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Heraldo Campos

Graduado em geologia (1976) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas (UNESP), mestre em Geologia Geral e de Aplicação (1987) e doutor em Ciências (1993) pela USP. Pós-doutor (2000) pela Universidad Politécnica de Cataluña - UPC e pós-doutorado (2010) pela Escola de Engenharia de São Carlos (USP)

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É de chorar

É de chorar ver esse governo desagregador completar seus dois anos de vida no poder

(Foto: STREUTERS/Diego Nigro)
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É de chorar ver esse governo desagregador completar seus dois anos de vida no poder.

Mesmo que o resultado das últimas eleições para prefeitos e vereadores tenha dado uma nítida adernada para a direita no campo político, que pode continuar dando certa sustentação no que os 57 milhões de eleitores escolheram para nos governar a partir do início de 2019, será que vamos sobreviver mais dois anos sob o rebenque dessa administração militar?

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O poder de destruição dessa gente comandada pelo ex-capitão do exército, hoje presidente da república, é de chorar. Foi de chorar ver o descaso com que trataram o suspeito derramamento de óleo no mar que detonou as praias do nordeste brasileiro, há mais de um ano atrás. Ninguém mais falou nisso. Culpa de quem? Da Venezuela, como sempre? A hipótese de uma sabotagem bem planejada não pode ser descartada.

Quase logo em seguida veio a pandemia do coronavírus. A mensagem negacionista passada para a população brasileira é de chorar. “Gripezinha” e outras barbaridades proferidas para os cidadãos dão as pistas de que o terceiro anticristo chegou e vem dando suas tintas na sua desumana missão. Hoje são mais de 170 mil mortes e, sem pestanejar, poderia ser bem menor o número de vítimas fatais se o governo federal não jogasse contra o que diz a ciência e atuasse em parceria com os estados e os municípios. Aonde vamos parar com esse genocídio?

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Gente sem máscara, aglomerações em praias, aglomerações em festas, filas de bancos, só para citar alguns exemplos, não acontecem por acaso. Essas atitudes são fortemente estimuladas pelas palavras de ordem emitidas, principalmente, pelo atual presidente. Com esse tipo de ajuntamento das pessoas os hospitais voltaram a se entupir de doentes, no que pode ser uma segunda onda da pandemia do coronavírus, como podemos ver o que já está ocorrendo na maioria dos estados brasileiros.

E com relação as queimadas na Amazônia e no Pantanal? É de chorar. O desmantelamento do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) é a “política ambiental” desse governo predador por formação e não adianta somente destituir o ministro do Meio Ambiente, quem abriu a porteira para deixar “passar a boiada”. Ele cumpre ordens e para vislumbrarmos alguma coisa pela frente na área ambiental, e para o bem desse nosso sofrido planeta, a destituição tem que ser mais ampla, ou seja, a destituição tem que ser do governo como um todo começando, por exemplo, com um processo de impeachment ou com o processo de cassação da chapa presidencial porque, convenhamos, motivos existem de sobra para que isso aconteça de fato.

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Além disso, é de meter medo, é de chorar, assistir, acuado, o aumento da violência urbana e da violência familiar, fermentada pelos sinais de arminhas que o presidente nunca hesitou em fazer com as mãos, diante das câmeras de TVs. O resultado está aí e seus fanáticos seguidores, na maioria das vezes, pouco são incomodados pela justiça. Ao contrário, continuam provocando, leves e soltos. Será que isso tem alguma relação com as cidades sitiadas para os assaltos aos bancos, como ocorreram recentemente em Criciúma (SC) e em Cametá (PA), ou não tem absolutamente nada a ver? 

“Choro em filmes, em livros e até em alguns comerciais. Choro ao ver a pobreza brasileira, chorei no diretas-já, choro com as crianças da rua, com os sem-terra, com as injustiças sociais, choro com a distribuição de renda dos brasileiros. Mas não choro eu. Não tenho lágrimas que me rolem na face para desabafar.” (trecho da crônica “Minhas choro” do livro “Minhas tudo” de Mário Prata, publicado no ano de 2001). 

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