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Eduardo Guimarães

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Ciro e Bolsonaro podem ter se aliado

Eduardo Guimarães cogita que Ciro Gomes, "em um eventual segundo governo Bolsonaro, ganhe cargo ou algum outro tipo de benesse"

Jair Bolsonaro e Ciro Gomes (Foto: Agência Brasil | Reuters)
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A "Navalha de Ockham" é um método para construir hipóteses. Foi batizado assim em homenagem a Guilherme de Ockham (1288–1347), um frade franciscano, filósofo e teólogo do século 14. Para simplificar, o princípio postula que, de múltiplas explicações para um fato, a mais simples será, sempre, a mais provável. 

Senão, vejamos os indícios:  

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1 -- Ciro Gomes adotou tática de atacar Lula preferencialmente. No começo, atribuiu-se essa tática ao marqueteiro João Santana, que se tornou desafeto de Lula e do PT ao se tornar "delator" da Lava Jato. Porém, ou o supermarqueteiro perdeu a mão ou não é dele a responsabilidade pela insistência dos ataques prioritários de Ciro a Lula. 

2 -- Tanto Ciro quanto Santana sabem que atacar Lula não renderia ao pedetista votos de uma esquerda que, com exceção do PDT e de alguns partidecos de ultraesquerda que nunca elegeram ninguém para nada, está toda com Lula -- do Psol à Rede. 

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3 -- Há mais de um ano que Ciro vem subindo o tom contra Lula e a tática não fez nem cócegas no ex-presidente. Se não funcionou e ainda  desgastou e isolou o pedetista em seu próprio partido, por que insistir em uma conduta que mais lhe causa prejuízos que benefícios?

4 -- Segundo o jornal O Globo, ataques de Ciro a Lula viralizam em grupos de WhatsApp bolsonaristas nos quais o pedetista é chamado de "Cabo eleitoral de Bolsonaro". Até porque, Ciro afirma que o verdadeiro culpado pela situação do país é Lula e que Bolsonaro não pode ser responsabiizado por ela. 

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5 -- Ciro já avisou que, se houver segundo turno entre Lula e Bolsonaro, ficará neutro. Essa postura interessa a Bolsonaro e não tem lógica para Ciro, porque se ele ajudar a levar a eleição para o segundo turno, ajudará a provocar um banho de sangue e será responsabilizado por isso. 

Mas o que Ciro ganharia com uma conduta que enfurecerá a sólida maioria de brasileiros que quer ver Bolsonaro pelas costas e que pode, no limite, levar o Brasil a uma nova ditadura militar? Afinal, muitos analistas acreditam que um segundo mandato do atual presidente ensejará um novo regime autoritário em que ele se perpetuaria no Poder. 

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Ciro já avisou que, se não se eleger, desistirá da Presidência da República. Mas não disse que desistirá da política, o que pode significar que, em um eventual segundo governo Bolsonaro, ganhe cargo ou algum outro tipo de benesse. 

A conduta de Ciro é irracional. Quando reduz os seus ataques a Lula e parece que mudará de tática, reincide mesmo já tendo ficado óbvio que não o ajudam. A explicação mais simples, pois, reside na "Navalha de Ockham". E é a de que Ciro mantém algum tipo de acordo repugnante com o presidente da República.

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