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Justiça para todos. Todos?

Em uma democracia plena as instituições se manifestam a bom tempo e o estado de direito sustenta a presunção de inocência, em ordem a obstar exercícios políticos em questões técnicas – a caravana passa, os cães ladram...

A direita quer o cadáver de Marielle
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Mataram Marielle Franco no Rio de Janeiro em ação típica de pistolagem paga – crime de mando – há mais de um ano. O assassínio de Marielle e os meandros da investigação até então desafiada, impactam a quintessência da seletividade de nosso sistema de justiça.

Será a justiça para todos? Estarão as minorias tão protegidas quanto os políticos que detém o poder e comandam as instâncias investigativas? Jean Willie teria do estado a proteção necessária para não ser uma nova Marielle?

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De toda sorte, o evento homicida e seus meandros refletem uma espiral de coincidências que, teimosamente, só faz crescer, indicando uma direção fácil e alimentando a imaginação de apressados que já apontam hipóteses de responsabilidade no mando.

Essa tendência se potencializou com o conveniente assassinato do principal suspeito da execução de Marielle, após troca de tiros com a polícia na Bahia.

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Nesta toada infeliz emergem apressados, juristas de plantão, jornalistas incautos, âncoras de aluguel, historiadores que não conhecem história, oportunistas de toda natureza, sustentando teorias conspiratórias em torno do mandante do homicídio – ou de quem com a morte de Marielle se beneficiaria politicamente... 

Devagar com o andor. 

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O fato de não gostarmos de quem quer que seja (e não gostamos de muita gente) não autoriza tratar este alguém enquanto suspeito de fato, no mando de qualquer evento. 

Em uma democracia plena as instituições se manifestam a bom tempo e o estado de direito sustenta a presunção de inocência, em ordem a obstar exercícios políticos em questões técnicas – a caravana passa, os cães ladram...

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Imaginemos, todavia, uma certa família à testa das muitas coincidências que tangem o assassínio de Marielle – do ex-militar abatido à tiros pela polícia na Bahia, passando pelo sujeito que a polícia federal e o ministério público não conseguiram encontrar para depor sobre uma rachadinha de salários públicos, desaguando no beneficiário político da ausência da combativa vereadora nas disputas vindouras...

Chamemos esta família hipotética de Lula da Silva...

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Sem qualquer juízo crítico, caro leitor, você acredita que a atuação das instâncias (jurídicas e noticiosas) seria parecida com a que ora se desenvolve (letárgica, sem qualquer perfume, parecendo desinteressada, blasé, elitista, caminhando sem vontade para o esquecimento coletivo...) ou, contrário senso, entende que já teriam deflagrado uma série de medidas midiático/coercitivas e o jornal nacional pontuaria a pauta seletiva de sempre, a serviço de construir uma narrativa do interesse dos marinho?

Justiça no Brasil é uma palavra que mitiga o próprio paradoxo, enquanto o sistema de justiça não é senão sua herança paradoxal, desde as capitanias hereditárias. 

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Marielle Franco, notadamente por ser mulher, pobre, negra, canhota, homossexual e engajada, não é senão mais uma de suas incontáveis vítimas – o resto já é história e assim vem sendo desde que a terra esteve à vista!

João dos Santos Gomes Filho

Advogado

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