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Antônio Carlos Silva

Coordenador da Corrente Sindical Nacional Causa Operária – Educadores em Luta e membro da direção nacional do PCO. Professor da rede pública do Estado de São Paulo.

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Dia 18, nas ruas contra a PEC 32 e por Fora Bolsonaro

Reunião das Frentes aprova novos atos e rejeitam política de contenção, que só favorece a direita

Manifestação contra Bolsonaro em Brasília (24J) (Foto: Ricardo Stuckert)
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Realizou-se nesta sexta (30), a reunião dos partidos de esquerda e principais entidades das frentes que convocaram as mobilizações pelo Fora Bolsonaro, nas últimas semanas, levando centenas de milhares de pessoas às ruas, em quatro dias de centenas de atos, em todas as regiões do País.

Antes mesmos da reunião a imprensa golpista, realizou campanha contra a continuidade dos protestos, dando destaque em suas páginas aos posicionamentos de alguns setores que queriam propor um maior intervalos entre os mesmos, como forma de propor sua liquidação, com novos atos somente em 7/9.

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A tucana Folha de S. Paulo, por exemplo, destacou, dois dias depois de que mais de 600 mil pessoas foram às ruas em todo o País (em pleno período de férias e pandemia) em mais de 500 cidades que “com cansaço do público, organização de atos contra Bolsonaro admite repensar datas e estratégias” (26/7/21).

O jornal golpista ouviu supostos “líderes” de entidades que apoiam a política da direita golpista, ansiosa por verem as mobilizações se acabar. Como os “aliados” do “bloco democrático”, o bloco amarelo, integrado pelo PSDB e outros partidos de direita (PSL, Cidadania, Solidariedade etc.) que foram infiltrados nos últimos atos, justamente, para apoiarem o recuo e o adiamento das mobilizações, pois para eles, quanto menos gente nas ruas, lutando contra os governos golpistas melhor.

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Essa direita golpista, disfarçada de “centro”, comandada pelo reacionário governador paulista João Dória (PSDB), está justamente empenhada neste momento, em reabrir tudo, em colocar milhões de estudantes de volta às escolas e garantir o lucro dos bancos e outros monopólios capitalistas, mesmo que isso custe a vida de outras centenas de milhares de pessoas. Querem por fim às manifestações e dirigir a “luta” política para o terreno do Congresso, das articulações e manipulações eleitorais, para o circo da CPI da pandemia etc. dos quais os trabalhadores não podem esperar nada, a não ser novos golpes, mais ataques e retrocessos e nenhuma possibilidade de saída democrática para a crise atual.

Setores da frente ampla – à serviço de Doria –  e a Folha, falaram de “sinais de cansaço dos manifestantes”, para ocultar que os a frente ampla dominada por Doria e seus defensores no interior da esquerda (notadamente o PCdoB) querem conter as manifestações porque elas apontam no sentido oposto da conciliação por eles pretendida. Indicam no sentido da mobilização popular, do enfrentamento nas ruas com a direita, única força realmente capaz de derrubar Bolsonaro e todos os golpistas.

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Se vitoriosa, essa política de recuo serviria apenas aos propósitos políticos reacionários de Dória, Bolsonaro e todos os golpistas que querem “sossego” para aprovar e impor as privatizações, a reforma administrativa, a volta às aulas e continuidade da distribuição de cargos com o centrão, as articulações golpistas para derrotar a candidatura de Lula e a luta dos trabalhadores, agora, e em 2022.

Como ficou evidente, na própria reunião, e nas declarações na imprensa golpista, querem, novamente, colocar o movimento a reboque das iniciativas da burguesia. Como afirma a Folha, apresentando suas posições como se fossem as do movimento, um problema seria que “a pressão pelo impeachment de Bolsonaro estagnou em Brasília com a declarada oposição do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ao andamento de algum dos mais de cem pedidos de destituição do mandatário que foram protocolados na Casa“. 

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Após debates na reunião foi decidido, acertadamente, que os próximos atos serão realizados no dia 18 de junho, se somando ao dia de luta dos milhões de servidores públicos de todo o País, contra a PEC 32, de destruição dos serviços públicos e intensos ataques ao funcionalismo. 

Contra a política de recuo e derrota da mobilização, é preciso ampliá-la, trazendo para as ruas os que estão cansados, acima de tudo, de sofrer por conta da política de Bolsonaro e de toda a direita golpista: os trabalhadores e a juventude alvos de seus ataques.

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É preciso trazer para as ruas os servidores e todo o pelotão mais combativo da classe trabalhadora brasileira, da classe operária que deve ser convocada, pela CUT, sindicatos e pela esquerda classista, a comparecer aos atos com colunas de trabalhadores dos correios, metalúrgicos, petroleiros, professores e outros setores que podem efetivamente decidir o jogo em favor do povo trabalhador.

Para superar as direções “cansadas”, fortalecer ainda mais o bloco vermelho e construir milhares de comitês de luta, com novas camadas de ativistas, que realizem atos em todo o país, reunindo milhões de pessoas,  em uma mobilização combativa para derrubar Bolsonaro e conquistar as demais reivindicações dos trabalhadores.

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De imediato, realizar reuniões dos comitês, plenárias do Bloco Vermelho, assembleias dos Sindicatos etc. para aprovar a mobilização e convocar nos locais de trabalho, de moradia, ocupações, escolas e universidades.

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