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Leopoldo Vieira

Marketeiro em ano eleitoral e técnico de futebol em ano de Copa do Mundo

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Dilma, nada nos segura pra seguir em frente

Irene democrática, seja bem-vinda. Chegou a hora de todas e todos ouvirmos a sua risada

Brasília - DF, 08/10/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante reunião ministerial. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Leopoldo Vieira)
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"Por isso, eu te quero outra vez
Por isso, eu te quero de novo
(...)
Por isso eu tô juntinho, do seu lado
Com você e Lula pra seguir em frente"

A oposição conseguiu impor o terceiro turno ao País quando colocou hordas de fascistas nas ruas, às centenas de milhares, no bojo do "showrnalismo" e parcialidade da Operação Lava-Jato e dos ensaios sobre as ditas "pedaladas fiscais". Esta semana será o "dia de votação". É a peleja entre a vontade de entregar o País e a resistência em fazê-lo.

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O Tribunal de Contas de União aprovou um parecer politiqueiro, onde, além de recomendar a rejeição das contas do governo ao Congresso Nacional, escreveu ilações sobre as supostas maquiagens na contabilidade pública terem contribuído para o agravamento da crise econômica, devido à "gastança"; e que teriam acontecido também em 2015, para enquadrar um almejado "crime de responsabilidade" da presidenta Dilma ao exercício do atual mandato, permitindo seu julgamento com vistas ao Impeachment.

Não se pode dizer que a decisão do TCU foi um ponto fora da curva. Ali nunca houve decisão técnica, inclusive seus ministros são todos indicações políticas de políticos. Há muito que o TCU faz política aberta e escancaradamente de oposição. Quem não lembra dos múltiplos "embargos" às obras do PAC, sem mesmo o parlamento avaliar tais pareceres?

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Nestes tempos de crise fiscal, seria muito eficiente e faria um grande serviço ao esforço conjunto da nação e dos poderes republicanos cortar carros de luxo, auxílios-isso-e-aquilo, gabinete, custeio da faraônica sede e deixar que a avaliação das contas públicas se desse no âmbito da Comissão Mista de Orçamento da Câmara e Senado, da de Fiscalização, da de Finanças, que dispõem de quadros de carreira capacitados e conhecedores de fato do dia-a-dia da política e estão à serviço dos que receberam milhões de votos da cidadania, mas isso é outra história.

A verdade é que a presidente Dilma está com o mandato em xeque porque fez o esforço fiscal e orçamentário necessário para preservar empregos, salários, proteção social, margem de crescimento econômico e, dentre várias medidas, uma delas foi a antecipação do pagamento das políticas sociais pelos bancos públicos, a serem ressarcidos em seguida pelo Tesouro. Há os que queriam que o País fosse entregue ao rentismo naquele instante, assim como resistiram bravamente a fazer investimentos que talvez prevenissem a crise antes e agora, quando o governo reduziu a SELIC, ampliou o crédito subsidiado e concedeu desonerações para indústria, num ambiente de pleno emprego e mercado de consumo de massas.

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A este esforço fiscal e orçamentário, o TCU e a oposição chama de "pedaladas fiscais". Eles têm razão quando dizem que a reeleição da presidenta Dilma se deveu em parte a elas, porém com os sinais trocados: não por nenhuma mentira "marketeira", mas porque, exatamente, preservou-se os empregos, os salários, os benefícios sociais e as margens de crescimento, estas ainda que menores.

E o ódio aumentou nesta momento de travessia e ajuste fiscal quando a presidenta Dilma se recusou a permitir cortes nos programas sociais após a meta fiscal ter sido reduzida, a Lei Orçamentária Anual chegar ao Congresso prevendo déficit e a agência de especulação financeira S&P rebaixar a nota do grau de investimento do Brasil.

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Ao contrário do que disse um grande economista do PT, há muitos e fortes motivos para se defender este governo, tais como a manutenção do Minha Casa Minha Vida, do Bolsa-Família, do ProUni, do Fies, do Reuni, da Política de Valorização do Salário Mínimo, a continuidade da integração regional e do grosso dos empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que estão mantidos, apesar da crise fiscal, da crise econômica mundial e das pressões do grande empresariado e da oposição para que a chefa de Estado corte nas políticas sociais.

Aguardemos! Pois como dizia um ex-ministro de Salvador Allende, política é para políticos, que entendem de povo.

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Ricardo Berzoini tomou posse na recém-criada Secretaria de Governo para comandar as tarefas de articulação parlamentar, federativa e social, que devem mesmo andar juntas. Jaques Wagner, após também tomar posse, afirmou à imprensa que "milagres não acontecem e só muita conversa é capaz de resolver a instabilidade política". Estas são as mexidas mais importantes para sinalizar não apenas para o Congresso Nacional, mas, sobretudo, recompor a base social do governo e da presidenta Dilma.

Neste instante não há meio termo e nem brecha para conselhos e reflexões críticas.

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De um lado temos contas na Suíça, uma agenda ultra-conservadora anti-laica, machista, homofóbica, racista, anti-Estatuto da Criança e do Adolescente, pró-mercado de mandatos, pró-flexibilização dos direitos trabalhistas e a verdadeira e completa plataforma neoliberal de pilhagem, fome e miséria.

De outro, como cantava a música, a coração valente, força brasileira, a garra desta gente, a que nunca desviou o olhar do sofrimento do povo, nunca vacilou em lutar, mulher de mãos limpas, livres e firmes.

É isso que definirá que o que "tá bom, vai continuar" e "o que não tá, a gente vai melhorar".

Saibam disso pretas e pretos pobres e de periferia a invadir aeroportos e universidades. Vocês todas e todos das feiras e pontos de ônibus. Aquelas e aqueles que, em 2002, descobriram que no fundo eram um pouco PT e que, por serem autenticamente brasileiras e brasileiros, não desistem nunca.

Irene democrática, seja bem-vinda. Chegou a hora de todas e todos ouvirmos a sua risada.

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