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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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Há esperança e ela é o povo

O Brasil é muito maior que esse desgoverno que nada mais faz senão destruir toda a esperança de jovens, mulheres, homens, que sabem que este País pode, merece e tem a obrigação de acreditar nas suas competências e capacidades e retomar esta nação. Bom Natal, pleno de saúde, paz, luz, amor, esperança, organização, mobilização lutas e vitórias.

(Foto: 247)
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O Natal, não o conspurcado pelo capitalismo, traz em sim uma mensagem de esperança. O simbolismo do nascimento de uma criança concretiza na alma que há vida e, portanto, pode haver mudança. A medonha realidade nos impõe a consciência da vital necessidade da sua transformação. E a virtude de resgatar o Brasil para os brasileiros está na ocupação total e inarredável das ruas. Esse é o caminho para enfrentar a necropolítica de Bolsonaro e do seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse: “não olhe para nós procurando o fim da desigualdade social”. O governo está dizendo que não importa o País ser subdesenvolvido e campeão mundial da desigualdade. Se o Estado não investe, não será a inciativa privada que o fará. Tanto para o atual governo quanto para o mercado, não faz a menor diferença se os pobres, que são quase 80% dos mais de 208 milhões, morrerem de fome. Não é problema de nem um, nem de outro, segundo o governo ultraliberal. Cada um que se vire. Ele não se importa de o Brasil se tornar um país desimportante, produtor especializado de matéria-prima e entreposto comercial do mundo.

Durante os governos do Partido dos Trabalhadores, o Brasil foi a 6ª economia mundial; 36 milhões pessoas saíram da miséria; mais de 18 milhões de empregos formais foram criados com as mesmas leis que Temer e Bolsonaro extinguiram; cerca seis milhões de filhos de pobres ingressaram nos bancos universitário e técnico; ergueram-se 3,5 milhões de moradias para cerca de sete milhões brasileiros, entre muitos outros avanços. A esperança deve lutar, incansavelmente, todos os dias, contra as políticas recessivas do governo Bolsonaro, com consciência de classe, para além dos identitarismos. Somente assim se avançará nas conquistas contra a política que matará a capacidade do brasileiro se desenvolver, porque estará ocupado demais trabalhando para o desenvolvimento de outros povos. Bolsonaro funciona como usina produtora de retrocessos políticos, sociais e culturais, enquanto Guedes e parlamentares entreguistas passam o desmantelamento do Estado Democrático de Direito e de Bem-Estar Social. A política é muito clara. Reforma da Previdência, trabalhista, administrativa e privatizações dos recursos energéticos e de empresas superavitárias e estratégicas.

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A reforma da Previdência fará pessoas com rendimento de até dois salários mínimos trabalharem até mais de 10 anos para se aposentar, recebendo 60% do que teria direito, antes da reforma. Já a trabalhista, retirou centenas de direitos conquistados ao longo de uma luta escrita com o sangue dos trabalhadores. No Brasil, quase 40 milhões de brasileiros vivem na informalidade, com um rendimento que varia de R$ 300 a R$ 900. Para gerar 1,8 milhão de empregos, o governo concedeu aos empresários isenção de 22,5% nos impostos incidentes na folha de pagamento. Para compensar a renúncia aos patrões, o governo vai descontar 7,5% do desempregado que recebe auxílio-desemprego e vai reduzir o valor do abono salarial, que é de um salário mínimo, anual, pago a quem a renda seja de até dois salários mínimos. No mesmo diapasão escravocrata e do desmantelamento do Brasil, o Decreto 10.185, editado este mês, extingue cargos efetivos vagos e os que vierem a vagar e veda a realização de concursos públicos. O açambarcamento se dá em todas as áreas produtivas, inclusive na do imprescindível serviço público.

Enquanto Bolsonaro causa celeuma com a mesma imprensa que apoiou o golpe e chocou o ovo do qual eclodiu a criatura desqualificada que ora ocupa o Palácio do Planalto, Paulo Guedes cumpre a agenda ultraliberal do mercado financeiro internacional e entrega a soberania brasileira para o desenvolvimento de outros países. É chato ser repetitivo, porém, pior que chato, é ser subserviente e abrir mão do que é seu porque um governo passageiro assim o determina. Paulo Guedes profere essas barbaridades e toma essas medidas porque confia em duas coisas, na inação da sociedade e na capacidade de repressão do governo. A imposição das medidas do ministro da Economia é possível somente sob um governo autoritário e truculento, como foi o de Augusto Pinochet, no Chile, há 30 anos. Guedes foi amigo do Diretor do Orçamento do ditador chileno, por quem tem grande admiração. Não foi à toa que o ministro sugeriu, caso os brasileiros rejeitem e reajam à sua política de destruição, reeditar o AI-5, um instrumento autoritário e truculento do governo militar que suspendeu os direitos civis.

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É muito difícil, senão impossível, ter esperança de, em 2020, esse governo adotar medidas de combate à miséria, ao desemprego e à injustiça social, bem como outras, como investimentos em educação, saúde, habitação, transporte, lazer, etc. Ao contrário, a esperança está na indignada, organizada e firme reação à conjuntura construída por um governo plutocrata, autoritário e, ao que tudo indica envolvido com uma das mais perigosas máfias do Brasil. O Brasil é muito maior que esse desgoverno que nada mais faz senão destruir toda a esperança de jovens, mulheres, homens, que sabem que este País pode, merece e tem a obrigação de acreditar nas suas competências e capacidades e retomar esta nação. Bom Natal, pleno de saúde, paz, luz, amor, esperança, organização, mobilização lutas e vitórias.

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