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Mauro Nadvorny

Mauro Nadvorny, é Perito em Veracidade e administrador do grupo Resistência Democrática Judaica". Seu site: www.mauronadvorny.com.br

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Israel, terceira rodada de eleições

O que impressiona a todos aqui, é de que mesmo diante do inicio do julgamento de Netanyahu em três casos criminais, entre eles a acusação de receber suborno, o Likud, liderado por ele, se mantém firme nas disputa empatado com seu maior adversário, Beny Gantz do partido Azul e Branco.

Israel: direita e centro-esquerda empatam no Parlamento (Foto: NIR ELIAS)
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E Israel chega novamente as eleições com o mesmo impasse das duas anteriores. Nenhum bloco, segundo as pesquisas, tem chance de formar maioria no parlamento para constituir o governo. Em sendo este o caso, vamos para a quarta eleição dentro de alguns meses.

O que impressiona a todos aqui, é de que mesmo diante do inicio do julgamento de Netanyahu em três casos criminais, entre eles a acusação de receber suborno, o Likud, liderado por ele, se mantém firme nas disputa empatado com seu maior adversário, Beny Gantz do partido Azul e Branco.

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A Lista Árabe Unida, uma espécie de Frente Ampla dos árabes de Israel, pode chegar a 14 cadeiras, enquanto que Liberman, do partido Nossa Casa, majoritariamente formado por judeus russos, deve fazer de 7 a 8 cadeiras. Ele seria o fiel da balança para que a direita formasse o governo, mas sua ojeriza aos partidos religiosos que formam o bloco de Netanyahu, impede, hoje, que ele se junte a eles. 

O bloco de centro-esquerda também tem um grande problema. A esquerda que entra unida como Emet (Verdade em Hebraico), chega a 8 cadeiras, segundo as pesquisas. Somados ao 34 do Azul e Branco, eles têm somente 42 cadeiras. Se a lista árabe os apoiar, mesmo de fora do governo, ainda assim chegariam só a 56 cadeiras. Sem Liberman, não conseguem formar governo. Neste caso a bronca dele é com a lista árabe que ele chama de Quinta Coluna. Não aceita fazer parte de um governo de minoria com o apoio dela de fora.

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A polarização é muito grande aqui. Se escuta muito, Rak ló Bibi, menos o Bibi, (lembra algo no Brasil?), e acusações rasteiras contra o Gantz. Em política, quando se aproxima o dia das eleições, se abrem os esgotos. Isso acontece no mundo inteiro.

Talvez as pesquisas estejam enganadas. Talvez um dos blocos não faça o número de cadeiras que elas estão projetando. Isto costuma acontecer e até mesmo as pesquisas de boca de urna não são assertivas. Já teve muita festa de comemoração de vitória de um bloco partidário durante a noite que se transformou em velório na manhã do dia seguinte.

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Todos aqui estão descontentes com este impasse. O país está paralisado a praticamente um ano e pode continuar assim por mais 6 meses, no entanto, quase a metade da população acredita que vamos ter sim uma quarta rodada. 

Se isto acontecer, vamos ter um primeiro ministro, que continua no poder, sendo julgado pelo cometimento de vários crimes. Ele além de se governar, terá de lidar com a sua defesa. Não é pouca coisa. Ele está bastante enrolado e existe uma chance muito grande de que seja condenado a cumprir pena. Imaginem a situação.

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Netanyahu sabe disso tudo. Não conseguiu aprovar imunidade, mas pode tentar passar a Lei Francesa, como é conhecida aqui, a lei que impede o julgamento de um primeiro ministro na função. É só o que resta a ele fazer para ganhar mais tempo. Para que isso aconteça, teria de ganhar as eleições e ter certeza de que dentro do seu bloco todos votariam a seu favor. 

Por mais que se especule diante dos resultados apontados nas pesquisas, precisamos aguardar mais dois dias para saber o resultado das urnas. Vamos deixar elas falarem para termos certeza do que vai acontecer no dia seguinte.

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Aqui em Israel existe todo um protocolo para formação do governo. O presidente dá esta incumbência para aquele que tiver o apoio de uma maioria, mesmo que não chegue a 61 cadeiras. Ele recebe a incumbência de tentar convencer outros partidos a entrarem no governo. Se não tiver sucesso, passa a tarefa para o segundo melhor colocado. Se ele também não tiver sucesso, qualquer parlamentar que apresentar uma lista de que possui o apoio de 61 congressistas, forma governo.

Se tudo isso fracassar, como nas duas últimas eleições, uma quarta será marcada. Sim, o parlamentarismo tem seus problemas. A democracia não é um regime perfeito, ainda assim, é o melhor que existe.

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