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Hélio Rocha

Repórter de meio ambiente e direitos sociais, colaborador do 247

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Jair Bolsonaro é uma onda radioativa (de alto grau)

Governando um país do tamanho e da dimensão social, natural e econômica do Brasil, Bolsonaro é uma ameaça ao mundo

(Foto: Adriano Machado/Reuters)
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O Brasil esta semana sofreu incontáveis ataques institucionais de Jair Bolsonaro (PSL) e de sua família, dentre muitos insultos, um ao Supremo Tribunal Federal (comparando-o em vídeo a uma hiena, o que resultou em protesto violento contra o carro de seu presidente, Dias Toffoli), outro à OAB (mesmo vídeo, mesmo contexto), outros impropérios em fúria em vídeo gravado contra a Rede Globo (que, quem diria, já se tornou “instituição” a ser defendida, visto representar a imprensa livre), e, por fim, por meio de seu filho Eduardo Bolsonaro, a todo o país, com a ameaça de elaboração de um “novo AI-5”.

Tudo isso é consequência do tal depoimento do porteiro, cujos desdobramentos são fundamentais para o que alerta esta reflexão, mas aqui não será discutido. O tema, dessa vez, são os verdadeiros perigos da negligência institucional quanto ao material radioativo que temos exposto e sentado na cadeira da presidência da República, prestes a contaminar todo o país com consequências inimagináveis não só para os brasileiros, mas para toda a humanidade, visto as queimadas na Amazônia e as toneladas de óleo que se espalham pela costa brasileira, ameaçando diversas espécies marinhas. Isso além do próprio ser humano, que, ainda que o peixe seja inteligente e saiba fugir do óleo, têm sua saúde ameaçada de outras formas.

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Governando um país do tamanho e da dimensão social, natural e econômica do Brasil, Bolsonaro é uma ameaça ao mundo, até agora negligenciada e tornada menor pelas autoridades que podem detê-la, as quais parecem se esforçar para passar a imagem de que “está tudo bem”. Não está. E, se este espaço de discussão já recorreu a célebres pensadores, como Cícero, recentemente, para fazer do conhecimento uma baliza para se discutir o Brasil e o mundo (algo tão difícil em tempos de “terra plana”), hoje o recurso será através do entretenimento em sua forma mais popular: a série de televisão.

Quem não viu, que assista à série Chernobyl, da HBO (ô publicidade!), que seja por suas cenas impactantes de como se morre por radiação, pelo mistério de por que explodiu um reator nuclear (no que a série mostra, e é verdade, ser a usina nuclear uma das formas mais seguras e de menos impacto natural de geração de energia, adotada por todos os países europeus), seja pela excelente cena de tribunal ao final da narrativa (sem spoilers). Contudo, o que se debate aqui é algo que se torna patente já no primeiro episódio, portanto irrelevante quanto aos pontos de nó e desenlace que prendem o público, mas que cabe ser discutido no que diz respeito ao Brasil.

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Quem não viu, que assista à série Chernobyl, da HBO (ô publicidade!), que seja por suas cenas impactantes de como se morre por radiação, pelo mistério de por que explodiu um reator nuclear (no que a série mostra, e é verdade, ser a usina nuclear uma das formas mais seguras e de menos impacto natural de geração de energia, adotada por todos os países europeus), seja pela excelente cena de tribunal ao final da narrativa (sem spoilers). Contudo, o que se debate aqui é algo que se torna patente já no primeiro episódio, portanto irrelevante quanto aos pontos de nó e desenlace que prendem o público, mas que cabe ser discutido no que diz respeito ao Brasil.

Numa cena emblemática (irrelevante para a narrativa da série, mas aqui importante), um dos diretores da usina, em reunião de emergência com burocratas do Partido Comunista, tenta livrar-se da culpa e salvar o cargo minimizando a importância do desastre para seus companheiros. Ao recebê-los, acalma a todos: “Vocês não precisam se preocupar aqui. Há revestimentos de chumbo, porque é um lugar preparado para ataques nucleares”. Tal como os nossos burocratas, carecia o diretor de empatia pelo povo, protegido pela bolha em que estava revestido por meio do cargo e posição social.

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Só depois de passada uma semana a burocracia soviética abriu os olhos e conseguiu evitar o desastre maior, também porque a informação ja tinha vazado para o Ocidente e envergonhado a “indefectível” (porém, em verdade, moribunda, o que se provaria poucos anos depois) União Soviética, presa nas amarras de suas pastas, burocracias, autoridades e disputas de poder. Especialistas uma vez convocados, evitou-se o dano global, mas de nove a 16 mil pessoas morreram de doenças ou deformidades causas pela radiação.

Tudo isso também encontra-se documentado na obra memorialista da escritora bielorrussa, vencedora do prêmio Nobel de literatura, Svetlana Aleksiévitch, que inspirou muitas histórias pessoais contadas na série, para quem é mais de livros.

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Mas, aqui, o mais importante é saber que a burocracia e seus interesses particulares muitas vezes se sobrepõem não ao interesse, economicamente ou simbolicamente falando, mas às necessidades básicas de um povo, de um país, da humanidade. Bolsonaro no poder é um perigo iminente para cidadãos, instituições, patrimônios materiais e naturais do Brasil que, mal geridos, sobretudo intencionalmente, desencadeiam uma sucessão de tragédias que afetam o outro lado do Atlântico, como denota a preocupação de lideranças europeias, da Igreja Católica, da China e dos países árabes.

Enquanto isso, as instuições brasileiras e, dando nome aos bois, Dias Toffoli e seus ministros, a Rede Globo, a Ordem dos Advogados do Brasil, as Forças Armadas dentre outras, arrastam-se ao se moverem com puxões de orelhas aqui e ali, sem tomarem a efetiva decisão de afastar o louco do Poder, ainda que às custas de deixar no Governo outro despreparado (muito preparado, quiçá, para assuntos militares. Política de gabinete, parlamento e políticas públicas são outra história), como o vice, Hamilton Mourão (PRTB).

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Para o bem do Brasil, de fato, solução é a anulação das eleições já sabidamente fraudadas em vários momentos (prisão ilegal do candidato líder, facada de autenticidade e procedência duvidosas, fake news, interferência do Judiciário com delações em meio ao processo eleitoral), a libertação do ex-presidente Lula (PT, 2003-2010) e a realização de novo e livre pleito. Entretanto, já se contenta com o mínimo, desde que livrando o Brasil e o mundo da explosão radioativa em que se converte, desde janeiro, a figura de Jair Messias Bolsonaro sentada em sua cadeira no Palácio do Planalto.

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