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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Doria racha PSDB trocando tucano por vassoura

O colunista Alex Solnik destaca "a ausência coletiva de todos os tucanos de alta plumagem na cerimônia do Teatro Municipal", que empossou o novo prefeito de São Paulo, João Doria, "a começar do presidente nacional do partido, Aécio Neves, e a continuar com as principais lideranças históricas de São Paulo, como Serra, Aníbal e FHC"; "O recado dos tucanos históricos ao se ausentar da 'varredura' do novo prefeito de São Paulo foi claro: isolar Alckmin e Doria e pressioná-los a deixar a legenda ou, no pior dos casos, o grupo todo sair do PSDB, tal como aconteceu no racha de 1988, em busca de outro partido, o que é mais improvável porque são mais fortes que o atual governador", afirma

O colunista Alex Solnik destaca "a ausência coletiva de todos os tucanos de alta plumagem na cerimônia do Teatro Municipal", que empossou o novo prefeito de São Paulo, João Doria, "a começar do presidente nacional do partido, Aécio Neves, e a continuar com as principais lideranças históricas de São Paulo, como Serra, Aníbal e FHC"; "O recado dos tucanos históricos ao se ausentar da 'varredura' do novo prefeito de São Paulo foi claro: isolar Alckmin e Doria e pressioná-los a deixar a legenda ou, no pior dos casos, o grupo todo sair do PSDB, tal como aconteceu no racha de 1988, em busca de outro partido, o que é mais improvável porque são mais fortes que o atual governador", afirma (Foto: Alex Solnik)
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Era de se esperar que a posse de João Dória como novo prefeito de São Paulo fosse festejada com muita pompa e orgulho pelo partido que o elegeu, o PSDB.

Afinal, ele se elegeu no primeiro turno, impôs uma derrota acachapante ao PT, foi a vedete das eleições, e desponta como o novo craque do partido, capaz de atrair os votos dos eleitores que insistiam em prestigiar o PT vestindo o figurino do populista de direita mais bonzinho do país.

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No entanto, o que se verificou foi a ausência coletiva de todos os tucanos de alta plumagem na cerimônia do Teatro Municipal, a começar do presidente nacional do partido, Aécio Neves e a continuar com as principais lideranças históricas de São Paulo, como Serra, Aníbal e FHC.

O recado dos tucanos históricos foi claro: isolar Alckmin e Doria e pressioná-los a deixar a legenda ou, no pior dos casos, o grupo todo sair do PSDB, tal como aconteceu no racha de 1988, em busca de outro partido, o que é mais improvável porque são mais fortes que o atual governador de São Paulo.

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Alckmin sempre foi um tucano estranho no ninho, no qual entrou por imposição de seu padrinho político Mario Covas, engolido pelas demais lideranças como sapo enquanto Covas viveu.

E cuja estrela começou a brilhar no momento em que a de Covas se apagou.

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Ao se aproximar de Doria, formando com ele uma dupla improvável, a rejeição a ele dentro do partido se ampliou e não arrefeceu com sua grandiloquente vitória na capital.

Há uma percepção de que Doria e Alckmin ganharam, mas não o partido.

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O próprio Doria tem trabalhado explicitamente de forma a enfraquecer o PSDB.

A prova mais cabal foi a sua imposição de que o novo presidente da Câmara Municipal fosse um vereador do DEM de comportamento ético duvidoso, quando a cadeira deveria caber ao PSDB, que elegeu a maior bancada e tinha um candidato, Mário Covas Neto, o Zuzinha.

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Estranhamente, até mesmo vereadores tucanos votaram em Milton Leite, instruídos por Doria, abrindo mão da vantagem colhida nas urnas, fato inédito na história da Câmara Municipal de São Paulo.

Zuzinha está até agora se perguntando o que fez para ser traído por Dória, já que foi ele, no cargo de presidente do diretório municipal quem garantiu a candidatura do agora desafeto em meio a uma prévia contestada na Justiça, na qual Doria foi acusado de abuso econômico.

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É bem possível que Doria se inspire na vida e obra de Jânio Quadros, o primeiro a se eleger presidente da República acima dos partidos, mas também o primeiro a cair. Fernando Collor foi o segundo.

Outra prova de que Doria pretende implodir o PSDB é que, logo no primeiro dia de mandato ele trocou a marca do partido – o tucano – pela marca de Jânio – a vassoura.

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