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Tereza Cruvinel

Colunista/comentarista do Brasil247, fundadora e ex-presidente da EBC/TV Brasil, ex-colunista de O Globo, JB, Correio Braziliense, RedeTV e outros veículos.

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Destituição de Aécio do comando não redime PSDB

"Ninguém bateu panelas mas o desgaste do PSDB com a salvação do mandato de Aécio Neves bateu fundo no partido, que saudou o retornante com a defesa de sua renúncia definitiva à presidência da sigla", diz a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247 sobre a repercussão da decisão do Senado que devolveu o mandato a principal articular do golpe; "Com uma taxa zero de coerência, os tucanos não convencerão seus eleitores ou simpatizantes de que falam sério quando, depois votarem unidos contra a punição imposta a Aécio, pedem que ele deixe a presidência do partido. Como pode Tasso dizer que ele "não tem condições" de presidir a sigla se toda a bancada achou que ele tinha condições para continuar exercendo o mandato, livre das imposições do STF?", questiona

"Ninguém bateu panelas mas o desgaste do PSDB com a salvação do mandato de Aécio Neves bateu fundo no partido, que saudou o retornante com a defesa de sua renúncia definitiva à presidência da sigla", diz a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247 sobre a repercussão da decisão do Senado que devolveu o mandato a principal articular do golpe; "Com uma taxa zero de coerência, os tucanos não convencerão seus eleitores ou simpatizantes de que falam sério quando, depois votarem unidos contra a punição imposta a Aécio, pedem que ele deixe a presidência do partido. Como pode Tasso dizer que ele "não tem condições" de presidir a sigla se toda a bancada achou que ele tinha condições para continuar exercendo o mandato, livre das imposições do STF?", questiona (Foto: Tereza Cruvinel)
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Ninguém bateu panelas mas o desgaste do PSDB com a salvação do mandato de Aécio Neves bateu fundo no partido,  que saudou o retornante com a defesa de sua renúncia definitiva à presidência da sigla. Tasso Jereissati, interino desde maio, não falou sozinho. Foi porta-voz de uma confabulação interna entre os tucanos, no sentido de que teriam fazer alguma coisa para mitigar o estrago e afastar a idéia de que o partido juntou-se com Temer numa operação casada para salvar Aécio e depois ajudar a enterrar a segunda denúncia na Câmara.   Tasso defendeu também a abertura de processo contra o colega no Conselho de Ética, onde ele disporia das “melhores condições para apresentar sua defesa”.  Medidas incoerentes e inúteis, pois mesmo que Aécio venha a renunciar à presidência nas próximas horas, após ser pressionada na reunião convocada por Tasso,   a corrosão da imagem do partido parece irreversível.  Já era grande, por conta do papel dos tucanos no golpe, e só fez ampliar-se com a rejeição das medidas cautelares impostas a Aécio pela segunda turma do STF.

Segundo pesquisa Datafolha, em setembro o PSDB tinha a preferência de apenas 4% dos entrevistados, contra 19%  que preferem o PT, por exemplo. Ou seja, o partido consegue ter uma aprovação ainda menor que a de Temer, o presidente 5%,  que ajudou a colocar na presidência da República com o golpe contra Dilma.

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Com uma taxa zero de coerência, os tucanos não convencerão seus eleitores ou simpatizantes de que falam sério quando, depois votarem unidos contra a punição imposta a Aécio, pedem que ele deixe a presidência do partido. Como pode Tasso dizer que ele “não tem condições”  de presidir a sigla se toda a bancada achou que ele tinha condições para continuar exercendo o mandato, livre das imposições do STF? O único que não votou foi Ricardo Ferraço, que está em viagem ao exterior, e reagiu declarando-se envergonhado.  “Vou me licenciar do mandato. Estou com vergonha de ser político”.

Bobagem também, pois Ferraço participou de todas as outras votações que ajudaram a minar a base eleitoral do PSDB: impeachment, reforma trabalhista, PEC 95 e outros desatinos cometidos pelo governo Temer. O que os tucanos estão experimentando no lombo é a volta do cipó de aroeira que usaram contra o PT.

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