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Heraldo Campos

Graduado em geologia (1976) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas (UNESP), mestre em Geologia Geral e de Aplicação (1987) e doutor em Ciências (1993) pela USP. Pós-doutor (2000) pela Universidad Politécnica de Cataluña - UPC e pós-doutorado (2010) pela Escola de Engenharia de São Carlos (USP)

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Macarthismo em Marte

Os relatos de perseguição política que a mídia nacional vem divulgando são bem variados, mas tem uma origem única: a prática de uma “polícia política”, patrocinada pelo poder central como, por exemplo, intimidar a líder indígena Sonia Guajajara, por suas críticas ao governo federal

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Um dia vamos chegar em Marte, numa viagem tripulada. A próxima geração talvez veja mais esse “grande passo para a humanidade”. Sondas e drones teleguiados estão pousando no “planeta vermelho” e enviando imagens para esses nossos sofridos dias de pandemia do coronavírus aqui na Terra. Quem sabe, pela distância dos humanos com segunda intensões na prática do novo macarthismo, os “marcianos” tenham tempo de serem vacinados contra a praga de uma perseguição covarde e das trevas, que continua rolando aqui no “planeta azul”.  

“Segundo o dicionário “Houaiss”, o macarthismo é uma “prática política que se caracteriza pelo sectarismo, notadamente anticomunista, inspirada no movimento dirigido pelo senador Joseph Raymond MacCarthy (1909-1957), durante os anos de 1950, nos EUA”. Este Senador conseguiu desencadear um processo de perseguição inquisitorial e toda pessoa que pensasse diferente ou que tivesse um comportamento considerado “anormal” era tachada de comunista. O cidadão comum passava a ser perseguido, privado de seus direitos e impedido de trabalhar. Eram os tempos da Guerra Fria.” [1]. 

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Hoje a guerra é mais “quente”. Os relatos de perseguição política que a mídia nacional vem divulgando são bem variados, mas tem uma origem única: a prática de uma “polícia política”, patrocinada pelo poder central como, por exemplo, intimidar a líder indígena Sonia Guajajara, por suas críticas ao governo federal. Esse é um caso, entre outros, que andam pipocando pelo país afora e que pode ter outras “fachadas”, para camuflar esse tipo de caçada política, com base na chantagem e na humilhação das pessoas. Típica ação de um macarthismo jabuticaba, muito bem planejado e articulado. 

Agora, imaginemos a seguinte situação hipotética: uma pessoa que tenha seu benefício de aposentadoria cortado, depois de mais de quatro décadas de recolhimento para o sistema previdenciário e que poderia estar sofrendo um tipo de macarthismo mais sofisticado, por causa de suas posições políticas. Convenhamos que, no meio das barbaridades tupiniquins, uma situação com essa característica não deve ser totalmente descartada, pois vivemos num mundo de “santos” e não de “marcianos”. Certo ou seria inconveniente relatar isso, hipoteticamente, nesse momento? 

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A sofisticação desse cenário, mesmo que hipotético, pode ser tamanha que o coitado do terráqueo que trabalhou anos a fio, chegue ao ponto de desligar seu velho celular por causa das inúmeras ofertas de créditos consignados. Será que alguma informação privilegiada pode ter ido parar no universo dos “santos” cibernéticos para que a isca da “grana fácil” seja mordida e a porcaria da vida terrestre continue desse jeito? Ficar atormentando a vida de qualquer ser humano normal, numa situação dessas, deve ser de lascar e a revolta pode crescer cada vez mais, sem sombra de dúvidas. 

Mas, como um dia temos a esperança de viver em Marte, vamos ficar na torcida para que no “planeta vermelho” não tenhamos que conviver com essa baixaria, com esse macarthismo perverso, que deve demorar um tempo para ser praticado no desconhecido corpo celeste e com ausência de oxigênio respirável. Por isso, nunca é demais lembrar as palavras de Albert Einstein: “O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”  

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Fonte 

[1] http://www.eco21.com.br/textos/textos.asp?ID=1283

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