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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

629 artigos

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Fracasso neoliberal derruba emprego, salário e inflação e favorece Lula Livre

Aumentar a inflação está virando discurso do mercado, com medo de falências incontroláveis. Daqui a pouco, o BC começará discurso favorável ao descongelamento de gastos para aumentar a inflação, o juro e o lucro deles. Estão começando a ver fantasma do calote. O tiro do golpe no PT deu xabu na economia. Só está sendo uma beleza nos comentários dos sábios da Globonews

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de evento na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, antes de se entregar à Polícia Federal. 7/04/ 2018. REUTERS/Leonardo Benassatto (Foto: César Fonseca)
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Amplia-se, a olhos vistos, o fracasso da política econômica glacial neoliberal do governo golpista que derrubou presidenta eleita com 54 milhões de votos.

O PIB continua rastejando e a inflação desabando.

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O Banco Central, sem saber o que fazer, diz que vai mudar a meta de inflação.

Projeta-se ela para 3,75% em 2020, 2021, para antecipá-la no presente, como algo dado, para efeitos estatísticos.

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A inflação cadente vira problema, se o governo – a única variável econômica verdadeiramente independente no capitalismo – não gasta para ativar as forças produtivas, de modo a aumentar preços, diminuir salários, reduzir juros e perdoar dívida contraída a prazo, para despertar espírito animal investidor, na linha keynesiana.

A situação fica crítica, sem essa variável independente, que é o aumento da oferta de moeda na circulação capitalista pelo estado emissor. A anulação dela em favor do discurso político, econômico, ideológico do estado mínimo como forma de combater a corrupção, conforme narrativa construída em Washington e espalhada pela sucursal de Tio Sam, a Rede Globo, não deixa a economia avançar.

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A deflação em marcha, no ambiente do congelamento de gastos sociais, que puxa a demanda global, visto que representa 60% do PIB, joga a inflação no despenhadeiro, por falta de consumo das famílias: 2,8% em 12 meses, seguindo a trilha de 0,5% mensal.

Optar pela deflação, diz Keynes, é um erro eterno.

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Com taxa de inflação na casa dos 2,5%(com um país com tudo por fazer, sem infraestrutura etc), não tem jeito, tem que continuar reduzindo o juro selic e, igualmente, o juro no crédito direto ao consumidor.

Mas, diminuir juro só não basta.

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Quem vai investir em máquinas novas para colocar no lugar das que estão paradas, só porque o juro cai?

Juro cadente deixa banqueiro com barbas de molho, apavorado.

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Agora, tentam aliviar o custo jurista do cheque especial.

Atacam as consequências, não a causa.

Armadilha jurista

Na verdade, é uma armadilha contra o devedor.

Fala-se em reduzir de 340% para 47% ao ano o juro no cheque especial.

O fato é que ninguém está pagando, faz tempos, esse juro extorsivo, coisa de ladrão, uma das maiores fontes ilegítimas de lucro dos bancos.

O devedor parou de pagar para fazer uma reservazinha.

Com ela, está conseguindo manter as despesas, ali, no osso.

Se tiver desempregado, aí é que não paga mais nada.

Diante dessa situação, o que imagina o Banco Central e a Febraban que manda no BC, com o homem do Itaú lá dentro?

Ah, bom, se não pode pagar 340%, paga "só" 40,7%.

Ladroagem.

Querem raspar o fundo do taxo da reserva financeira popular que está indo para o consumo.

O espírito comum da população de que é melhor limpar o nome para salvar a honra do crédito cairá nessa armadilha para pagar esse juro estratosférico, absurdo?

Os agiotas, agitados, esfregam as mãos, ansiosos, diante de novo assalto à bolsa popular.

Bancarrota consumista
Certamente, o mercado interno vai cair, ainda, mais; o desemprego continuará pipocando; a renda disponível para o consumo vai pru sal; cai p

rodução, arrecadação e investimento.

O silogismo capitalista – consumo, produção, distribuição e circulação – sofre ruptura, se mais uma bocada dos banqueiros for dada no bolso do consumidor, com essa armadilha de renegociação da dívida do cheque especial.

Ora, o que aconteceria com a inflação?

Menos consumidores conseguirão desovar os estoques dos capitalistas, temerosos de apostarem na produção e nos investimentos.

Os preços despencam sem consumidores.

Deflação, maior inimiga do capitalismo, dizia Keynes.

Configura-se o desastre neoliberal.

O estado fragilizando, descarnado, sem arrecadação, não tem dinheiro em caixa suficiente para capitalizar suas empresas; consequentemente, vendê-las passa a ser a pregação discursiva racionalizante neoliberal economicida.

Caminha-se para o emagrecimento estatal de tal forma que o governo vai deixando de ter crédito para fazer dívida e sem dívida, que paga juros aos bancos, a saúde destes entra em colapso.

Calote à vista

O estado mínimo, assim estruturado, para combater a corrupção, na narrativa neoliberal, não pode fazer dívida nem pagar juro.

Talvez seja por isso que o homem do Itaú, no Banco Central, Ilan Goldfanj, esteja dizendo antecipadamente ao mercado que ele precisará acostumar com juro baixo, daqui prá frente.

Claro, juro alto acelera a falência do estado e estado falido não paga juro.

Se o sistema bancário jurista oligopolizado somente sobrevive com o juro escorchante cobrado do governo, acabar com a dívida, na linha da redução crescente do juro, no compasso da queda da inflação, vira negócio ruim para banqueiro.

Aumentar a inflação está virando discurso do mercado, com medo de falências incontroláveis.

Daqui a pouco, o BC começará discurso favorável ao descongelamento de gastos para aumentar a inflação, o juro e o lucro deles.

Estão começando a ver fantasma do calote.

O tiro do golpe no PT deu xabu na economia.

Só está sendo uma beleza nos comentários dos sábios da Globonews.

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