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Antônio Carlos Silva

Coordenador da Corrente Sindical Nacional Causa Operária – Educadores em Luta e membro da direção nacional do PCO. Professor da rede pública do Estado de São Paulo.

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Derrotar a sabotagem do movimento Fora Bolsonaro e sair às ruas

Contra a política da frente ampla de pôr fim aos atos, reorganizar e fortalecer as raízes populares do movimento

(Foto: Reprodução)
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Antônio Carlos Silva

Após o fracasso das seguidas tentativas de infiltração e controle pela direita do movimento “Fora Bolsonaro”, a última nos atos de 2 de outubro, quando os golpistas, inimigos da luta dos trabalhadores, “pais de Bolsonaro”, responsáveis pela sua eleição fraudulenta e que não querem a sua derrubada de fato, foram amplamente repudiados pela militância classista e combativa que participava dos atos, principalmente em São Paulo, a direita se lançou de modo aberto e frenético no sentido de torpedear o movimento.

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A lógica da direita é clara: ou o movimento serve aos propósitos reacionários, como ajudar a fazer campanha para politicos de direita desmoralizados e sem prestígio popular, caso de João Doria (PSDB) e Ciro Gomes (hoje no PDT), ou deve se destruído. Ou os trabalhadores apoiam os reacionários que querem privatizar tudo, manter o genocício, a fome e a miséria do povo ou não deve haver manifestação.

Eles querem que o movimento “Fora Bolsonaro” seja um novo movimento das “Diretas”, que termine com o povo derrotado e com o apoio de setores da esquerda a candidatos ultra direitistas, como foi o caso da dupla Tancredo-Sarney, em 1985, como é hoje o caso de Doria-Ciro entre outros que levariam adiante a política de Bolsonaro e de todo o regime golpista contra o povo trabalhador.

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Por um lado, atendendo às ordens de seus “donos”, esses senhores buscam intensificar seus ataques contra o candidato apoiado por mais de 80% dos que participam dos atos (como mostrou uma pesquisa realizada pela USP com os manifestantes no dia 2), a maior liderança operária e popular do País: o ex-presidente Lula. No último dia 13, novas declarações canalhas de Ciro Gomes contra Lula e Dilma acentuaram esses ataques.

Por outro, pretensos organizadores do movimento Fora Bolsonaro, sem convocar nenhuma reunião das organizações que constroem a mobilização e sem qualquer consulta às bases de suas próprias entidades, começam a repercutir a campanha da direita e do seu Partido da Imprensa Golpista (PIG) de que  “não haverá ato de rua no dia 15 de novembro” (Folha de S. Paulo, 14/10/2021).

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Para essa data, foi anunciado que os partidos defensores da “frente ampla”, da aliança com a direita tradicional contra o PT, gostariam de trazer para o palanque alguns dos chefes dos partidos da direita, governadores etc, para se apoderarem da mobilização construída pela esquerda, em benefício de seus planos políticos e eleitorais, totalmente contrários aos interesses dos explorados.

Como sempre acontece, setores da esquerda pequeno-burguesa e outros que seguem a orientação emanada pela direita, começaram contrastar com as enorme tendências a uma ampla mobilização que se expressa na situação política, com a retomada das mobilizações de rua, greves do movimento operário, na evolução política, expressa nesses movimentos e na rejeição à presença da direita nas mobilizações, organizadas e impulsionadas pela esquerda. De certa forma, repetem a fracassada política de paralisia, do “fique em casa” que, adotada no período mais grave da pandemia e ainda vigente em amplos setores. Agora, em uma situação de maior polarização política, de maior sofrimento do povo, quando a mobilização popular se faz ainda mais necessária.

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Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP (Central de Movimentos Populares), teria afirmado à Folha de S.Paulo, “que não há condições políticas para novos projetos da campanha pelo ‘Fora Bolsonaro'”.  Isso porque, “segundo ele, o principal objetivo agora é expandir a adesão aos atos para além da esquerda”.

Isso mesmo, Bonfim está reconhecendo que “a ampliação [com a direita] não resultou em maior participação nos atos, tampouco acrescentou adesões de novos segmentos em prol do impeachment”.

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Essa “ampliação” foi na realidade uma redução e a tentativa de um bloqueio do caráter combativos dos atos, diante de uma situação em que os “aliados” da direita trazidos para as manifestações são os mesmo que estão sendo enfrentados nas ruas pelos trabalhadores e suas organizações, como no caso das greves dos servidores de São Paulo, contra os governos do PSDB e MDB. São também os que apoiaram o golpe em suas diversas etapas, que agora tentam acusar Lula de golpista e, como Bolsonaro e toda a direita, atacam covardemente a ex-presidenta Dilma.

Contra essa política capituladora, é preciso defender a reorganização democrática do movimento “Fora Bolsonaro”, com plenárias de base, reuniões presenciais e democráticas de seus fóruns, para debater publicamente os rumos do movimento.

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Neste mesmo sentido, nós do PCO – junto com outros setores do Bloco Vermelho, estamos realizando um chamado à realização da Plenária Nacional Fora Bolsonaro e por Lula presidente, para agrupar os setores classistas e combativos do movimento, em torno de uma perspectiva de luta, de ampliação real do movimento, junto aos trabalhadores, à juventude, a todos os setores explorados e suas organizações de luta.

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