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Renato Farac

Engenheiro Florestal formado pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP). Membro do Comitê Central Nacional do Partido da Causa Operária (PCO)

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"Despejo Zero" só vai ocorrer se houver mobilização para impedir

Em meio ao aumento dos despejos é preciso organizar a população para impedir os despejos nas ruas

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Diário Causa Operária - Movimentos sociais de esquerda, de luta por moradia e terra, lançaram uma campanha chamada “’Campanha Despejo Zero – Pela Vida no Campo e na Cidade’”. A iniciativa se dá diante de uma enorme ofensiva da direita contra os trabalhadores da luta por moradia e terra, quando são realizados despejos no meio da pandemia. A ação se concentra na aprovação de um projeto de lei que impeça os despejos na cidade e no campo durante a pandemia.

Os governos estaduais e municipais estão realizando ações de despejos contra a orientação dos próprios órgãos do Estado, como Conselho de Direitos Humanos e Ministério Público. A direita se aproveita da desorganização dos trabalhadores através do recuo das entidades que representam esses trabalhadores como sindicatos e movimentos sociais.

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De acordo com o Observatório de Remoções, projeto pela USP e da Universidade Federal do ABC, apenas no estado de São Paulo, o caso do estado de São Paulo chama a atenção e mais de 1.900 famílias foram atingidas por despejos durante a pandemia. E essa situação se multiplica por todo o país.

Na semana anterior, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) tentou fazer uma marcha que iria culminar em uma manifestação no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, contra os despejos na pandemia e foi duramente reprimido pela Tropa de Choque da Polícia Militar antes de chegar ao local. Fato que demonstra como a direita vai tratar a população que reivindica seus direitos.

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A situação é tão grave que o número de despejos é muito grande e está sendo realizado de maneira totalmente arbitrária e preocupando até mesmo setores da burguesia que também se colocam contra os despejos com medo de que essa política possa ser um estopim de uma grande mobilização.

A iniciativa da campanha é importante, mas os métodos deveriam ser discutidos e avaliados. A burguesia mostrou que não deu um golpe e colocou um fascista na presidência para “debater”, “dialogar” ou sequer ouvir classe trabalhadora. A direita no Congresso Nacional, chamada de centrão, está ao lado de todos os ataques realizados pelo governo Bolsonaro e já demonstrou que não quer nenhuma lei que impeça despejos durante a pandemia, evitando de aprovar os que já estão apresentados. E tentar qualquer tipo de manobra dentro do Congresso Nacional, STF, Ministério Público ou outra medida institucional resolva a questão dos despejos é, no mínimo, uma ingenuidade.

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Essa campanha com mais de 40 organizações contra os despejos deveria discutir de impedir os despejos da maneira que for necessária. Grandes campanhas denunciando, deslocando grande quantidade de militantes para locais que estão marcados os despejos, lutar para impedir os despejos na prática e realizar grandes manifestações.

A direita está tomando essas medidas porque sabe que não está tendo resistência contra os despejos. É preciso mostrar que os despejos não vão ocorrer da maneira que a burguesia quer, e sim que vai ter luta e enfrentamento com disposição de impedir que a PM e a justiça realizem essas ações. As medidas que estão sendo propostas, como lives e debates, não vão resolver minimamente a situação dos trabalhadores que estão em ocupações na cidade e no campo.

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