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Guilherme Coutinho

Jornalista, publicitário e especialista em Direito Público. Autor do blog Nitroglicerina Política

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Gestores para empresas. Estadistas para nações

Bons gestores recuperam empresas falidas, transformam pequenos empreendimentos em megacorporações e maximizam lucros. Gestores são líderes, organizados e bem-sucedidos. Vejam os casos de Trump, Eike e Dória, por exemplo. Mas seria um país em crise o mesmo que uma empresa em bancarrota?

Prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) (Foto: Guilherme Coutinho)
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"Gestor: que ou aquele que gerencia bens ou negócios de outrem". Essa é a definição do verbete no dicionário Houaiss. Bons gestores recuperam empresas falidas, transformam pequenos empreendimentos em megacorporações e maximizam lucros. Gestores são líderes, organizados e bem-sucedidos. Vejam os casos de Trump, Eike e Dória, por exemplo. Mas seria um país em crise o mesmo que uma empresa em bancarrota? O que diferencia um bom gestor de um grande estadista?

Inicialmente, temos que concordar que todo Estadista deve ser necessariamente um bom gestor. As habilidades de planejamento, liderança e otimização de recursos devem estar presentes em todo Chefe de Estado. Um governo deve sempre prezar pela eficiência, ou seja, realizar o máximo para a população com o mínimo de recursos. No entanto, as habilidades pura e simplesmente de gestão, apesar de necessárias, não são suficientes para o comando de uma nação.

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O gestor, acostumado em administrar grandes empresas, possui um conceito simples de investimento e resultado. Todo investimento pressupõe retorno. Resultado significa lucro. Quanto mais, melhor. Medir os resultados em números é algo prático e imediato. Torna a gestão dinâmica. Mas os investimentos em um país com abismos sociais precisam ter uma abordagem diferente. Pessoas não podem ser encaradas como números em uma planilha. E o lucro para uns, não pode vir às custas da miséria de outros tantos.

As grandes políticas públicas de distribuição de renda foram ações pensadas e executadas por um grande Estadista. A alocação de recursos em áreas tão sensíveis retirou milhões de brasileiros da linha da pobreza e garantiu uma vida mais digna à população das áreas mais carentes do país. No entanto, os resultados desse tipo de ação não podem ser mensurados imediatamente em uma planilha, para ser anunciada em redes sociais com o patrocínio da Unilever. Ações de Estado são a longo prazo. E os indicadores podem não ser tão dinâmicos.

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Os famigerados outsiders, em alta na política ao redor do mundo, têm se orgulhado em dizer que são gestores, não políticos. Talvez por isso a aversão a políticas públicas. Trump fez todos os esforços para acabar com o mais próximo que os EUA já tiveram de um sistema de saúde público universal. Dória não perde a chance de criticar os avanços sociais do governo PT, de forma leviana e populista. Talvez por isso, o presidente americano esteja tão mal avaliado dentro e fora de seu país e sua versão tupiniquim sempre atrás de Lula nas pesquisas. Para governar não basta gerir, mas sobretudo conduzir a nação com eficiência e justiça social.

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