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Rodrigo Marzano

Graduado em Filosofia pela PUC Minas, especialista em Formação Política (lato sensu) PUC-RJ (2007) e mestrando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais

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Durval Ângelo Andrade: uma história de luta, coragem, competência e presença pelas cidades de Minas

Na última quarta-feira (01/08), o Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) ganhou um novo conselheiro – o agora ex-deputado estadual Durval Ângelo

Durval Ângelo Andrade: uma história de luta, coragem, competência e presença pelas cidades de Minas (Foto: Willian Dias)
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Na última quarta-feira (01/08), o Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) ganhou um novo conselheiro – o agora ex-deputado estadual Durval Ângelo.

Com uma trajetória de mais de 30 anos na vida pública, sendo seis anos como vereador do município de Contagem e quase 24 anos nos legislativo estadual, Durval construiu uma bela história na luta pelos direitos humanos, de presença junto à população e de diálogo respeitoso com os diversos setores da sociedade.

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Prova disso é que a cerimônia de sua posse foi prestigiada por representantes dos três poderes do Estado, lideranças dos quatro cantos de Minas, além de integrantes de movimentos sociais e de muitos daqueles que ele defendeu enquanto deputado, tal como os moradores das colônias de hanseníases.

Ex-seminarista, formado em filosofia e teologia, Durval Ângelo carrega dessa formação o que sempre foi a sua motivação: a indignação frente às injustiças. Foi esse desejo de lutar por uma vida mais justa que o levou a atuar nos movimentos de base da Igreja Católica. Desta experiência, ganhou a riqueza do contato direto com o povo e pôde constatar a necessidade de maior organização popular, especialmente dos trabalhadores. Levou sua "indignação" para a militância sindical e partidária.

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Iniciou sua militância sindical ainda nos anos 70, no nascente movimento dos professores da rede estadual. Ajudou a criar a União dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (UTE-MG), depois Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), e participou da primeira greve geral da categoria no Estado. Também foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, em 1980.

Partido que permaneceu durante toda a sua vida política e teve que se desfiliar no dia 31 de julho para assumir o novo cargo. O PT perde um dos seus melhores quadros, já o Estado de Minas Gerais ganha um militante apaixonado pela Constituição e pela defesa dos direitos fundamentais no exercício do Estado Democrático de Direito.

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Como seu ex-aluno do curso de filosofia, no Instituto Santo Tomás de Aquino (ISTA), sempre nutri admiração por Durval. Por isso, quero lembrar a história de Nasruddin e a Verdade", que ouvi desse grande homem e que sempre me norteou:

"Certa vez,o Mullah Nasruddin se tornou conselheiro de um rei,que vivia se queixando do mau hábito de seus súditos,de contar mentiras.
Ele pediu a Nasruddin que o ajudasse a pensar numa maneira de corrigir os seus súditos,mas o mullah disse: "_Majestade,existem dois tipos de verdade,a Verdade(Deus)e a verdade do nosso cotidiano.Os seres humanos deveriam começar buscando a primeira,para só então falar a segunda.Mas como invertem o processo,acabam adquirindo o hábito de moldar a verdade de acordo com a sua conveniência,pois sabem,por instinto,que é uma verdade relativa."
O rei não gostou muito dessa explicação,muito filosófica,e disse:"_Ou uma afirmação é verdadeira, ou é falsa! Amanhã mesmo vou começar a fazer o meu povo dizer a verdade!"
No dia seguinte,o capitão da guarda mandou plantar na porta da cidade um poste,com uma forca,dizendo ao povo:"_De hoje em diante,quem quiser entrar ou sair da cidade,deve me responder uma pergunta,e se eu sentir que esse alguém está mentindo,será enforcado!"
O Mullah Nasruddin deu um passo à frente.
"_Onde você vai?",perguntou o capitão da guarda.
"_Vou ser enforcado!",respondeu o Mullah.
"_Não acredito em você!"
"_Ora,se você não acredita em mim,por que não me enforca?"
O capitão da guarda ficou sem saber o que fazer.Se ele enforcasse Nasruddin,sua afirmação seria verdadeira,e ele teria morrido inocente.Se não enforcasse,a afirmação seria falsa,e ele deveria morrer. (De autor desconhecido)".

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Com a mesma dignidade e o mesmo comprometimento com os mais desfavorecidos, Durval agora em mais um posto de reconhecimento por suas competências particulares, continuará sua trajetória de lutas se perguntando sempre pela verdade.

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