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Guilherme Coutinho

Jornalista, publicitário e especialista em Direito Público. Autor do blog Nitroglicerina Política

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Eleitor, não se torne um monstro

Não existe inocente: a culpa por um regime autoritário e sanguinolento que eventualmente possa se suceder em breve, com a eleição de Jair Bolsonaro, pertence, solidariamente, a candidato e eleitores. Sem votos, Bosonaro não se elege e essa é uma matemática simples

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Não existe inocente: a culpa por um regime autoritário e sanguinolento que eventualmente possa se suceder em breve, com a eleição de Jair Bolsonaro, pertence, solidariamente, a candidato e eleitores. Sem votos, Bosonaro não se elege e essa é uma matemática simples. A crueza com que seus aliados vêm anunciando as intenções do presidenciável, através de ameaças a instituições e agressões verbais e físicas, algumas vezes mortais, não permite a ninguém se isentar de sua participação no mandato-tragédia que se anuncia. A eventual alegação de voto baseado exclusivamente em antipetismo não serviria como excludente ou atenuante na culpa de tragédias anunciadas, a nenhum eleitor convicto do Capitão. Votando em Jair Bolsonaro, o cidadão chancelará, com todas as responsabilidades, o ódio de seu discurso e todas as consequências decorrentes dele.

Durante o holocausto, cidadãos alemães comuns, como professores, médicos e engenheiros, pais ou não de família, eram responsáveis diretos pela morte de milhões de judeus em território alemão, sem que se sentissem violadores de qualquer regra moral. É assustador como regimes fascistas conseguem, ao longo da história, galgar um apoio incondicional, de parcelas majoritárias de nações tão relevantes. No Brasil, está acontecendo fenômeno muito similar. Jair Bolsonaro, que faz campanha fortemente baseada em discursos de ódio, vem conseguindo apoio de cidadãos que, devido ao momento político, não enxergam que estão ajudando a consumar atos moralmente criticáveis sob todos os aspectos. É o contraste moral desapercebido de uma comunidade cristã, que devendo promover o amor ao próximo, exalta torturadores e faz sinal de arma com a mão, enquanto repete o lema "bandido bom é bandido morto". Mas ainda estamos na campanha. Isso, infelizmente pode (e deve) piorar.

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Bolsonaro faz campanha prometendo metralhar petista e expulsar do país opositores. Busca voto prometendo fazer as minorias se curvarem diante das maiorias e dizendo com todas as letras que pode fechar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Já se posicionou diversas vezes de maneira sexista, racista, elitista e homofóbica. Já demostrou pouco apreço à democracia e se revelou um ditador em potencial. Adotar o discurso de que votará nele, apenas porque não gosta do outro partido, não vai redimir eleitor algum de culpa nenhuma. A única forma de não assinar junto com Bolsonaro seus atos e ideias é não votando nele. Ainda dá tempo. Não se torne um monstro.

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