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Lincoln Sousa

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Golpe no paraíso dos super-ricos

O que está acontecendo no Brasil é algo que já aconteceu em outros países nas últimas décadas. Uma elite mundial apoia golpes e governantes de direita que impõem agendas neoliberais radicais às populações. Na prática, isso significa menos direitos e recursos para a maioria e mais concentração da riqueza nas mãos de uma minoria

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Um pequeno grupo de pessoas detém grande parte do capital mundial. Segundo estudos recentes, as 300 pessoas mais ricas do planeta possuem mais recursos (sobretudo financeiros) do que os três bilhões mais pobres. Quase a metade das riquezas do planeta está concentrada nas mãos de 1% da população. E essa concentração aumenta a cada dia.

O abismo entre pobres e ricos está cada vez maior. Iniciativas como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e outros programas sociais e de inclusão tentam diminuir essa desigualdade e a corrigir essa injustiça. Contudo, os mais ricos não gostam de justiça social. Eles não gostam de democracia. Eles não gostam de ver o povo exercendo o seu poder. Os ricos não gostam de solidariedade entre os pobres, porque isso gera organização, união, contestação e, consequentemente, mudanças.

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Os super-ricos usam o capital, a mídia e o estado para alienar e dividir a população; oprimir e desencorajar qualquer ação que possa ameaçar os seus privilégios. E a manutenção desses privilégios é uma das razões do Golpe de 2016.

A especulação financeira de banqueiros e corporações resulta em crises internacionais que, por sua vez, geram mais pobreza, desemprego e insegurança. Essa insegurança é imediatamente aproveitada para que direitos trabalhistas sejam atacados; o patrimônio público seja vendido; e ações que beneficiem, ainda mais, as grandes corporações sejam executadas. E a preocupação central dessas medidas é o lucro, para os mais ricos, que deve sempre aumentar. Essa realidade fica evidente ao verificar-se que, durante as crises internacionais das últimas décadas, os bancos tiveram lucros recordes. Lucros verdadeiramente astronômicos. E quem pagou a conta, em todos os casos, foi o povo.

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A mídia também tem um papel fundamental no jogo da opressão. Ela manipula a opinião pública em favor daqueles que a controlam. O terrorismo midiático é tão nocivo quanto o terrorismo financeiro e as crises. A mídia, utilizando-se da desinformação e de "meias-verdades", fomenta o medo e a insegurança; o preconceito e a desunião. Ela tem o poder de fazer o povo lutar contra os seus próprios interesses, de sabotar o seu próprio futuro. A mídia consegue transformar opressores em heróis, oprimidos em vilões. Essa capacidade de manipulação ficou ainda mais óbvia nos últimos anos, durante a preparação e a execução do Golpe de 2016.

O estado, por sua vez, nas mãos de um "governo" golpista e ilegítimo, oferece ferramentas ímpares de controle social e individual. E, por "controle", entende-se repressão. As polícias, os órgãos de "inteligência" e até mesmo as forças armadas são amplamente usados e exaltados em governos autoritários. Aliados a isso, o Brasil, atualmente, ainda conta com um legislativo controlado por alguns poucos políticos, extremamente corruptos e elitistas, que possuem uma maioria com poderes constituintes no Congresso. Portanto, fica evidente que a democracia brasileira, na falta de uma expressão melhor, saiu de férias. Ficou claro, também, o papel de setores do judiciário no Golpe de 2016; que, em colaboração com a mídia, serviu de instrumento para a manipulação da opinião pública. A perseguição política e o desrespeito a processos e normas legais marcaram o comportamento da "justiça" brasileira nos últimos anos. E já dizia Rui Barbosa: "a pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer."

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E como se isso não bastasse, os super-ricos ainda conseguiram convencer uma parte da classe média, mais apática e pouco politizada, de que os mais pobres são os culpados pela crise (que, dependendo da vontade da mídia, melhora ou piora). E eles foram levados a acreditar que os mais pobres não merecem a "ajuda" do estado. "Ajuda" essa que nada mais é do que a merecida justiça social. Enquanto isso, os mais ricos (banqueiros, especuladores, grandes corporações e mídias) recebem todo tipo de benefícios do Estado, que variam desde empréstimos a juros baixos até o perdão total de dívidas. Assim funciona a lógica do governo golpista, que defende os interesses dos super-ricos. Dois pesos, duas medidas: Capitalismo selvagem para os pobres; Estado paternalista e assistencialista para os ricos. Esse é, basicamente, o modelo neoliberal radical que estão tentando aplicar, em todo o planeta, nos últimos anos. E, em meio a tudo isso, parte de população ainda segue apática e anestesiada pela mídia, sem saber o que fazer. O abismo entre pobres e ricos só aumenta. E o Golpe de 2016 continua seguindo o seu curso.

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