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Eric Nepomuceno

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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De volta para a minha trincheira

Tentar contribuir deveria ser a missão de todos os que ainda conseguem manter sua lucidez em meio às trevas herdadas por Lula

Lula (Foto: Reprodução)
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 Encerrando uma ausência de um mês, volto ao nosso Brasil 247. Às vezes, sinto que essa ausência durou um tempo e tanto. Mas agora mesmo, quando começo a escrever, parece que foi ontem. Enfim, durou o necessário para organizar, ou supor que organizei, minha agenda para as tarefas que me esperam.  

 Nesse mês em que andei fora desta minha trincheira, pouquíssima coisa mudou no cenário. Nenhuma surpresa de peso.

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 Lula enfrenta, muito mais que seu terceiro mandato presidencial, o tremendo desafio que se dispôs a cumprir: reconstruir um país arruinado, destroçar a herança maldita deixada pelo pior e mais abjeto presidente da história da República.

 Aliás, e por falar nessa patética e demoníaca criatura, Jair Messias continua foragido na região de Orlando, na Florida, vizinho à terra do Pateta. E se a criatura criada por Walt Disney tem lá sua simpatia, no caso do mandatário fujão o que temos é um pesadelo ambulante, um vulto patético cada vez mais abandonado vagando no breu da memória.  

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 Andou acampado na casa de um ex lutador, agora acampou no casarão de um latifundiário. Li em algum lugar que são quatro suítes. Numa, dorme Jair Messias. Em outra, o mais tresloucado de seus filhos, o vereador nacional Carluxo. E nas outras duas, convidados, como o sanfoneiro que foi ministro e o presidente do Banco do Brasil que assediava funcionárias.  

 Nada mais exemplar e representativo dele e de seu entorno.

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 Enquanto isso, duas correntes de acontecimentos concentram as atenções.  

 A primeira: a cada dia que passa surgem mais e mais exemplos concretos e palpáveis já não das aberrações cometidas por Jair Messias, sua família e seus asseclas ao longo de quatro infinitos anos, mas de crimes que exigem a pronta ação da Justiça.  

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 Ele e seu bando fizeram de tudo e um pouco mais enquanto estiveram no poder. De romper o sigilo fiscal da Receita Federal ao que for. Até quando a impunidade irá prevalecer?

 A segunda corrente de acontecimentos que merece cuidadosa atenção está justamente no desafio enfrentado por Lula para reconstruir o que restou do país. Um desafio coalhado de dificuldades, que vão da eterna e dessangrada ganância dessa invisível e sacrossanta entidade chamada “mercado” aos desvãos de qualidade, integridade e caráter das forças que ele teve de reunir para conseguir armar seu governo.

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 O Brasil é o país que tem mais partidos políticos legalmente estruturados e com representação no Congresso em todo o mundo: 31devidamente registrados no Tribunal Superior Eleitoral. São 16 partidos presentes do Senado, e 21 na Câmara de Deptuados.

 Como formar alianças de governo em meio a essa avalanche de partidos? E se lembrarmos que na imensa maioria deles ninguém obedece de verdade e linha proposta por seus dirigentes, veremos o murundu imperante na política brasileira.

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 Já disse e reitero aqui que dizer que os partidos do tal Centrão se vendem é uma injustiça inadmissível: eles se alugam. Tanto assim que a maioria formou aliança com todos – absolutamente todos – os presidentes desde a retomada da democracia.  

 Não há como responsabilizar Lula por ter cedido ministérios e postos de segunda linha que manejam torrentes de dinheiro a gente da pior laia possível.  

 É fazer isso e tentar controlar o apetite devorador dos recursos públicos, ou não governar.

 Deveria ter sido mais criterioso e não ceder ministérios a aberrações ambulantes especializadas em desviar recursos públicos como o equestre Juscelino Filho? Mais rigoroso para bloquear o apetite sempre latente da turma da direita que se autodenomina de “Centrão”? Pode até ser.

 Creio, em todo caso, que concentrar atenções nesse aspecto de um governo cuja missão central – vale repetir – é tentar reconstruir um país miseravelmente destroçado, impede que se note o que está sendo feito justamente nessa direção.  

 O que já começou a ser corrigido, o que já começou a ser reconstruído: é aí que devemos prestar atenção.  

 Se de um lado há uma correria de cavalgaduras e similares com fome imensa, também há – e isso é muito mais importante – um esforço olímpico de reconstrução.  

 E acompanhar esse esforço e tentar contribuir deveria ser a missão de todos os que ainda conseguem manter sua lucidez em meio às trevas herdadas por Lula.  

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