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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Dilma cada vez mais forte, Cunha cada vez mais fraco

(Foto: Alex Solnik)
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A estratégia do Planalto de apoiar Cunha no Conselho de Ética está sendo descrita como "ceder a chantagem" ou "tentar salvar Cunha", mas ela é mais inteligente do que isso.

Dilma e seus principais colaboradores perceberam que, à medida em que o tempo passa, Dilma fica mais forte e Cunha fica mais fraco. Isso porque, à medida em que vêm à tona novas informações da Lava Jato, o nome de Cunha aparece cada vez mais, em situações sempre incômodas, suspeitas, sujeitas a investigações e o nome de Dilma não aparece nunca.

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Esta é a explicação para o aumento da sua popularidade, ainda que tímido, registrado na última pesquisa. Os brasileiros estão se dando conta de que ela é uma pessoa honesta, os outros é que não são. Os que estão próximos a ela é que não são, mas ela não se contaminou.

A conclusão óbvia é que apoiar Cunha agora não significa ceder a chantagem nem fazer acordo com o diabo, significa ter na presidência da Câmara dos Deputados em 2016 não aquele Cunha serelepe de 2015, cheio de gás, mas um Cunha raquítico, franzino, humilde, acuado pela Lava Jato, precisando de ajuda, mas cada vez mais atolado na areia movediça da qual não consegue sair.

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Para que empurrar um bêbado ladeira abaixo? Basta esperar que ele dê o primeiro passo e caia sozinho. Falando mais claramente: Cunha é um "cabra marcado para morrer", com ou sem ajuda do governo.

É melhor para o Planalto ter um presidente da Câmara fraco e negociar com ele por cima do que correr o risco de derrubar Cunha e no lugar dele entrar um presidente forte e disposto a encurralar o governo.

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Embora esse cenário pareça claro, o presidente do PT insiste em meter o nariz onde não é chamado e escreve notas mandando os deputados votarem contra Cunha no Conselho de Ética. Não é a primeira vez que ele atropela o governo. Não é a primeira vez que em vez de mostrar unidade com o Planalto, que é tudo de que o Planalto precisa, ele opta pela cizânia.

O Planalto queria o ajuste fiscal, queria Joaquim Levy no comando da economia, mas Rui Falcão fez barulho contra, como se não bastassem os partidos da oposição para alvejar Dilma.

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Agora que o governo viu uma luz no fim do túnel, que é um Cunha inofensivo para o ano que vem ele de novo sai na contramão. Somente ele não percebe que, felizmente, ninguém do PT lhe dá ouvidos.

Menos mal para o PT e para Dilma, é claro, que o conhece desde os tempos heroicos da VPR em que ele já dava mostras de que estratégia não era o seu forte.

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