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Paulo Moreira Leite

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Brasil quer Lula na campanha, mostra pesquisa

"Desempenho de Lula no levantamento VEJA/FSB sobre a campanha de 2022 mostra um apoio incompatível com sua condição de prisioneiro", escreve Paulo Moreira Leite, do Jornalistas pela Democracia

Eleição sem Lula continua sendo fraude
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Por Paulo Moreira Leite, para o Jornalistas pela Democracia - O fato de Lula ter ficado em segundo lugar nas simulações de segundo turno da pesquisa VEJA/FSB mostra que, a depender dos eleitores, ele deve ter lugar assegurado na campanha. Teve 38% de intenções de voto num segundo turno com Bolsonaro. E 37% quando numa simulação na segunda fase com Moro.

São números incompatíveis com sua condição de prisioneiro, um cidadão condenado pelo Estado, que não tem direito a andar na rua, nem morar na própria casa, nem ir ao botequim com os amigos... quanto mais disputar a presidência da República.

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O levantamento foi feito quando Lula completava 18 meses de prisão em Curitiba. Excluído da vida pública, só muito recentemente recuperou o direito de dar entrevistas -- apenas uma parcela das garantias e direitos assegurados a um cidadão livre.

Diante das circunstâncias, o segundo lugar deve ser visto como um desempenho respeitável, de um lider com formidável poder de resistência na memoria da população -- até porque não se imagina que a vida atrás das grades seja capaz de embelezar a imagem pública de uma pessoa.  

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Uma eventual candidatura Lula em 2022, no entanto,  apoia-se em duas hipóteses combinadas. O STF terá de aceitar a denúncia de parcialidade contra Sérgio Moro e anular as sentenças condenatórias -- não só a decisão sobre o triplex, mas também sobre o sítio, já em fase final.

Dessa forma, Lula não só deixa a prisão mas também evita a Ficha Limpa e consegue candidatar-se, colhendo benefícios de uma nova condição, especialmente favorável.

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Ficaria na merecida  na posição do sujeito que, após anos de perseguição, consegue dar uma virada na própria situação judicial para fazer  campanha com a bandeira imbatível -- e merecida -- do injustiçado. Difícil imaginar caminho melhor para a disputa de um terceiro mandato.

Lula não só teria os votos de eleitores que se afastaram  em função de denúncias reconhecidamente injustas, mas também somaria a adesão dos desiludidos do bolsonarismo. 

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Essa possibilidade parecia 100% impossível poucas semanas atrás, quando a preservação da Lava Jato era um ponto de honra do próprio judiciário, inclusive no STF.

Segue dificílima. Já é possível, contudo, enxergar uma brecha estreita mas real no bloco de apoio que sustentou Sérgio Moro até aqui. Teremos uma boa amostra a partir de quarta-feira, quando o Supremo retoma os debates sobre o trânsito em julgado, de interesse universal, mas que terá um impacto óbvio sobre a situação de Lula.

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Como já ocorreu no passado, as decisões da Justiça envolvendo o futuro de Lula serão, acima de tudo, deliberações políticas. A pergunta é saber se o STF estará a altura de suas obrigações constitucionais, ou se irá participar de uma segunda -- e ainda mais monstruosa -- injustiça contra Lula e contra os direitos do povo brasileiro.

Esta é a dúvida. 

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