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Reimont Otoni

Deputado federal (PT-RJ), vice-líder do PT na Câmara e membro da Comissão de Trabalho

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Entendeu, sr. presidente?

Sr. presidente, mesmo que as crianças corram menos riscos, elas não são imunes ao coronavírus

(Foto: Divulgação)
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O Brasil inicia a subida na curva de crescimento da epidemia do Covid-19. Como em uma roda-gigante às avessas, o início da subida é lento, mas aumentará vertiginosamente a partir de abril, de acordo com as autoridades sanitárias nacionais e mundiais. A depender da velocidade dessa aceleração, pode ser extremamente grave, como vemos em países que relutaram em adotar medidas de restrição à circulação de pessoas. 

O isolamento social é a parte que cabe à sociedade para reduzir a velocidade do Covid-19; é vital para o sistema de saúde, seja público ou privado.  O crescimento acelerado gera um grande número de doentes ao mesmo tempo; segundo os especialistas, 20% dos casos evoluem para quadros graves de insuficiência respiratória, sobrecarregando os hospitais e as UTIs

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Só o isolamento pode diminuir essa onda e garantir a atenção necessária às pessoas contaminadas pelo novo coronavírus e também assegurar o atendimento médico-hospitalar a todas as que precisam cuidar de doenças e acidentes diversos.  Se não desaceleramos agora esse “trem”, milhares ficarão desassistidos.

O presidente da República, em discursos inqualificáveis, estimula a desobediência civil ao isolamento, defende a volta a uma normalidade que não há, minimiza a crise e pergunta por que as crianças não voltam às aulas, se não estão no grupo de risco. Comporta-se não como um chefe de Nação, mas como o chefe de uma facção política, que chega ao ponto de ameaçar, publicamente, as garantias democráticas. E, assim, dissemina a desinformação, a dúvida, o conflito.

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Sr. presidente, mesmo que as crianças corram menos riscos, elas não são imunes ao vírus. Em estudo realizado na China e publicado na revista americana Pediatrics, da American Academy of Pediatrics, aquele país registrou 2.143 casos em menores de 18 anos, apenas no período de 16 de janeiro a 8 de fevereiro; a média de idade foi de 7 anos. Embora mais de 90% desses pacientes fossem assintomáticos ou apresentassem sintomas leves ou moderados, cerca de 6% tiveram sintomas graves ou gravíssimos e um menino de 14 anos morreu. 

Além de não serem imunes, as crianças, como qualquer adulto ou idoso, podem transmitir o Covid-19 para avós, pais, professoras e professores, merendeiras, auxiliares, porteiros e todos os profissionais que trabalham na rede da Educação. Por isso, as escolas devem permanecer fechadas, entendeu?

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Mas, apesar das irresponsáveis bravatas presidenciais, seguimos. Em todo o Brasil, cada um procura fazer a sua parte, tendo na linha de frente os profissionais da Saúde, os garis, condutores de transportes públicos, assistentes sociais, trabalhadores da Segurança Pública e inúmeros servidores, contratados e voluntários que atuam diretamente no combate ao vírus.

Também governadores, prefeitos e parlamentares de todas as Casas Legislativas trabalham virtualmente para garantir as leis que sustentarão esse combate.

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Na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, desde o domingo, 22/03, realizamos sessões virtuais que registram baixíssimo número de faltas. O objetivo é votar projetos emergenciais relacionados ao novo coronavírus. As votações podem ser acompanhadas pelo twitter da Câmara (@camarario) ou pelo portal da instituição (www.camara.rj.gov.br). 

Há vários projetos em andamento, quase todos de proteção à população e aos servidores, contando com a adesão da maioria dos vereadores, independentemente dos partidos a que pertencemos.

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O nosso mandato já apresentou sete projetos, quatro deles voltados para segmentos vulneráveis da população, como as pessoas em situação de rua, os trabalhadores do comércio ambulante, os pacientes de doenças crônicas e os trabalhadores e usuários de transportes públicos. Também tratamos da prorrogação de validade de documentos públicos municipais, da autorização para a Prefeitura alugar espaços privados, como clubes e hotéis, para ações de atendimento médico-hospitalar, e da autorização para custeio de hospedagem de servidores em locais próximos às unidades de trabalho e para a adoção do trabalho remoto para servidores municipais e funcionários terceirizados. O propósito é que essas medidas tenham força de lei para que, mesmo que eventualmente já adotadas pela Prefeitura, não sejam descartadas no meio do caminho.

Somos nós fazendo a nossa parte, como o Brasil gostaria que o presidente fizesse a dele.

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