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Tomás Aquino

Cristão; Designer Gráfico Editorial, Designer Instrucional, Design Thinking Educacional

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Carta de um brasileiro indignado que quer mudar os rumos deste país

O Judiciário não tem a prerrogativa de definir o nosso futuro, mas sim as urnas. Não são os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) que dão a palavra final, mas o povo, afinal todo poder emana do povo. Por isso é fundamental que as eleições do final do ano sejam verdadeiramente legítimas 

urna eleições (Foto: Tomás Aquino)
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"Todo reino dividido contra si mesmo acabará em ruina" (Mc. 3,24)

Meu Brasil, meu povo brasileiro,

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com profundo sentimento de indignação e lucidez escrevo estas linhas no intuito de não me omitir na procura de caminhos que nos tirem desta polarização que nos divide, enfraquece nossa soberania e nos torna vulneráveis ao assédio dos interesses internacionais que historicamente sempre enxergou o Brasil como "mina de ouro" e "terra de ninguém".

Somente para ilustrar a gravidade de uma das consequências desta guerra interna, neste momento nossas riquezas em petróleo estão sendo disponibilizadas para um leilão que acontecerá em plena Copa do Mundo quando não perceberemos as dores desta derrota que não será de 7 a 1 mas de milhões a 1. Milhões de crianças sem escola digna, milhões de pessoas nas filas dos hospitais, milhões de brasileiros sem moradia...

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Será que não nos damos conta que agindo assim estamos vulneráveis à assaltos para muito além dos desvios da lava-jato?

Mas por que estamos divididos? Aonde começou esta guerra? A quem interessa esta divisão?

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Desde as eleições de 2014, quando a margem de votos entre vencedor e vencido foi muito pequena, a população tornou-se alvo de um plano para a derrubada do governo por vias não democráticas articulados pela mídia e os interesses das elites representadas pelo partido derrotado. Esta estratégia irresponsável e destruidora isolou o governo, manipulou o parlamento para não aprovarem qualquer ação importante, impedindo o crescimento do país e incitando a população contra o governo, fazendo crer ser ele o culpado pela queda dos índices de crescimento econômicos e sociais e justificando assim um processo de impeachment totalmente irregular. Paralelamente, notícias de corrupção apuradas pela Lava-jato eram usadas como bombas pela mídia para destruir qualquer partido ou pessoas ligadas ao governo, inflamando um sentimento de revolta e ódio na população. O resultado disto foi um enorme retrocesso em todos os avanços sociais até então conquistados e uma enorme descrença na classe política.

Mas a quem interessa isso?

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Antes de responder esta pergunta é preciso definir o que significa a "naturalização das coisas", isto é, quando a percepção comum das pessoas sobre um determinado assunto é de que as coisas são assim mesmo, porque sempre foram assim e é natural que sejam assim, não se questionando o porquê de elas serem assim. Foi por achar natural que a raça branca fosse superior, que em nossa história toleramos mais de 300 anos de escravidão. Foi por achar natural que o homem fosse superior à mulher que justificou-se o machismo em todos os tempos da história.

E aqui nos deparamos com outro fenômeno de naturalização das coisas, a ideia de que seja natural a existência de ricos e pobres, pois sempre foi assim e, ainda mais, a de que os ricos são superiores aos pobres, justificando e perpetuando a desigualdade social além de combater qualquer ação que queira diminuir ou eliminar esta desigualdade mas, ao contrário, estimular a busca pelo enriquecimento egocêntrico como forma de ascensão social.

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Agora, voltando para a nossa história recente, podemos avaliar melhor um fato extraordinário que nos ajudará a entender melhor o porquê e a quem interessa esta guerra e destruição do país.

Em 2002, o Brasil, que sempre havia sido governado pelas elites, elege um presidente não pertencente à classe rica e pior, um presidente que em seu governo alcançou índices de crescimento jamais vistos além de diminuir a desigualdade social e possibilitar o acesso das classes pobres a privilégios até então exclusivos dos mais ricos. Uma verdadeira afronta aos padrões "naturais", quando, segundo a elite, nossos aeroportos estavam mais parecendo rodoviárias e seus filhos agora tinham negros e pobres nas suas classes universitárias. Isto só para dar alguns exemplos.

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Pois bem, a elite, que inicialmente não acreditava no sucesso de tal governo, viu este mesmo governo se reeleger e eleger e reeleger seu sucessor. É óbvio que isto não podia ficar assim, algo urgente precisava ser feito e então os verdadeiros donos do poder entraram em ação. Com a mídia a seu lado, afinal de contas são as grandes fortunas que alimentam esta enorme estrutura que tem o poder de enganar, manipular e induzir a população segundo seus interesses, ficou fácil plantar acusações e fazer a população acreditar que heróis são bandidos e bandidos são heróis. Derrubou-se um governo democraticamente eleito para colocar em seu lugar pessoas sem a mínima legitimidade. As consequências desta insanidade estão à vista de todos, inclusive daqueles que saíram às ruas em defesa da mudança e hoje com certeza estão revendo seus conceitos ao se defrontarem com o desemprego, recessão, empobrecimento, miséria, perda de direitos trabalhistas, a entrega das nossas reservas de petróleo e tantas outras mazelas.

Não são os aeroportos nem as universidades que mais incomodaram as elites. Na verdade eles sabem dos privilégios que podem perder com um governo democrático com apoio popular. Por isto é fundamental que nos unamos em torno de um objetivo comum que é o resgate da soberania nacional. Não permitamos que as elites e interesses internacionais venham usurpar nossas riquezas e aniquilar nosso país.

Em outubro iremos às urnas sem a mínima perspectiva de que os partidos e os candidatos que se colocam como presidenciáveis possam aglutinar em torno de si uma unanimidade que viria a diminuir ou acabar com esta divisão. A descrença na classe política é enorme sobretudo pelo fato de que a população foi tão bombardeada pelas verdadeiras e falsas notícias que já não é capaz de distinguir entre o joio e o trigo.

Agora é a hora de pensar. Se tudo isto está acontecendo por causa da indignação das elites com um governante que veio do povo, não será a volta dele que poderá aglutinar e acabar com este Brasil dividido? Muitos irão reagir dizendo que ele é corrupto e por isso está preso. Mas eu pergunto: isto corresponde à verdade ou é aquilo que a elite e a mídia quer que nós acreditemos? Você acha que uma pessoa que fez tanto pelo nosso país e sobretudo pelos pobres vai querer se corromper? Então alguns ainda me dirão que se a justiça condenou é por que ele é culpado. E eu pergunto novamente: não é estranho que o processo do ex-presidente operário que não apresenta provas contundentes tenha sido julgado com uma celeridade jamais vista na justiça brasileiras? Vocês não percebem que existe um objetivo explícito para torná-lo inelegível?

Quero reproduzir aqui o trecho de uma mensagem do Papa Francisco, que veio confirmar tudo aquilo que eu estava escrevendo: "a mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas". Depois chega a justiça, "as condena e, no final, se faz um golpe de Estado" (Homilia da missa celebrada esta quinta-feira (17/05/18) na Casa Santa Marta).

O fato é que o judiciário não tem a prerrogativa de definir o nosso futuro, mas sim as urnas. Não são os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) que dão a palavra final, mas o povo, afinal todo poder emana do povo. Por isso é fundamental que as eleições do final do ano sejam verdadeiramente legítimas e isso só acontecerá com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Então o povo irá julgar e democraticamente escolher seu presidente.

Tenham a certeza de que as elites e a mídia tentarão confundir e dividir a população fazendo de tudo para que isto não aconteça e esta é uma razão a mais para que nos unamos em torno da defesa da democracia. Neste momento, eu não acredito que as vias legais e judiciais nos devolverão a verdadeira democracia. Por isso é fundamental nos unirmos em uma grande manifestação popular organizada não pelos vermelhos ou pelos verdes e amarelos mas por todos, por um Brasil unido, livre e soberano. Quem sabe o dia 7 de setembro não seja uma boa data para isto? Uma segunda independência do Brasil?

Se você não está convencido dos argumentos citados, só posso lhe dizer que a história irá mostrar a verdade como fez no golpe militar de 1964, mas eu não esperaria mais 50 anos para me decidir.

Se você se identifica com o conteúdo desta carta e quer acabar com esta divisão que está nos levando à ruina, compartilhe esta mensagem, faça chegar ao maior número possível de brasileiros, para que tenhamos uma eleição verdadeiramente democrática e cada um tenha orgulho de ser o construtor de um país livre e soberano. Além disso eu proponho desde já uma ação concreta em relação à mídia. Boicote. Vamos derrubar a audiência dos principais telejornais. Não assistam, procurem informações em mídias alternativas na internet. Cancelem as assinaturas das principais revistas semanais e vamos ver se eles vão sobreviver. Esta é a melhor resposta que podemos dar, como fez Gandhi com os tecidos na Índia.

Vamos todos à luta e nos transformemos em brasileiros orgulhosos que não se omitiram em mudar os rumos deste país.

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