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Aquiles Lins

Aquiles Lins é colunista do Brasil 247, comentarista da TV 247 e diretor de projetos Norte, Nordeste e Centro-Oeste do grupo.

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Inquérito da PF deve intimar Braga Netto a dizer o que sabe sobre a execução de Marielle

O então interventor federal foi a pessoa com maior poder nas mãos logo após o início das investigações do assassinato de Marielle Franco

Marielle Franco, Polícia Federal e Walter Braga Netto (Foto: Agência Brasil)
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Na noite de 14 de março de 2018 um Cobalt com placas de Nova Iguaçu emparelhou um carro na rua Joaquim Paralhes, região central do Rio de Janeiro, de onde saem 13 disparos de submetralhadora que assassinaram a vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. Segundo as investigações, o policial reformado Ronnie Lessa, vizinho de Jair Bolsonaro, atirou contra a vereadora e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz dirigia o carro que perseguiu Marielle.

Dois dias depois deste crime político bárbaro, o então presidente Michel Temer decretou uma intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, nomeando o então general Walter Braga Netto como interventor. Durante o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, Braga Netto foi seu braço direito, ministro da Casa Civil, depois ministro da Defesa e por último candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, que foi derrotada por Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin. 

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Braga Netto deveria ser uma das primeiras a prestar depoimento à Polícia Federal no inquérito instaurado por determinação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para investigar a morte de Marielle e Anderson. Subordinado diretamente a Temer, Braga Netto teve plenos poderes para requisitar o que quiser a quaisquer órgãos, civis e militares, da administração pública federal. Além de exercer o controle operacional de todos os órgãos estaduais de segurança pública. Foi a pessoa com o maior poder concentrado logo após o início das investigações do assassinato de Marielle Franco. Braga Netto com certeza guarda muita informação sobre o episódio.

Em janeiro de 2019, em entrevista ao jornal O Globo, Braga Netto encerrava sua atuação como interventor na Segurança Pública do Rio e deu a entender que já tinha um nome para o mandante do crime. "Nós fizemos todo um trabalho. Não procuramos um protagonismo. Eu poderia ter anunciado quem a gente acha que foi (o assassino)", disse Braga Netto na ocasião. Até hoje não anunciou.

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O ex-interventor deve responder quem ele acha que mandou o vizinho de Jair Bolsonaro matar Marielle. Assim como a identidade do mandante, é igualmente urgente para o inquérito da PF saber se há - e qual é - a relação do clã Bolsonaro com o assassinato de Marielle. Não descarte-se a possibilidade das investigações chegarem à mesma resposta para as duas perguntas. 

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