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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Lula pode ser eleito mesmo preso

O colunista do 247 Alex Solnik observa que apesar da pressa da direita e de setores da Justiça em cassar a candidatura de Lula, "é grande a possibilidade de Lula ser eleito mesmo preso, o que será uma desmoralização para o Poder Judiciário. Como explicar ao país e ao mundo democrático que se prendeu o homem que a maioria dos brasileiros quer que os governe?"; para ele; "se até 17 de setembro não houver sentença final, foto e nome de Lula estarão na urna eletrônica no dia da eleição; "Provavelmente será eleito. Talvez no primeiro turno. E, se finalmente não puder assumir, assume seu vice, Fernando Haddad, que não pode ser acusado de ficha suja", diz

Lula pode ser eleito mesmo preso (Foto: Jornalistas Livres)
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Estamos a duas semanas do início do horário eleitoral gratuito na TV e no rádio e a um mês do dia em que os nomes dos presidenciáveis e de seus vices irão para a urna eletrônica. Por mais que Raquel Dodge, Luís Roberto Barroso, Alexandre Frota, Kim Kataguiri, Bolsonaro e outros queiram cassar Lula o mais depressa possível, não vão conseguir. Cassação por decreto, só na ditadura. E quem cassava era o presidente da República. O general de cinco estrelas que mandava no país porque tinha armas e tropas. Eles não mandam tanto assim. Então não têm como acelerar o processo de cassação de Lula.

O trâmite legal inviabiliza a mais remota hipótese de haver alguma sentença definitiva sobre a candidatura Lula em apenas 14 dias. Sete dos quais destinados à defesa. E, enquanto ele não for impugnado, é candidato. Ponto final. É impossível, portanto, Lula não participar do início do horário eleitoral.

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Até aí, tudo bem. O desafio de Lula é ir além, prolongar sua presença na TV o máximo possível. De preferência até ao menos 17 de setembro, dia em que as chapas vão para a urna eletrônica e não podem mais ser alteradas. O que também é factível. Falta apenas um mês. Descontados oito dias referentes aos fins-de-semana, 22 dias úteis é pouco tempo para julgar um episódio inédito e de tamanha relevância e repercussão nacional e internacional em três tribunais diferentes – TSE, STJ e STF.

Nenhum julgamento que não venha a sofrer críticas por açodamento pode ser realizado em tempo tão exíguo.

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Se até 17 de setembro não houver sentença final, foto e nome de Lula estarão na urna eletrônica no dia da eleição, mesmo que ele tenha sido impugnado logo depois dessa data – porque não tem como tirar seu nome da urna. Provavelmente será eleito. Talvez no primeiro turno. E, se finalmente não puder assumir, assume seu vice, Fernando Haddad, que não pode ser acusado de ficha suja.

Temendo que esse roteiro preconizado pela defesa de Lula se concretize, por inteiro ou em parte, Raquel Dodge corre contra o tempo. É grande a possibilidade de Lula ser eleito mesmo preso, o que será uma desmoralização para o Poder Judiciário. Como explicar ao país e ao mundo democrático que se prendeu o homem que a maioria dos brasileiros quer que os governe?

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