projeto contra o povo e a Nação. 

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Verdadeiramente os três poderes que governam o país atualmente são "o vírus, o desgoverno e a indiferença", como lembra Janio de Freitas. 

O desemprego, a miséria, a fome campeando... 

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Cidadãos nas filas dos ossos, um escândalo internacional que aqui é naturalizado. E tudo parece que é obra do acaso.

Enquanto isso, as "instituições que funcionam" seguem exercendo sua função de naturalização e normalização da barbárie. 

E num tempo de barbárie, os templos estão em festa, funcionando como outras tantas empresas que usam de engrenagens humanas para justificarem sua existência. 

Sim. Há muitas formas potentes de resistências. Poderia ser pior. Mas, a realidade se impõe à qualquer otimismo de ocasião.

Tudo muito sórdido, hipócrita, perverso.

Tudo muito próprio do Brasil...

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