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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Goebbels com WhatsApp

Jornalista Alex Solnik compara o método de comunicação de Jair Bolsonaro e seu clã com o utilizado pelo regime nazista de Adolf Hitler. Pelo WhatsApp, diz Solnik, Bolsonaro quer que a população concordar com tudo o ele diz e estabelecer o pensamento único majoritário, além de "perpetuar-se no poder por meio do medo"

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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia 

A prova mais evidente de que o projeto de Bolsonaro, de seus filhos e do seu entorno é implantar um regime autoritário em nosso país, subvertendo a democracia, é o emprego massivo de poderosos meios de comunicação, como o WhatsApp para convencer a sociedade das verdades que o governo quer impor, por mais absurdas que sejam, com o objetivo de 1) a população concordar com tudo o que o presidente diz; 2) formar uma opinião favorável a ele,  já que tudo o que diz é verdade e os que não concordam com ele mentem; 3) estabelecer o pensamento único majoritário, de modo que os que pensem diferente sejam considerados minorias nocivas, execrados e por fim linchados e 4) perpetuar-se no poder por meio do medo, com o discurso de que quanto mais forte o governo é maior proteção oferece aos cidadãos expostos à criminalidade que não para de crescer.

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Quando Bolsonaro disse que as queimadas na Amazônia eram provocadas por ONGs, essa falácia foi imediatamente replicada por milhares de robôs que atuam na milícia digital e reproduzidas em grupos de WhatsApp, neutralizando, assim o noticiário da imprensa que mostrava fazendeiros e madeireiros como os grandes responsáveis.

Além de difamar os ativistas ambientais, que não fazem parte do seu gado, ele blindou seus eleitores de 2018 – fazendeiros e madeireiros - que tenta preservar para 2022.

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Um governo democrático não precisa usar essas ferramentas que beiram a lavagem cerebral, mesmo porque a essência da democracia é a livre expressão e debate de todos os pensamentos, e não a interdição deles.

Os governantes democratas estimulam o contraditório, o que os diferencia dos tiranos.

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A essência da máquina de propaganda que Bolsonaro comanda é a mesma da montada por Joseph Goebbels à frente do Ministério da Propaganda de Hitler, modelo copiado por Getúlio no D.I.P do Estado Novo.

Consistia em exaltar o “fuhrer” por todos os meios de comunicação, todos os dias, 24 horas por dia, mantendo sua imagem sorridente, muitas vezes com crianças no colo, viva na cabeça dos alemães; transformar judeus e comunistas em bodes expiatórios da miséria em que o país afundava e repetir milhares de vezes, até virarem verdades, as mentiras que Hitler precisava espalhar, como, por exemplo, a de que a invasão da Europa era necessária para proteger os alemães residentes nos países invadidos, ameaçados pelos governos locais e a de que os judeus não estavam sendo deportados para campos de extermínio, e sim para colônias especialmente feitas para eles a fim de afastá-los dos alemães, pois eram portadores de doenças contagiosas.

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Se apenas com propaganda nos jornais, rádios, cinemas, livros, teatros a população alemã, de alto nível cultural foi enganada por nazistas e depois se viu diante de um país em ruínas, imaginem o estrago que pode fazer o mesmo método impulsionado por WhatsApp numa população muito menos esclarecida que a alemã dos anos 30.

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