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Mauro Passos

Engenheiro, ex-deputado federal pelo PT/SC, e presidente do Instituto Ideal

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Eles sabiam o que estavam fazendo (parte II)

"O vídeo divulgado pela Polícia Federal é de julho de 2022, bem antes das eleições. Eles já sabiam que iam perder e os conspiradores traçavam um plano B"

Jair Bolsonaro e Generais (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Diante da repercussão que teve o artigo anterior, "Eles sabiam o que estavam fazendo", volto ao tema. A motivação foi o vídeo de julho de 2022, onde os trapalhões de plantão entregam de bandeja suas inconfessáveis intenções. A foto acima, da Revista Fórum, ilustra com precisão o golpe fracassado. O ex-presidente e o seu núcleo militar mais duro, pretendiam fazer o que sempre sonharam: acabar com a democracia impondo, mais uma vez, uma ditadura. Uma maneira doentia de se chegar ao poder, que de tempos em tempos dá sinais de vida nas Forças Armadas da América Latina. O vídeo apreendido pela Polícia Federal é de julho de 2022, portanto bem antes das eleições. Já sabiam que iam perder e os conspiradores traçavam um plano B, para a evitar a realização das eleições.

Quem gravou o vídeo e guardou em casa, merece uma condecoração. Alguém que não aguentou a pressão e roeu a corda. Ainda bem, sua delação mudou a história do país. Quando na reunião dos trapalhões o chefe da AGU perguntou se a reunião estava sendo gravada, o "capitão sem noção" e o "general porrada", prontamente disseram que não. Pelo silêncio de todos, os acovardados presentes optaram por se calar. Patéticos, nesse episódio tragicômico o silêncio não foi o dos inocentes. Sem exceção, todos que estavam ali sabiam o que estavam fazendo, conspiravam dentro do Palácio contra a Democracia e os Poderes da República. Um "Gabinete do Ódio" ampliado, com as provas que faltavam.

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Como o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, é citado na ilustração acima, cabe um registro: o comportamento do ministro vem surpreendendo muita gente. Sem entrar em aspectos que possam levantar diferentes interpretações da Lei, que são legítimas, sua postura diante da gravidade do quadro é exemplar. Com determinação e sabedoria, na véspera do Carnaval, sem vacilar botou o bloco na rua. O "samba-enredo" tem todo na cabeça, sabe quem é quem nessa história sórdida e não atravessa o samba. Nove meses atrás, sem alarido, prendeu o coronel Cid por causa de um certificado de vacina falso. Era o começo de tudo. Agora está com o vídeo da reunião dos conspiradores na mão. E o capitão sem noção, ficou sem ação. Vai dançar.

Inconformado porque ninguém se lembrou dele no Carnaval, o capitão inventou de convocar um ato na Avenida Paulista. Sem grandes detalhes, imagina-se que deva ser contra a volta da democracia, da esperança e da normalidade. Logo ele, um sem noção que se auto condenou no vídeo apreendido onde reconhece seu total despreparo para o cargo de presidente. O mentor do golpe, que agora está comprovado, insiste em se apresentar como vítima. A mágoa que carrega por ser visto por seus pares como um deputado medíocre, é antiga. é antiga e está associada as suas limitações que ele mesmo reconhece. Um deputado federal medíocre, que tentou por várias vezes ser presidente da Câmara. Sua maior votação, 9 votos. Basta de aleivosias, a hora da verdade chegou!

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