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José Reinaldo Carvalho

Jornalista, editor internacional do Brasil 247 e da página Resistência: http://www.resistencia.cc

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Em vão, Bolsonaro declara guerra à Venezuela

Não há preparo político, psicossocial, nem mesmo militar para enfrentar uma guerra intervencionista num país que, malgrado a polarização, tem um governo decidido, uma base social disposta ao combate, uma unidade ideológica que inclui a união cívico-militar, uma invejável disposição de combate, forças terrestres, marítimas e aéreas em prontidão, uma milícia popular com cerca de dois milhões de homens e mulheres armados e alianças estratégicas, afirma o colunista José Reinaldo Carvalho, que acrescenta: "A Venezuela pode ser o Vietnã de quem se arriscar a invadi-la"

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Por José Reinaldo Carvalho, para Jornalistas pela Democracia - Não foi a primeira vez que o presidente do regime de extrema-direita vigente no Brasil declarou guerra à Venezuela. Com tal ímpeto e tanto destempero, que chegou a ser desautorizado pelo general Mourão, vice-presidente da República. Voltou a fazê-lo em Davos, com péssima dicção e nenhuma sintaxe. Caiu no vazio, no contexto em que os anfitriões pragmaticamente visavam a outros fins.

Os militares brasileiros sabem que combater na Venezuela como carne de canhão do imperialismo estadunidense poderia transformar o gigante do Cruzeiro do Sul num Iêmen de imensas dimensões geopolíticas.

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Não há preparo político, psicossocial, nem mesmo militar para enfrentar uma guerra intervencionista num país que, malgrado a polarização, tem um governo decidido, uma base social disposta ao combate, uma unidade ideológica que inclui a união cívico-militar, uma invejável disposição de combate, forças terrestres, marítimas e aéreas em prontidão, uma milícia popular com cerca de dois milhões de homens e mulheres armados e alianças estratégicas. A Venezuela pode ser o Vietnã de quem se arriscar a invadí-la. Os militares sabem disso. Na foto, o início da concentração que se iniciou na manhã desta quarta-feira (23) de respaldo ao governo de Nicolás Maduro.

Seria um erro crasso imaginar que o isolamento diplomático promovido pelo chamado Grupo de Lima - uma contrafação de órgão internacional - e pela OEA, historicamente conotada como ministério das colônias do imperialismo estadunidense, seria suficiente para respaldar a deriva de 180 graus para a direita na orientação do Itamaraty.

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Os estados Unidos e o Grupo de Lima, com seus governos satélites, entre eles o de Bolsonaro, trabalham também com a variável de proclamar a formação de um "governo no exterior", a partir do qual tentariam fomentar o isolamento venezuelano, esvaziando e sabotando suas instituições, para além do bloqueio econômico, comercial e financeiro.

O Brasil não tem nada a ganhar, nem sequer prestígio, nem sequer proveitos econômicos se seguir as sandices de Trump, Bolsonaro e seus exóticos chanceler e guru. Os ventos sopram noutra direção.

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Maduro defende a paz faz tempo, desde que assumiu, em circunstâncias trágicas e imprevistas, o comando da nação bolivariana, em 2013. No último dia 10 de janeiro, jurou a Constituição, tomou posse para o exercício de mais um mandato, ao qual foi eleito com toda a legitimidade, declarando que aquele era um ato de paz. Foi também em nome da paz que convocou as eleições à Assembleia Nacional Constituinte em 2017 e venceu a batalha. Igualmente em nome da paz, o líder histórico da Venezuela, prematuramente desaparecido, proclamou em seu último discurso: "Unidade, luta, batalha e vitória!"

Conheça o projeto Jornalistas pela Democracia - Por isso é no mínimo curioso que alguns "idiotas da objetividade", conselheiros de fancaria, mostrem estranheza e até oposição à postura de combate de Maduro, do Partdo Socialista Unido da Venezuela e seus aliados do Polo Patriótico. 

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Fazendo coro com a direita do país vizinho e o imperialismo estadunidense, criticam que o governo esteja em pé de luta. Por meio de lábios balbuciantes e vozes gaguejantes, dizem que Maduro e seus partidários lançam palavras de ordem de combate e não de paz. É o código da conciliação e da capitulação a que já estamos acostumados nos embates do ladp de cá.

A Venezuela dá mostras de que vai resistir. Bolsonaro será derrotado se persistir nas manobras que faz, sua diatribe contra a Venezuela em Davos caiu no vazio, ninguém notou, o evento se realizava em outro contexto. E, como referenciado acima, as forças armadas brasileiras percebem que intervir na Venezuela será uma desagradável aventura.

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Melhor deixar os agentes do império falando sozinhos. Isto vale também para os que, atirando farpas em Maduro e nos partidos de sua coalizão, confundem a frente ampla daqui com a de lá e pregam a conciliação com um inimigo que já jurou de morte os seus oponentes.

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