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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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China cria república dos governadores

Jair Bolsonaro e Xi Jinping (Foto: Sputnik / Mikhail Klimentiev)
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Pá de cal em Paulo Guedes

Está pintando nova federação. Os governadores estão se distanciando do governo federal, ao qual estão dependurados por dívidas impagáveis, das quais tentam fugir. Bolsonaro deu motivos surpreendentes para que pintasse o grito de guerra. O novo coronavírus foi o parteiro do movimento. Sem recursos, os governadores vão à luta por recursos que não encontram no governo federal. Criaram nova geopolítica, optando por aprofundar relações com a China; os chineses são a nova esperança dos falidos governadores; colocaram em xeque a diplomacia de Bolsonaro de rendição total a Trump. O presidente capitão tentou enquadrar os governadores, dentro da relação imperialista que vigora entre tesouro federal e tesouros estaduais. Se os tesouros estaduais não pagam suas contas, o tesouro federal endurece o jogo, para atender seus  credores, nacionais e internacionais. Só que o quadro mudou com o novo coronavírus. O governo federal tenta impor uma ordem, que está seguidamente sendo descumprida. Há, na prática, uma desmembramento federativo regional, dado pela dívida, agravada pelo coronavírus.  O Nordeste tomou posição ousada: ir na contra mão de Bolsonaro.  As demais regiões estão seguindo os nordestinos; emergiu desobediência federativa. Bolsonaro tentou reagir, mas não teve força, para aprofundar regras neoliberais restritivas, como tentou fazer – e não deu, também, conta – com os trabalhadores. A rebelião dos governadores e dos trabalhadores fez o presidente recuar, na crise do novo coronavírus; dançou. Com as asas quebradas, o presidente, politicamente, isolado, ligou para o presidente chinês, para se desculpar dos erros do filho. Sobretudo, rendeu-se à nova diplomacia chinesa dos governadores. Sua barra, no Congresso, está suja, especialmente, depois de tentar massacrar trabalhadores. Está diante do desafio de marchar com as providências neoliberais recomendadas por Guedes, comprovadamente, fracassadas, ou com a nova ordem mundial que determina mais gastos públicos para enfrentar a crise. Os governadores fizeram sua escolha, jogando pá de cal em Paulo Guedes.

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Rebelião federativa

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