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Tereza Cruvinel

Colunista/comentarista do Brasil247, fundadora e ex-presidente da EBC/TV Brasil, ex-colunista de O Globo, JB, Correio Braziliense, RedeTV e outros veículos.

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Cadê a prova? Por esta pergunta é que o Brasil não se cala

"Na velha normalidade, antes do golpe e do ativismo ideológico de parte do Judiciário, a postura natural seria acreditar na Justiça. Pois os três togados de Porto Alegre teriam suas consciências assediadas por uma pergunta: cadê a prova? Ou as provas", coloca a colunista Tereza Cruvinel; "Mas estamos fora da normalidade e já foram emitidos, por eles, sinais muito claros e fortes, que alimentam o ceticismo dos que falam em condenação anunciada", acrescenta; para ela, por muitos motivos "os apoiadores de Lula têm dificuldade para acreditar na Justiça. Mas é acreditando que os desembargadores serão cutucados por suas consciências que eles irão a Porto Alegre, participam de comitês de defesa de Lula e fazem com que o Brasil não se cale diante da pergunta: cadê a prova?"

"Na velha normalidade, antes do golpe e do ativismo ideológico de parte do Judiciário, a postura natural seria acreditar na Justiça. Pois os três togados de Porto Alegre teriam suas consciências assediadas por uma pergunta: cadê a prova? Ou as provas", coloca a colunista Tereza Cruvinel; "Mas estamos fora da normalidade e já foram emitidos, por eles, sinais muito claros e fortes, que alimentam o ceticismo dos que falam em condenação anunciada", acrescenta; para ela, por muitos motivos "os apoiadores de Lula têm dificuldade para acreditar na Justiça. Mas é acreditando que os desembargadores serão cutucados por suas consciências que eles irão a Porto Alegre, participam de comitês de defesa de Lula e fazem com que o Brasil não se cale diante da pergunta: cadê a prova?" (Foto: Tereza Cruvinel)
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O ex-ministro Bresser Pereira, sensato e ponderado, recomenda um crédito à Justiça aos que já dão Lula como condenado pelos três desembargadores do TRF-4, no dia 24. Na velha normalidade, antes do golpe e do ativismo ideológico de parte do Judiciário, esta seria mesmo a postura natural. Acreditar na Justiça. Pois na velha normalidade haveria a crença de que, ao examinarem a sentença do juiz Sérgio Moro, que condenou Lula a 9,6 anos de prisão por  supostamente ter recebido o tríplex do Guarujá como propina, os três togados de Porto Alegre teriam suas consciências assediadas por uma pergunta: cadê a prova? Ou as provas. Moro condenou Lula sem provas e amparando-se na delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Examinando os autos, e assim concluindo, os três desembargadores seriam compelidos a absolver Lula. Mas estamos fora da normalidade e já foram emitidos, por eles, sinais muito claros e fortes, que alimentam o ceticismo dos que falam em condenação anunciada. Um deles, a declaração de que, se for condenado, Lula não será imediatamente preso. Uma declaração destas não pode ser recebida senão como indicativo de que haverá condenação.

Além da pergunta “cadê a prova?”, refrão de uma marchinha carnavalesca em defesa de Lula que roda na Internet, há uma outra que devia incomodar os desembargadores. Por que Moro, ao pedir o confisco dos bens de Lula, não arrolou entre eles o tríplex do Guarujá? Pelo fato elementar de que tal apartamento pertence à OAS, de fato e no papel. Mais uma vez, a defesa de Lula tentará provar isso, agora com base na sentença da juíza de Brasília que autorizou a penhora do imóvel para garantir o pagamento de um credor da empreiteira.  Esta é uma situação duplamente surreal. Primeiro, pela inversão do ônus da prova, pois se Moro não conseguiu provar que Lula é dono do tríplex, sua defesa é que está provando o contrário. Mas o surrealismo aumenta com o fato de que esta contraprova, já ignorada por Moro, pode ser novamente ignorada pelos desembargadores de Porto Alegre.

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Por tudo isso, os apoiadores de Lula têm dificuldade para acreditar na Justiça. Mas é acreditando que os desembargadores serão cutucados por suas consciências que eles irão a Porto Alegre, participam de comitês de defesa de Lula e fazem com que o Brasil não se cale diante da pergunta: cadê a prova?

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