Entendendo o golpe
Os tucanos foram derrotados quatro vezes pelo imenso carisma de Lula e pelos avanços sociais sem precedentes na história do Brasil
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No Site Brasil 247: "Derrubar Dilma seria uma ruptura institucional clara, idêntica à de 1964. O fato de o instrumento do golpe, desta vez, não ser as Forças Armadas, não faz a menor diferença.
O que caracteriza um golpe não é o instrumento usado para concretizá-lo, mas a razão usada para justificá-lo".
O complexo midiático-tucano trabalha em cima de dois pretextos. A rejeição das contas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União, mais precisamente, as chamadas "pedaladas fiscais", ou a anulação da eleição presidencial pelo Tribunal Superior Eleitoral por doações indevidas de campanha.
No TSE, o mais tucano de todos os tucanos, ministro Gilmar Dantas, perdão, Gilmar Mendes, trabalha sofregamente para agilizar o julgamento. Nos bastidores, fala-se em empate de 3x3, com o ministro Fux desempatando. Pelo seu currículo durante julgamento do mensalão, é mais enxaqueca pra cabeça de Dilma.
Por outro lado, depois que o ministro Augusto Nardes antecipou seu voto favorável à rejeição (depois de Joaquim Barbosa, todo juiz quer virar heroi), há uma expectativa de que o TCU deva seguir nessa linha e recomendar ao Congresso a desaprovação.
As contas do último ano do governo FHC ainda não foram analisadas, mesmo assim, Eduardo Cunha, já expôs a ideia de colocar as contas da presidenta em votação após o recesso de julho.
Ocorre que as famosas 'pedaladas fiscais' foram inauguradas em 2001 durante o governo FHC e nunca, jamais, em momento algum, esse recurso foi questionado.
Nos governos petistas foram utilizadas para abastecer o bolsa-família e o programa Minha Casa Minha Vida, com repercussões incalculáveis na qualidade de vida da população mais carente.
Com relação às doações à campanha petista, Jânio de Freitas, o mais respeitado jornalista do país, mete o dedo na pereba dos tucanos: "A fonte e a espécie de dinheiro que favoreceram a campanha de Dilma foram as mesmas, que favoreceram as campanhas de Aécio Neves à Presidência e de Aloysio Nunes Ferreira ao Senado".
Dilma em entrevista na Folha segue na mesma linha: "No mesmo dia em que eu recebo doação, em quase igual valor, o candidato adversário recebe também. O meu é propina e o dele não?"
No próprio TSE os números cobrem de razão os argumentos da presidenta e do jornalista: as vinte empresas que tinham interesses na Petrobrás, doaram R$ 38.550.000,00 à campanha de Aécio Neves, contra R$ 29.990.852,00 que foram repassadas à campanha da petista.
Argumentos pra lá de consistentes, mas sem entrar na cabeça devidamente manipulada da maioria dos brasileiros que já deglutiram o golpe: 60% querem a queda da presidenta. Palmas para a imprensa brasileira!
Em caso de impedimento de Dilma Roussef, assume o presidente da câmara que deverá convocar eleições em 90 dias (existe a possibilidade de Temer assumir).
Os tucanos foram derrotados quatro vezes pelo imenso carisma de Lula e pelos avanços sociais sem precedentes na história do Brasil.
Mesmo com o país em profunda crise econômica, a crise ética do PT e a mídia colocando um pé de Lula na cadeia, a pesquisa mais recente do IBOPE coloca o ex-presidente em empate técnico com Alckmin, perdendo apenas para o superstar midiático, Aécio Neves, por uma diferença que pode muito bem ser revertida com o carisma de Lula, durante o horário eleitoral gratuito. Isso significa dizer que em 2018, com qualquer recuperação da economia, vão levar outra goleada.
Assim sendo, o golpe é a última esperança que morre. Se consumado, a fragilidade e a leviandade dos pretextos remete o nosso país, oitava economia do mundo, à uma republiqueta centro-americana.
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