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Mauro Passos

Engenheiro, ex-deputado federal pelo PT/SC, e presidente do Instituto Ideal

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Como era de prever, Bolsonaro não sabe o que fazer (parte III)

"Se tem alguma coisa que uniu os brasileiros são as manobras que o Bolsonaro e o Centrão estão fazendo no Orçamento da União"

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Não é correta a ideia de que o governo Bolsonaro lidera o ruim/péssimo por causa da economia. Não é bem assim, a avaliação é dele - pessoal! Os motivos já existiam, o cargo só expôs. A economia, não é para amador e nem mau gestor. É um problema global e complexo.

Se tem alguma coisa que uniu os brasileiros são as manobras que o Bolsonaro e o Centrão estão fazendo no Orçamento da União. Perderam a vergonha e a noção republicana. Sem pudor avançaram no dinheiro público, para engordar acintosamente as Emendas do Relator, Fundo Partidário e o Fundo Eleitoral. Exageraram na dose, a indignação  é grande. Enquanto tem gente passando fome, os próprios representantes  do povo fecham os olhos para a nossa realidade e se apropriam do dinheiro público para os seus interesses eleitorais imediatos. Simples assim. (*)

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A soma desses "jabutis" de fim de ano, é uma fortuna que poderia ser melhor empregada aliviando a vida de milhões de pessoas. Só para lembrar a importância que teve a Bolsa Família, recentemente abortada por Bolsonaro. Agora o instrumento de auxílio emergencial para os mais necessitados é o Auxílio Brasil. Honestamente, não importa o nome do programa desde que ele atenda com dignidade seu público alvo. Ao meu ver, o Brasil  deveria ter três programas: um emergencial para botar comida na mesa, um outro voltado para a moradia, tipo Minha Casa Minha Vida e um terceiro uma espécie de Renda Mínima, do então senador Suplicy, que olhasse para o futuro. Com esse tripé o Brasil seria outro.

Nos primeiros anos de qualquer governo o foco deveria ser os mais necessitados, insisto: o nome não importa. Depois um olhar para os jovens que trouxesse esperança, criasse oportunidades  e despertasse neles o interesse pelo futuro.  O desafio seria nos levar a médio prazo para uma sociedade mais equilibrada socialmente, focada em oportunidades iguais. Uma atualização da ideia da Renda Mínima mais detalhada e aprimorada.

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Um estudo aos moldes do que está sendo feito na Alemanha, que vai contemplar jovens de 18 anos. Eles irão receber o mesmo incentivo, cerca de 100 mil reais por ano, e serão monitorados para observar o comportamento de cada um. O recurso disponibilizado só poderá ser usado para bolsa de estudos na área de pesquisa, apoio para novos negócios, preparação de lideranças e outras iniciativas que possam trazer conhecimento sobre a importância de se oferecer para os jovens oportunidades iguais. A desigualdade social, vista como um atraso para o país, precisa fazer parte de uma política de Estado. (**)

(*) Nada vai acontecer quando as prioridades são outras. Bolsonaro e o Centrão dependem um do outro. Não conseguem se separar,  estão juntos nas Emendas do Relator, no Fundo Partidário e no Fundo Eleitoral. Os valores aprovados não se sustentam. A resposta virá em breve, nas urnas. 

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(**) Deixo como sugestão ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), que abra mão dos 800 milhões de reais a mais para o fundo eleitoral, que está sob judice no STF, para implantar um projeto piloto semelhante  para os jovens brasileiros que  completarem 18 anos. Alemanha e Brasil são duas realidades diferentes, mas quem sabe nossos jovens podem aprender juntos.

PS - O ministro da Cidadania, João Roma, confirmou que Renato Bolsonaro, atuou para liberar verbas junto a pasta para Miracatu (SP), onde o irmão de Bolsonaro é chefe de gabinete da prefeitura local. O município, com cerca de 20 mil habitantes, se beneficiou com o empenho de R$ 53 milhões em verbas da União no final de 2021, conforme revelou o Globo. Segundo o ministro João Roma, o irmão do presidente é um cara muito envolvente que dá gosto de atender. Então tá!

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Se essa informação incomodou, continue lendo:

Dados da Defesa Civil apontam que o Governo Federal garantiu recursos de R$ 48 milhões para os municípios afetados pelas chuvas em Minas Gerais, que deixou milhares de pessoas desabrigadas.  Antes de escrever chequei as informações. Não dá para acreditar, para Miracatu tudo, para Minas Gerais migalhas. Betim, uma das cidades mais atingidas, recebeu 1,6 milhões. Sem falar na Bahia que quase nada recebeu. Nem Bolsonaro passou por lá.   

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