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Chanceler de Bolsonaro é um capacho e incapaz para o cargo

"O mínimo que se pode atestar sobre Ernesto Araújo, o sinistro ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro, é que ele é um lunático que não reúne os requisitos essenciais para exercer o cargo, e faz apenas o papel de capacho – não dos EUA, mas do Trump"; é o que diz o jornalista Jeferson Miola sobre a instabilidade diplomática adquirida do Brasil em tempos de Bolsonaro

Chanceler de Bolsonaro é um capacho e incapaz para o cargo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O mínimo que se pode atestar sobre Ernesto Araújo, o sinistro ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro, é que ele é um lunático que não reúne os requisitos essenciais para exercer o cargo, e faz apenas o papel de capacho – não dos EUA, mas do Trump.

Não se trata, aqui, de esperar que Araújo conseguisse ser outro chanceler a honrar uma tradição secular do Itamaraty, mas apenas de anotar que ele não possui as mínimas condições exigíveis para bem representar os interesses do Brasil no mundo.

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Em novembro passado, apenas anunciado chanceler pelo presidente eleito, ainda extasiado com a indicação – e, talvez, querendo mostrar fidelidade canina à visão infame de política externa do clã bolsonarista –, Araújo fez promessas que causaram arrepios na diplomacia mundial e em diplomatas brasileiros de distintos matizes ideológicos.

Depois de já sentado na cadeira de chanceler, quando dele se esperava racionalidade e equilíbrio, Araújo, contudo, multiplicou seus delírios e opiniões exóticas e colecionou gestos que equivaleriam, fosse outro momento histórico, a declarações de guerra contra nações amigas.

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Para o embaixador Rubens Ricúpero, as posições anunciadas pelo chanceler do Bolsonaro representam "uma mudança de mais de 200 anos da tradição de comedimento, senso de medidas e de proporção". Outro diplomata declarou que "nunca se viu uma nota dessas [sobre a Venezuela] no Itamaraty, ... e nem no hospício" [ler aqui].

Nesse breve período de 40 dias de governo, Araújo dedicou a maior parte do seu tempo de trabalho para se desempenhar não como funcionário público brasileiro, mas como despachante e obediente capacho do presidente Donald Trump, dos EUA.

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Da sua mente "genial", em aparente simbiose com a "genialidade" do Bolsonaro Zero2, o deputado Eduardo Bolsonaro, Araújo chegou a se comprometer com [i] a mudança da embaixada para Jerusalém, com [ii] a instalação de base norte-americana em território brasileiro, e [iii] com a operação de guerra contra a Venezuela.

Com suas maluquices e com o extremismo ideológico que imprime ao Itamaraty, Araújo está detonando a passos largos o patrimônio de respeito, autoridade e confiança do Brasil como ator relevante da geopolítica internacional.

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Nas últimas 24 horas, o chanceler do Bolsonaro se superou ao adotar 3 medidas que confirmam a opção do governo do Brasil de atuar como cônsul do império estadunidense:

[i] reconheceu Maria Teresa Belandria, indicada pelo fantasma e autoproclamado "presidente encarregado" da Venezuela, Juan Guaidó, que não é oficialmente reconhecido nem pela OEA e nem mesmo pela ONU. Antes do encontro ocorrido às 12 horas de hoje com a representante-fantasma do também fantasma Guaidó [agenda aqui], às 9:15h Araújo teve agenda com o almirante Craig Faller, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, quando certamente "recebeu instruções" diretas do "chefe do Norte" [ler aqui];
[ii] autorizou a instalação de um centro de "ajuda humanitária", ou "corredor humanitário" na fronteira entre o Brasil e a Venezuela; e
[iii] confirmou participação em "polêmica conferência sobre o Oriente Médio patrocinada pelos Estados Unidos e pela Polônia" que exclui o Irã, como reportou a Folha de SP [ler aqui] – loucura suprema que retira o Brasil do pódio honroso de Nação protagonista do esforço de construção do equilíbrio, da estabilidade e da paz mundial.
Sobre a aludida ajuda humanitária [item ii, acima], o chefe da Cruz Vermelha na Colômbia, Christoph Harnish, assinalou que a instituição não participará do operativo comandado pelos EUA porque, na visão dele, essa ajuda não é humanitária, mas apenas pretexto para uma intervenção ilegal e para a ingerência de forças estrangeiras na Venezuela [ler aqui].

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O chanceler do Bolsonaro, um lunático comprovadamente incapaz para exercer o cargo à luz da Constituição Brasileira, tem de ser rapidamente interditado, sob pena de jogar o Brasil numa aventura beligerante irresponsável e inconsequente.

Com sua atitude tresloucada e de capacho dos EUA, Araújo está ofendendo de morte o artigo 4º da Constituição, e por isso deve ser impedido de continuar no cargo, para o bem do Brasil:

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"Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
[...]
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
[...]
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações".

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